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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O despertador da querência


Os colonizadores, nas margens dos rios Sinos, Caí e Taquari (no Estado do Rio Grande do Sul), foram jogados literalmente na selva. O objetivo consistia em desbravar as florestas e fazer produzir os solos!
As cidades, em crescimento e formação, necessitaram de gêneros alimentícios básicos. As melhores terras precisaram duma função especulativa e produtiva!
Os ecossistemas, da Floresta Pluvial Subtropical, viram-se alterados e substituídos. Os matos, a título de exemplo, cederam lugar às lavouras, instalações, moradias e potreiros!
Espécies exóticas, como bovinos, caprinos, muares, ovinos, suínos, viram-se introduzidas e criadas. As necessidades de carnes obrigaram a instalação de pastoreios!
Culturas, como cereais e tubérculos, ganharam importância comercial!
Gramíneas, de aparência nativa, viram-se como verdes tapetes estendidos nos lugarejos coloniais.
Algumas, na proporção da existência dos campos/potreiros, afluíram de própria inspiração. Estas, com aves comuns dos campos naturais, difundiram-se nas paragens.
O quero-quero, sem convite, instalou-se nas áreas de colonização. O alarido ecoou cedo aos quadrantes das criações e plantações. O grito cedo criou outra nobre sabedoria!
A ave, nas caladas dos dias e noites, denuncia a presença humana. Indivíduos, em horários melindrosos ou normais, perambulam pelos ambientes.
A denúncia, sobretudo na Lua cheia, ocorre pelas localidades e propriedades! Os curiosos jamais deixam de averiguar os alaridos!
O difícil consiste em enganar os espertos e naturais da terra. As espécies, de acordo as condições intrínsecas, adaptam-se aos habitats. O bom entendedor, a partir de meias ações e palavras, consegue compreender atitudes e sentidos!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://luis.impa.br

O elixir da vida



Um ancião, por meses e anos, fez uma romaria pelos consultórios e postos médicos. Um cliente ativo a dispender os valiosos reais aos profissionais da saúde.  
Um doutor dizia isso, outro aquilo. Os problemas, no fígado, pâncreas e rins, continuaram como preocupação e sofrimento! Os dias pareciam mostrar-se contados neste mundo!
O fulano, numa “paciência de Jó”, procurou seguir as recomendações e tratamentos. Os chás e remédios careciam de dar conta das mazelas e padecimentos.
Um determinado especialista, numa das suas consultas, sugeriu uma rotineira prática.  Este, em jejum, deveria tomar um aproximado litro e meio de água. O fulano, num momento, achou graça da simplicidade do tratamento e exagerado o volume de líquido.
O cidadão, em meio ao desespero e dor, procurou experimentar mais essa sugestão. Alguns dias seguiram-se ao consumo matinal! A água, de alguma forma, viu-se “empurrado goela abaixo”.
Os resultados, em dias e semanas, fizeram-se sentir. O organismo autoreciclava-se numa faxina/higiene generalizada! As rotineiras dores e indisposições começaram a sumir. A aparência física conheceu outro visual! Uma singela receita mostrou-se uma solução milagrosa!
A água revela-se a causa e segredo dos seres vivos! O indivíduo, como única riqueza em ouro e prata, possui somente a vida. A gente faz escolhas e estas têm resultados no decorrer dos nossos dias!

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.mortesubita.org

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

A difícil escolha


O jovem adolescente, esforçado e estudioso, “caça companhia”. A procura, em bailes e festas, estende-se nos espaços próprios à juventude. O desejo subsiste numa namorada!
A dificuldade, em meninas, consiste em encontrar alguma cara metade. Alguma moça educada, interessada e séria. A associação e parceria visa compartilhar alegrias e carências!
A ideia, no porvir, consiste em constituir família. A geração de filhos inclui-se como propósito maior. O amparo, aos idosos pais, acrescenta-se na obrigação da sina!
A pessoa, acompanhada, alcançar a consorciação ao sucesso.
A ideia disseminada mostra-se o encosto. Uma parte tirar vantagem da outra. O objetivo consiste em apropriar-se do alheio suor, cobrir débitos, custear subsistência...
O tipo trouxa anda em baixa cotação. A alternativa ostenta-se em continuar a procura. A concepção de “existir um chinelo velho para o pé torto” prevalece nos princípios!
A modernidade, na ânsia das comunicações e consumo, levou a carência do tradicional estilo. Aquela concepção: uma parte ser complemento da outra nos bons e ruins momentos!
 A vida matrimonial envolve compreensões, renúncias, trabalhos... A preocupação verifica-se na dignidade da existência, formação dos rebentos, precaução à velhice...
Afinidade e amor são a chave do sucesso nos relacionamentos. Os enamorados, na paixão, externam loucuras e removem montanhas!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://fernandofagnerfan.blogspot.com.br/

O estranho sumiço


A colega, no ambiente de trabalho, alimentou confiança no conjunto de pessoas. Elas, de bom nível cultural e financeiro, entravam e saiam no ambiente da jornada de trabalho!
Os objetos pessoais, no acesso restrito, mantinham-se resguardados no lugar original. A situação, nas esparsas saídas fisiológicas, levou a amnésia e descuido!
Próximos, no ínterim, fizeram-se presentes. A surpresa, numa altura, ocorreu com o esquecimento da carteira. Esta, resguardada na mesa, encontrou-se atirada e convidativa!
O saque, recém efetuado no banco, sentiu a falta de modesta nota. A conferência, no ato, registrou exato valor. A averiguação posterior reparou ímpar falta!
Uma bucólica soma tomou ares do sumiço. Alguém, na astúcia e cochilo, extraiu mórbida quantia. A provável ideia, na mente do ladrão, inibia constatação!
A desenfreada ladroagem exige redobrados cuidados. Os indivíduos, por dinheiro, procedem de inimagináveis formas. As necessidades precedem de escusos procedimentos!
O cidadão, na proporção de conhecer os semelhantes, estima os animais. O dinheiro, na facilidade de manejo, carrega a mazela da distorção e morte!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A estranha gente


O patriarca instalou-se em determinada propriedade. O sonho da terra própria achegara-se como realização familiar. O solo fora principal causa do abandono da Europa!
O lote, adquirido na empresa imobiliária (em meio às carências de toda ordem e a peso de ouro), angariou a vida inteira de melhorias. A conquista de solo vira-se incessante!
A moradia concretizou-se como conquista e obra. Os herdeiros, por gerações, mantiveram-se presos ao singelo torrão. A autoprodução via-se a maneira do ganho pão!
Algum descendente, no orgulho familiar, comprou as heranças. As jornadas, na luta como peleia constante contra a exuberante vegetação, entendeu-se no seio dos dias!
A velha moradia, na edificação da moderna, era testemunha do glorioso passado de trabalho. Mãos calejadas, com sangue e suor, extraíram da natureza os dividendos!
Os forasteiros advieram para alugar a preservada e restaurada moradia. A casa servia de especial depósito. O testemunho concreto via-se do modelo de vida dos ancestrais!
Os responsáveis, de imediato, externaram a negação. O argumento: “nada de gente estranha no pátio e terra”. A autonomia e liberdade carecem de valor monetário!
Os coloniais apresentam-se apegados e possessivos nas propriedades. Os donos, na própria terra, comportam-se como reis!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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A inçada terra


O filho da paragem, na localidade, comprou depauperado e tradicional potreiro. Este, dominado pelas espinheiras, abrigou pobre e socado solo! O pastoreio exaurira os nutrientes!
A solução, no desuso, consistiu em dar descanso à área. O gado foi separado do espaço. A vegetação viu-se livre da intensa comilança. O alento instalou-se no cenário!
Os espinhos, com máquinas, foram arrancados ou ceifados. A tarefa insana via-se penoso trabalho. Acidentes de percurso sucederam-se no desenrolar das jornadas!
O comprador, na exploração econômica, reforçou o reflorestamento. A excessiva umidade favoreceu o crescimento do eucalipto. A adubação reforçou o desenvolvimento!
As tenras mudas, em meia dúzia de anos, constituíram robustas árvores. A privilegiada localização, no centro do núcleo colonial, espelhou magnífica visão sobre a instituída floresta!
Moradores, nos ciúmes e invejas, externaram falatórios e questionamentos. Estes se ligaram ao impróprio aproveitamento do solo. A reserva importunava através das sombras!
O mato compreendia-se como desperdício e roubo de aráveis e planas terras. A exploração de madeiras, por década, inibia a geração de capitais e trabalho assalariado!
As culturas anuais poderiam produzir alimentos e empregos. O local, na época imprópria, despertou escassa atenção. A fartura atiçou cobiças, ciúmes e ofertas!
As dificuldades, nas pacatas localidades, residem nas concorrências e invejas. A alegria e satisfação podem residir no fracasso e insucesso. O cidadão obriga-se a concentrar no foco!
O indivíduo, nos negócios, precisa saber dos interesses. Milagrosas mãos, a arrasada ou estéril terra, fazem brotar maravilhosos frutos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://portuguese.alibaba.com/

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Os touros comunitários


A inseminação, com a melhoria dos plantéis das vacas, tornou-se difundida nos meios coloniais. Os criadores, a toda hora, requerem os serviços dos profissionais!
As empresas, com sedes nas cidades, afluem às muitas propriedades das diversas localidades. Um interminável trabalho, nas idas e vindas, verifica-se nas corridas!
Os especialistas, em equipe, convivem na infindável pressa. Os chamados, sem feriados e finais de semana, sucedem na tarefa. Um pula prá cá e lá para atender chamados!
Os produtores, nos tambos, deixaram de criar e ostentar machos. Uma despesa desnecessária na criação. Os touros, no tempo, mostram-se agressivos e violentos!
Os criadores aboliram a nobre função da reprodução natural. Os profissionais, na incumbência artificial, ganharam a alcunha de “touros comunitários”!
Os proprietários, para diluir custos, trabalham na ideia da socialização. A diluição dos custos, entre muitos, permite adquirir os melhores sêmens (dos grandes animais de raça).
Um “machão comunitário” fertiliza milhares de vacas. Os touros reclamam da abstinência nas coberturas no cio. Os humanos interferem nas mudanças de espécie e raças!
Os Homens, pelo dinheiro, carecem de limites na interferência genética. Os animais assumiram funções de peças. Os bichos obrigam-se na autossuperação na produção!
A melhoria genética revolucionou a produção animal. As vacas, na prática, tornaram-se máquinas ambulantes de produção de leite!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://colunas.globorural.globo.com/

O primordial conteúdo


O educador, aficionado economista, queria ensinar noções básicas da economia. O dinheiro, no sangue do capitalismo, requeria aprimorado conhecimento e entendimento!
O estudo esclarecia detalhes das compras a crédito e exorbitância dos juros. Um ensaio via-se ao sucesso financeiro. Uma informação necessária à prática cotidiana!
O profissional, em conteúdos das ciências humanas, incluiu cálculos, debates, estatísticas, explicações, textos... As noções básicas para fazer valer o poder de compra!
A admiração e espanto, na pré-adolescência, advieram do alunado. Os estudantes, criados e educados na sociedade de consumo, quiseram distância dos conteúdos!
A ideia da compra à vista e poupança deparou-se na resistência. As finanças pessoais, nos relatos, existiam no descalabro. Outros temas, na reclamação, foram enfocados!
A realidade descreve: a dificuldades dos humanos ocuparem-se nas essências. As pessoas, no geral, ligam-se aos detalhes e ignoram o profissionalismo!
Os conhecimentos, a título de exemplo, concentram-se nos esportes e polícias. O dinheiro e economia, no cerne da existência, registram-se secundárias preocupações!
A instabilidade econômica e oscilação da moeda perpassam ignoradas. As massivas notícias, de brutalidades e criminalidades, acentuam os temores das falácias humanas!
As diárias preocupações e problemas, na sobrevivência, bastam nos aborrecimentos. A imatura fruta inibe colher antes da maturação!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

As cigarras mecânicas


O barulho, de forma ininterrupta, espalha-se no cenário colonial. O tempo ensolarado e seco ostenta-se propício à colheita. O sistema precisa produzir para honrar encargos!
Os produtores, no contexto das idas e vindas de máquinas, enfurnaram-se nas lavouras. O objetivo, no calor e pressa, consiste em colher a abundância de milho!
O cereal verde, como silagem, precisa da extração. O armazenamento, em grossas lonas, ocorre nas imediações das instalações. O trato vê-se resguardado das intempéries!
O produto, na conserva animal, ostenta-se a principal alimentação às vacas. A corrida, por dias, sucede-se contra o tempo. O solo úmido, na chuva, poderia atrapalhar a empreitada!
Os plantadores, depois da adubação, querem as terras à nova safra. As três, no único ano, tornaram-se necessárias para angariar lucro. O sistema exige cobrir muitas obrigações!
As cigarras, na propícia época, labutam dia e noite. A ideia, tempo ser dinheiro, prevalece nas concepções. O aproveitamento, do milho inteiro, revela-se mais em conta!
As pessoas, no sol quente de rachar, submetem-se em acirradas e penosas jornadas. O milho em grão, no trato de escassas criações, tornou-se restrito alimento nas propriedades!
A silagem revela a modernidade na agricultura familiar. A revolução agrícola achegou-se nas pequenas propriedades. O lema consiste em produzir muito em pouca área!
O acirrado capitalismo implantou-se nas pacatas lavouras. O massivo trabalho tornou-se obrigação para cobrir os empréstimos e financiamentos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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A solidão coletiva


Os indivíduos, nas aglomerações, andam cercados de semelhantes. As pessoas, nas casas, ruas e trabalhos, revelam-se aos milhares. Gente por todos os cantos e recantos!
O cidadão, na curiosidade, mostra-se mero indivíduo no conjunto. Outro número somado na documentação. Um dado estatístico apontado nos órgãos de levantamento!
A preocupação essencial consiste em sobreviver e viver no contexto da selva de pedra. A dificuldade, “em meio aos galhos secos”, consiste em extrair alimentos e pagar encargos!
Os amigos e conhecidos ostentam-se escassos. As pessoas, na multidão, carecem de criar afinidades e relações. Conversas esporádicas e superficiais ocorrem com alguns próximos!
Os semelhantes, nas carências de convivência, perpassam como estranhos ambulantes. O comprometimento lê-se contrapartidas. O tempo sepulta quaisquer afinidades!
Os indivíduos, nos agrupamentos, convivem no isolamento. A multidão cerca, porém blinda aproximações e diálogos. O descaso e solidão predominam nas existências e vivências!
Pessoas, na apatia e indiferença, circulam como objetos ou sombras. As aproximações e relações ostentam-se dilema. As “amarradas e fechadas caras” inspiram temores!
As cidades, na história “tudo por dinheiro”, desumanizam o gênero humano. A selva de pedra, na desconfiança e insegurança, inimiza ou rivaliza os semelhantes!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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domingo, 26 de janeiro de 2014

A infindável fila


Outra batida e morte sucederam-se na estrada. O engarrafamento, em minutos, instalou-se na principal rodovia. Veículos, nos dois sentidos, avolumaram-se as centenas!
A interminável fila estendeu-se de perder de vista. A via, no sentido contrário, poderia ter inexistido no problema. O congestionamento tomou igual confusão!
A balbúrdia transcorreu do singelo detalhe. Curiosos trataram de parar para averiguar o sucedido. Outra infeliz vítima, como rapaz, mostrou-se ceifada na dura sina das estradas!
Jovens são ceifados como se fossem soldados numa guerra. Os pais, na dor e lamúria, enterram a própria carne. A loucura descreve a necessidade dos constantes deslocamentos!
O detalhe: os ousados, nos celulares, acentuaram o caos para extrair fotos. O objetivo, em primeira mão, consiste em postar na internet. O fato reforçou perigos e tranqueiras!
Humanos, a princípio, gostam da anomalia e tragédia. Pessoas, em estranhas posturas, adoram averiguar e registrar desgraças. Semelhantes, no trânsito, perecem como formigas!
As anomalias, em instantes, avolumam multidões nas cidades. As pessoas, no irreparável, enxergam em primeira mão. O diverso e variado desperta atenção!
O indivíduo, de longa vida, tornou-se sinônimo de sabedoria. Os congestionamentos, na carência do transporte coletivo, descrevem o desperdício e irracionalidade das sociedades contemporâneas!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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O ocasional achado


O cliente, na porta de entrada da agência bancária, deparou-se com extraviado cartão. A surpresa mostrou-se com o descuido. A sã consciência clamou pelo ajuntamento!
O trio de clientes, no temor do comprometimento, externou indiferença. Este, na proposital forma, passou por cima do perdido artefato. A ideia era não perder tempo!
O cidadão, no achado, ajuntou como educado cavalheiro. O procedimento, no momento, consistiu em interrogar pela propriedade. A pergunta careceu de resposta!
A expressa olhada, no nome, revelou a propriedade da cliente. Os presentes, à surdina, acompanharam o caso. O curioso: estes na real quiseram averiguar o desfecho!
O camarada, na ausência, enfiou debaixo da porta principal de acesso da agência. O gerente, na casualidade, achegou-se nos sucessivos instantes. O fato acabou comunicado!
As filmagens reforçaram a clareza e transparência. Os agradecimentos advieram pela nobreza de espírito. Os indivíduos, da criminalidade, revelam-se desconfiados e temerosos!
A pessoa, correta e justa, auxilia nas dificuldades e problemas. O cidadão, em momentos, perpassa como anjo. A devolução, do extraviado, ostenta-se dádiva e obrigação!
A sabedoria externa-se na esperteza dos procedimentos! A boa índole revela-se nas gentilezas e gratidões!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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sábado, 25 de janeiro de 2014

A cobertura dos dispêndios


O rebento, estudante universitário na grande cidade, achegou-se às férias. A família, como filha das colônias, abriga e hospeda com alegria e satisfação. “O bom filho a casa retorna!”
O pré-estabelecido, como manda a tradição comunitária, relaciona-se a aprendizagem e encargos. O rebento, depois do descanso e folga, dedicou-se na ajuda das tarefas!
A escassez de mão de obra, no meio colonial, obriga a contribuir. Ele, a título de aprendizagem e cobertura das despesas, auxilia nas rotineiras atividades de sobrevivência!
A jornada, na propriedade, ostenta-se prolongada e variada. As tarefas, no exemplo, envolvem arrumações no pátio, cultivos na horta, roçados na vegetação, tratos de animais...
A disseminada ideia subsiste: “mostrar interesse e produzir para ganhar o pão”. A variedade, nas jornadas e ocupações, alivia mente, desliga rotinas, reforça nervos...
Os filhos, na tenra idade, assimilam a importância e valor do trabalho. O indivíduo, na autoprodução dos alimentos, agrega qualidade e sabor! Um bom suor lê-se como saúde!
A dificuldade de ganhar o dinheiro leva despendê-lo com esperteza e moderação. A labuta enobrece o espírito e fortifica o corpo!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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A alheia mesa


A filha, com o namorado, achegou-se a família. Ela, por estudo e trabalho, ausentou-se por longas semanas. A ausência acentuou as diferenças de crenças e princípios!
A presença, na hospedagem, entendeu-se por alguns dias.  A ceia, em alta conta, consistia na reunião familiar. “A família que trabalha unida, permanece reunida!”
O cardápio, na base da alimentação, eram os artigos cultivados e extraídos da propriedade. Esparsas compras somaram-se nos almoços, cafés e jantas!
A visita, na reclamação ímpar, ousou na ceia: - “Sempre o mesmo”. A paterna resposta, no exato tom e momento, discorreu: “- Pega teu dinheiro e vá comprar o preterido!”
As afrontas exigem contrapartidas em respostas. O cidadão, na alheia mesa, aceita o ofertado. A cara de pau chega a ofender em situações. “Cavalo dado não se olha os dentes!”
O mal educado, dos alheios, cobram carências. Os limites, na ocasião própria, ostentam-se antídoto aos desbocados. Os pais precisam impor-se na petulância dos rebentos!
As repreensões na juventude abreviam maus tratos na velhice. O silêncio, em momentos e situações, ostenta-se bela e nobre resposta!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O desconhecimento


Os colegas, no trabalho, labutaram anos como parceiros. Um, nas dificuldades do outro, auxiliava nas tarefas. Aquele velho princípio reinava: “uma mão lava a outra”!
As convivências, em momentos, permitiram as vãs conversas. Uma pessoa externava comentários da existência. As fofocas, situações, corriam igualmente na rotina!
Outros colegas, no conjunto, somaram-se na convivência. Uns detalhes, de certo aspecto, jamais foram comentados. Estes ligavam-se as crenças pessoais, formação escolar, relações amorosas...
Os indivíduos, no contexto urbano, ignoram fatos significativos. A realidade descreve a realidade das indiferenças. Cada qual trate de cuidar da própria vida!
Os amigos existem na proporção da abstinência do envolvimento de dinheiro. As amizades veem-se limitadas a punhado de pessoas, porém a muitos conhecidos!
Os relacionamentos e visitas envolvem dispêndios e favores. Alguma singela troca de palavras ostentam-se os contatos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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O oneroso patrimônio


A filha e neta, moradora de favor na casa da avó e mãe, pode finalmente adquirir automóvel. O sonho de consumo, com o usado, tornou-se realidade familiar!
O crédito permitiu a compra (de Chevette). A propriedade, na singela rua, acentuou a confusão no trânsito. O espaço acresceu de outra velha lataria!
Os pedestres, no incômodo, precisaram contornar o obstáculo. Alguns desgostaram da situação. Os silêncios abstiveram em função de não querer comprar brigas e intrigas!
A fulana, na inovação pessoal, esqueceu-se do detalhe dos encargos. A compra exigia a necessidade de espaço de estacionamento e garagem. Os puxados impedem mais ônus!
A moradia carecia de lugar. O jeito, nas sucessivas noites, consistiu em deixar na insegurança e relento. O oneroso patrimônio via-se exposto as intempéries do tempo!
A imaturidade, na abstinência do estudo das situações, leva a impensados negócios. A juventude, na atualidade, inicia o patrimônio familiar pela aquisição de carro ou moto!
O modelo econômico, da massiva venda de carros, encontra-se superado. As estradas e ruas encontram-se abarrotadas de veículos! A confusão, no trânsito, vê-se infernal!
A manutenção de veículos significa sustentar outra família. As sobras financeiras, nas jovens gerações, ostentam-se despreocupação familiar!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

As muitas visitas


Uma família, moradora da periferia urbana, defrontava-se nas dificuldades financeiras. O salário proporcionava baixa qualidade de vida. O comércio redimensiona a situação!
Os parentes visitavam pouco a moradia. As carências financeiras, no trabalho assalariado, permitiam pacata subsistência.
O armazém da esquina, em certo momento, viu-se assumido. As vendas, no cordial atendimento e variedade de artigos, atraíram clientela. Os lucros acresceram no caixa! O negócio autônomo possibilitou a fartura!
A dignidade de vida melhorou de condição. O afluxo dos amigos, na farta mesa, cresceu no conjunto. A residência, nas refeições, multiplicou na frequência!
As amizades e considerações, na bonança, difundem-se entre a gama de parentes. As pessoas, na qualidade da comilança, afluem em abundância e massivo número!
Os relacionamentos sobrevivem com contrapartidas. As visitas, na facilidade das comunicações e transportes, duram curto tempo. Uns evitam frequência nas casas!
O abrigo e hospedagem representam dispêndios. As pessoas, nos gastos, correm da raia. O somatório dos encargos dificulta o fechamento do orçamento doméstico!
As pessoas direcionam-se na direção das oportunidades e vantagens. A pobreza atrai à subtração e a riqueza à multiplicação das amizades e parentescos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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Os encargos urbanos


A sina urbana, em cubículos, tem sido uma dificuldade e estresse. Os moradores, em diminutos espaços, degladiam-se e ocupam-se para passar o tempo!
Dias, semanas, meses e anos vêm-se transcorridos. A presença, de forma contínua, envolve consumos. As despesas, nos encargos, correm dia e noite!
Água, comida e energia absorvem dispêndios. Os passeios, nas saídas e vindas, continuam a envolver gastos. Estes, na vida urbana, carecem de cessar!
O próprio tempo, através de encargos tributários, reforça encargos. Alguém precisa suprir o amontoado de despesas de consumo. A cidade faz nada chegar às necessidades!
Os indivíduos, alheios a escola e trabalho, encontram-se enjaulados nas residências! A questão consiste: Como passar o tempo? Quê fazer para ganhar dinheiro?
As pessoas obrigam-se a ficar plantadas diante do computador e televisão. O rádio soma-se na escuta. A leitura mostra-se paixão de poucos!
A relação, com vizinhança, revela-se escassa. As visitas familiares ostentam-se esporádicas. As pessoas, por semanas, conversam-se pouco. A solidão predomina!
Os parques e praças, escassos no geral, possibilitam rápidas caminhadas. A vida sedentária, antes do previsto, instala-se como obesidade!
Cada indivíduo possui seus problemas específicos. Os citadinos, às curas das patologias, precisam valer-se mais dos contatos com a mãe natureza!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

O especial atendimento


O morador, nos sessenta anos, comemorou especial evento. A data assinalava aniversário, aposentadoria e casamento. O momento consistia em ajuntar amigos e parentes!
O clã, nos cinquenta convidados, achegou-se ao acontecimento. Irmãos, cunhados, noras, sobrinhos vieram congratular o festeiro. As gargalhadas puderam ser reforçadas!
As despesas, das bebedeiras e comilanças, correram por alheia conta. A dificuldade, no espaço, consistia em abrigar e atender toda a gente. A organização funcionou a contento!
O filho das colônias, na criatividade, inovou no atendimento. A esperteza, na funcionalidade, ultrapassou as expectativas. Os presentes elogiaram o atendimento!
O casal, na abreviação de serviço, organizou as saladas nas mesas. As carnes, como churrasco de rês e porco, foram repassadas em picadinho. Os presentes atendiam-se no gosto!
O pessoal, nas rodadas, pode degustar e satisfazer a fome e sede. As bebidas, na improvisada taça (como freezer), permitiram o autoatendimento. A fartura induziu aos exageros!
Quem promove festas preocupa-se em bem atender. O cidadão, em especial momentos, oferece do bom e melhor. Os eventos promovem o reforço nos laços!
As famílias, em situações, promovem eventos com razão de não reencontrar-se unicamente nos velórios. As especiais comemorações revelam-se esporádicas!
Os dispendiosos eventos obrigam a necessidade de pré-economias. O autoatendimento tornou-se sinônimo de dispensa de serviçais!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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A alheia riqueza


O proprietário, no desleixado açude, procurou inovar e repor. O criador procurou reparar a margem e repovoar o ambiente. Dezenas de alevinos somaram-se as águas!
As onerosas rações, com paciência e trabalho, foram lançadas como trato. Os peixes, em semanas e meses, avolumaram peso. O investimento prometia retornos e satisfações!
A surpresa, no imprevisto, sucedeu-se na criação e extração. À distância, residência e reservatório, favoreceram incursões e roubos. As indesejadas visitas somaram-se no lugar!
Os aventureiros, na ausência do criador, valeram-se da situação. Os malandros, à surdina, passaram fina rede. Os peixes, de bom peso, viram-se apanhados e levados!
O desânimo implantou-se no ressarcimento. Os reinvestimentos minguaram no negócio. O deus dará tomou conta do reservatório. A natureza encarregou-se de repovoar!
Os espertalhões, em primeiro plano, preocupam-se em surrupiar o alheio suor. Os instintos primitivos, de caçador e coletor, sobrevivem no subconsciente humano!
As pessoas, no fortuito, possuem disponível tempo. A satisfação de multiplicar e produzir revela-se virtude dos ousados! A malandragem vê-se escamoteado roubo!
Açudes, em chácaras e propriedades, revelam-se sinônimo de aborrecimentos e perdas. O patrimônio, no sucesso alheio, acirra instintos da inveja e pilhagem!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A complicada troca


A menina moça, na situação de jovem senhora, renovou de namorado. O companheiro, depois dos cinco anos, enjoou na rotina. As intimidades tiveram novo enlace!
A solução, nos poucos bens, consistiu em avolumar e dividir. Os caminhos, sem filhos, deixaram o autocruzamento. Ator novo, à surdina, havia entrado na novela da existência!
O fulano, colega de trabalho, revelou-se curtido e esperto. A imediata confiança levou a morar como marido. Uma parceria foi e outra achegou no seio íntimo!
A festa familiar permitiu a apresentação ao conjunto dos parentes. Uns gostaram da figura. Outros desconfiaram do sujeito. As afinidades definem companhias e escolhas!
A história descreve a nova sina. Os casais, como peças, trocam-se nos relacionamentos. Os sinais da mudança consistem nas dificuldades de estabelecer vínculos!
Os indivíduos entram e sai nas alheias vidas. Uns como nunca tivessem existido. Outras pouca falta fazem na sucessão dos dias. A existência continua naquele ritmo das exigências!
Os comentários impróprios, entre conhecidos, tomam vulto. A concorrência existe nos seios familiares. A boca grande externou sabedoria: “- Fulana! Trocou merda por bosta!”
Os jovens pensam na imediata felicidade e prazer. O amanhã deixa chegar para inteirar-se dos desafios. A massificação, na superpopulação, implanta novos comportamentos!
A efemeridade das relações familiares acaba no sofrimento dos filhos. Quem escolhe muito as companhias, acaba selecionando mal o parceiro!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

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