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sábado, 30 de novembro de 2013

O mercado dos prazeres


A sicrana, como mera assalariada e separada, possuía dificuldades de concluir a inacabada residência. Ela, bonita e esbelta, valeu-se da esperteza e subterfúgio!
A cidadã, diante das diversas propostas de namoro, inovou com o pedreiro. Ele angariou a divina chance de ostentar a bela dama! O ânimo salientou-se no franco sorriso!
O camarada, como achegado, procurou trabalhar na inacabada obra. O profissional, com conhecimento e habilidade, aproveitou para labutar e investir na obra!
A moradia, em semanas, ganhou ares de mansão. A tarefa, uma vez concluída, trouxe mudanças nos ares e humores do estabelecido relacionamento!
O dedicado trabalhador, na maior surpresa, ganhou “um belo e especial chute na bunda”! Este havia perdido a serventia! A incompatibilidade de gênios fora argumento!
Outro abonado, num premeditado golpe, ganhou a parceria. Os dispêndios interiores, como obrigação, exigiram abrir a mão! As novas compras precisaram ser custeadas!
Os interesses monetários, em quaisquer relacionamentos, assumem ares de negócio. O comércio do corpo sucede-se de inúmeras maneiras no mercado dos prazeres!
As pessoas, de inúmeras maneiras, comercializam os particulares dons. Cada qual precisa saber alguma forma de ganhar a vida!

                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Obs.: História narrada por Carlos Alexandre Lang/Bairro Quinze/Igrejinha/RS.

Crédito da imagem: http://fernandamuinhos.blogspot.com.br

O estranho escambo


Os herdeiros, na migração campo-cidade, desentenderam-se no inventário. A questão da herança, sem venda do imóvel, arrasta-se no desacerto e tempo!
O jeito, para ostentar algum proveito, consistiu em estabelecer algum trato com o vizinho. A descendência, a prática de lavoura e pastoreio, cedeu o espaço da propriedade!
Os donos, como benefício, auferiram ganhos e safaram-se da manutenção. Os brejos e matos, em anos, tornariam-se fechados! A derrubada levaria a aborrecimentos e gastos!
O acerto, como inovação, consistiu num escambo. Os herdeiros cedem às lavouras. Os serviços de uso decorrem de singelos ressarcimentos! Trocas diminuem encargos!
O pagamento, conforme as safras, dá-se através de artigos da terra. Os citadinos, a título de exemplo, recebem aipim, carnes, frutas, hortaliças, queijos, verduras...
O fato reduz os dispêndios nas compras dos mercados. O escambo, diante da carência de numerário, atende as necessidades do inquilino e proprietários!
Os vizinhos, regados a frescas águas, revelam-se divina bênção. Quaisquer negócios precisam ser vantajosos às várias partes (caso contrário carecem de sustentação).
Qualquer pedacinho de terra, ao criador e plantador, ostenta ímpar valor de exploração e ganho. No negócio de gringo, quem perde revela-se os cofres do Estado!
                                                  
               Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://come-se.blogspot.com.br

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Os tradicionais aperitivos


O bebedor deixou jovem essa preciosa vida. O cidadão, nestas idas e vindas, priorizou o gosto da cachaça. Aquela história, de alguns goles não fazerem mal, conduziu ao vício!
O consumo diário, daqueles tradicionais aperitivos, implantou a dependência. Esta, na carência de folgas e pausas no consumo, conduziu a autodestruição!
A cachaça, em exemplos, contém ingredientes duvidosos. As falcatruas levaram a desgraça. Outro camarada seguiu o caminho de vários outros inveterados apreciadores!
O câncer, com a queima massiva dos órgãos, instalou-se de forma agressiva e generalizada. Meio século, como aniversários, foi suficiente para minar e roubar a existência! 
O flagelo deixou enviuvada outra azarada e sofrida senhora. Os filhos ficaram órfãos. Outro lar destruído. O alcoolismo escreveu outra triste história!
O prazer sobrepôr-se a racionalidade. O vício, como ardilosa ferramenta, andou de mãos dados com a morte! A ideia disseminada consistiu: “A praga em mim não pega”!
Uns, na curta passagem terrena, acham a vida deveras demorada e enjoada! Os viciados, diante da autodestruição, encontram alguma desculpa para continuar na praga!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mapadacachaca.com.br

Prenúncio de visita


A ousada ave, diante da porta da casa, entoa cedo em plena segunda-feira. A sabedoria, repassada de pai para filho, anuncia: “cantoria excepcional de galo prenúncio de visita”!
As achegadas, de final de semana, tomaram mal o rumo da estrada. Os residentes, por instantes, almejam silêncio e sossego. Os dispêndios variados foram uma realidade!
As visitas, boas e interessantes, são uma divina dádiva. Estas, como chegam, precisam ir-se! As demoradas cansam e enjoam. O esperto frequenta contado e limitado tempo!
A segunda-feira ostenta-se o recomeço da jornada. O tempo convida aos compromissos e trabalhos. O bom entendedor sabe: começo de semana útil renega a condição de visitante!
Galo! Maravilhosa ostenta-se a tua cantoria. Equivoca-te, porém na previsão. Continue a enobrecer o ambiente com os galanteios. O harém depende da eficiência, graça e ousadia!
Qualquer pessoa, nas idas e vindas, precisa valer-se do bom senso! Uma hora de visita permite conversar a essência dos assuntos e temas!
                                                                     
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cantodasaves.site40.net/galo.htm

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

As belas e ousadas mentiras


A mulher, na fugida do marido, foi dar um passeio no centro da cidade grande. O fato, na aparente discrição, envolveu uma passada rápida no bailão das quartas!
A oportunidade mostrou-se ímpar para fazer amigos e sair da rotina do matrimônio. A cidadã, para safar-se das cobranças do parceiro, externou subterfúgios no meio social!
Um recém conhecido, na imprevista ausência, quis o número da fulana. A solução, diante da necessidade, foi pedir os dados numa aparente amiga e companheira das festanças!
A fulana, desconhecendo a mentira, explanou os detalhes da alheia vida. O objetivo, na prática, consistia em ser prestativo ao estranho! O castelo de areia ruiu num instante!
As sucedidas conversas tinham sido belas e ousadas mentiras. A sicrana, entre outras histórias e lorotas, alegou ser abusada, descompromissada, interessada, ousada...
Os dados pessoais, na era da informação, precisam unicamente de pesquisa. Os registros encontram-se disponíveis na alheia memória! Alguém conhece o particular viver!
A ilusão, na cidade grande, ostenta-se em imaginar os estranhos desconhecerem a gente! Alguém, nos ambientes e lugares diversos, conhece e reconhece o cidadão!
A discrição, neste grande e pequeno mundo, revela-se dádiva e sonho. A verdade pode custar a aparecer, porém vislumbra-se antes do previsto!
                               
Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://estopim-online.blogspot.com.br/

A carência afetiva


A turma, de meia dúzia de velhos companheiros e parceiros, reuniu-se a cervejada. O ocasional reencontro, no vespertino baile, sucedeu-se num canto do centro comunitário!
A animação musical, ao som da tradicional bandinha, agitava o festivo ambiente. A presença feminina, num “vap e vup”, fez-se abrilhantar e provocar os primitivos instintos!
O enviuvado, velho enamorado e festeiro, viu-se atiçado e cortejado! A carência masculina, as descompromissadas senhoras moças, revela-se acentuada e escassa!
As damas, a caça de maridos, vislumbraram oportunidade de companhia. A dança viu-se num especial convite. O cidadão, no embalo da Morena Rosa (Os Serranos), aceitou embalar o corpo!
Os desejos e pensamentos, no romantismo de outrora moço, tomaram saudosas reminiscências. Um enamorado casal, entre enviuvados, formou-se no momentâneo ato!
A cortejada, concluído a peça, suspirou: “- Ah! Como revela-se bom e reconfortante sentir o encosto no corpo de atrativo e cheiroso homem!” A carência afetiva viu-se grande!
Os alheios gostos e necessidades revelam-se igualmente as nossas carências e preferências. O cidadão, hoje numa boa companhia, pode antes do imaginado e previsto estar numa tremenda solidão!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Obs. História narrada por Soni Gräbin/Languiru/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.fredao.com.br

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

O singelo contrato


O tradicional apostador, como apaixonado jogador, improvisou outra competição e jogo. O cidadão, na certeza de carregar a verdade, apostou singelo valor monetário!
As partes, num litígio de informação, foram averiguar a realidade dos fatos. O lapso de memória traiu a esperteza e inteligência. O desacerto reforçou os muitos dispêndios!
A solução, num esquivo da obrigação, consistiu em mudar expressões e renegar palavras. O dito pelo não dito serviu de artimanha. A obrigação ficou no deus dará!
O sucedido, ao ganhador, ensinou e reforçou experiência. As palavras, jogadas ao vento, carecem de serventia. As pessoas, por migalhas, safam de estabelecidos e tratados!
O indivíduo, diante do mentiroso e tratante, obriga-se a fazer algum apontamento e documento. A assinatura, com reforço de testemunhas, revela esperteza e garantia!
Um singelo contrato, na mútua concordância, abrevia uma porção de aborrecimentos e dispêndios. Os litígios, no mundo dos espertos, entopem de processos o Judiciário!
Sábio ostenta-se aquele que documenta negócios e tratados. As pessoas, conforme os interesses e necessidades, mudam falas e palavras!

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://minhakasa.blogspot.com.br/

O tempo ao tempo


As famílias, em função da amizade, negócios e parentesco, mantinham uma acentuada e intensiva visitação. Os encontros, em momentos semanais, sucediam-se nas vivências!
Os assuntos e temas, das muitas e variadas conversas, começaram a ser chatos e repetitivos. Os ares das fofocas e mentiras tomaram sentido e vulto!
Os excessos de intimidades levaram ao conhecimento recíproco dos detalhes familiares e particulares. Algumas explanações assumiram o colorido de discordâncias e ofensas!
O relacionamento, em colocações e sugestões, gerou mútuos comentários e desconfianças. Amizades e negócios, com alheias opiniões, viram-se mesclados e trocados!
A solução, para evitar brigas e intrigas, consistiu em dar um tempo ao tempo na convivência. Um intervalo, nas tradicionais ceias, chimarrões e visitas, tornou-se necessário!
Os excessos, nas convivências e intimidades, conduzem ao desabrochar das dificuldades e fraquezas. Os intervalos, para angariar notícias e vivências, renovam assuntos e enfoques nas conversações e tratos!
                                                    
        Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogsergiofreire.wordpress.com

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Uma espécie rara


A localidade, situada lá nos cafundós (“onde o Judas perdeu as botas”), viu-se abalada e movimentada. Um morador, na casualidade, deparou-se com espécie rara da outrora fauna!
A tradição oral relata do habitat natural da espécie. A devastação da floresta, nos primórdios da colonização, causara o afastamento e extermínio de exemplares!
O gato do mato, outrora comum, deu os ares da graça. O rejuvenescimento da floresta, somada ao desenvolvimento da silvicultura, permitiu o achegar e vislumbrar da espécie!
A patrulha ambiental, diante os ataques e prejuízos nas criações, viu-se acionada. Os profissionais, diante da astúcia e esperteza animal, ficaram “a ver navios”!
Os moradores, num comparativo aos políticos, estabeleceram uma curiosa correlação. Quem mais aparece no lugarejo: os felinos dos matos ou os políticos de cargos públicos?
A presença externou: “- A realidade, fechada às urnas, revela que é bem mais fácil deparar-se com a espécie do bioma do que encontrar algum político circulando pelos interiores”.
O eventual forasteiro, como estatista, pode ser ainda confundido como eventual larápio. Os naturais, com a cachorrada, poderão colocar a correr o vivente!
Os eleitos, depois de angariados os votos, ostentam-se ausentes e indiferentes. O abandono público, em inúmeros exemplos, assume ares da ausência ou desleixo!
Os eleitores, selecionados em seus pares, possuem os políticos dignos das crenças e práticas. O rejuvenescimento de espécies, entre encostas e morros, tem sido uma sina nalguns lugarejos coloniais!

                                                                             Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.big1news.com.br

A excepcional mesada


O forasteiro, no ímpar momento, hospedou-se na residência de velhos amigos. A moradia revelou-se momentâneo hotel! O abrigo, na emergência, viu-se num quebra-galho!
Os gastos, como alimentação, água, luz e taxações, correram na conta da família. A boa vontade, para quebrar a esporádica necessidade, revelou-se amigável!
O camarada, na hora da partida, pediu pelos valores dos dispêndios. A hospedagem recusou quaisquer coberturas. O visitante deixou de safar-se duma melindrosa situação!
Uma doação, a título de mimo aos filhos, cobriu os consumos. O objetivo consistiu em reforçar o bom e velho hábito! Os rebentos, como mesada, ficaram alegres e contentes!
Os estranhos desobrigam-se a custear alheias necessidades. O correto e sábio carece de extrair proveito das gentilezas. Ele, numa próxima necessidade, deixa a oportunidade!
A pessoa precisa honrar a correção e justiça. Os alheios carecem igualmente de ganhar as coisas de graça! Quem, em tenra idade, dispensou auxílio de estranhos?
Certos hábitos e práticas carecem de serem cafonas e ultrapassados. As referências, como bons caminhos, abrem horizontes e portas a conhecimentos e negócios!


                                                                                Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.xalingo.com.br/

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

O escambo eleitoral


O religioso, “curtida e rodada raposa”, ousou na prática eleitoral e pastoral. A cidade, em expansão e recém emancipada, ganhou a instalação de modesta comunidade!
A congregação, naquelas paragens, via-se completamente inexistente. Algumas dezenas de famílias, como migrantes, afluíram e continuaram na denominação!
O propósito e sonho, de imediato, consistia na constituição e edificação de templo. Os recursos, em auxílios, coletas, doações e promoções, viram-se deveras limitados!
O pastor, na política, aproveitou o momento oportuno. Este, a situação, negociou as dezenas de votos. Os direitos, de inúmeros membros, valeram materiais de construção!
O edil, na campanha da reeleição, arrasou a oposição. A máquina pública fez a especial diferença. Quem, na prática da compra e doação, custeou os reais valores dos materiais?
A oposição, diante do velado negócio, carecia de avolumar provas. As negociatas, diante da obstrução de vestígios, direcionaram resultados!
As reeleições incentivam as compras do eleitorado! O segundo mandato, na maioria das gestões, abriga desempenhos medíocres!

                                                                                Guido Lang
                                                       “Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.terra.com.br

O alvoroço


As incursionadas da viatura policial, pelos interiores das localidades coloniais, causaram  revertérios comunitários. A presença inspirou cuidados e temores aos infratores!
As carências permitiram abusos e transgressões de trânsito. Os “conhecidos facões”, improvisados motoristas, circulavam impunes nos becos e estradas de chão batido!
Os exemplos, entre outros, relacionaram-se a dirigir na ausência da carteira de habilitação, esquecimento proposital do uso do capacete, improvisados rachas da gurizada...
A ação da fiscalização, de punir algum “pingado gato”, colocou outros no alvoroço. A notícia, das patrulhas nas encruzilhadas das rodovias, espalhou-se como rastrilho de pólvora!
Algum condutor, com razão de evitar as ciladas, relatou  o ocorrido. A apreensão e multa, em função do “prejuízo no bolso”, serviu de alerta ao conjunto de transgressores!
Os desavisados motoristas, como gaiatos, entraram no prejuízo e punição. O temor levou a resguardar-se nas residências. Os veículos ganharam provisórias férias!
Problemas com a lei ostentam-se fobia aos pacatos moradores. O discurso revela-se da segurança no trânsito, porém a ação esconde a ganância do fisco!

                                                                                        Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.camaraguaranesia.mg.gov.br/

domingo, 24 de novembro de 2013

O segredo da cachaça


O produto, para excepcional qualidade, ostenta mistério na fabricação. A cachaça, na industrialização caseira no alambique, liga-se ao item teor alcoólico!
Os consumidores, com razão de ficar alheios a embriaguez, recorrem a artimanha. Ela sucede-se com relação as encurvadas e grossas varas da cana-de-açúcar!
As partes, no processo do corte na plantação, necessitam da criteriosa e rigorosa seleção. Os cortadores, dentro das habilidades e possibilidades, improvisam a classificação!
As retas, como matéria-prima básica na extração do caldo, destinam-se ao fabrico do melado. O eventual álcool, no fermentado caldo, carece de efetuar a tradicional embriaguez!
As tortas, incluídas no preparo da pinga, ostentam-se as responsáveis por “deixar borracho”.  Elas, no elevado grau de pureza no cozimento, ganham a real destilação!
O elevado teor alcoólico, nelas contidas, ostenta a real possibilidade cambaleante! O segredo consiste em fabricar cachaça na ausência de maiores lavouras e plantações!
As conversas, reclamos e xingamentos, no estado da embriaguez, visam ofender a inocente sombra. A própria, como fantasma, persegue como inconveniente companhia!
Alguma lorota, bem contada ao néscio, assume ares de especial  verdade. As muitas e variadas desgraças, resultantes das bebedeiras, carecem de ser exemplos aos exagerados apreciadores!

                                                                                       Guido Lang
                                                           “Contos do Cotidiano das Vivências”

          Obs. História contada por Soni Gräbin/Languiru/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.localnomad.com

A aplicada matemática


O aluno, com imensas dificuldades na ciência dos cálculos, vivia a copiar exercícios, provas e temas. O educador, conhecendo a manha, desconfiou daquela ímpar nota de cem!
A oportunidade vislumbrou-se de demonstrar o real conhecimento. A atividade, num chamado ao quadro verde, consistiu em explicar e refazer os problemas da aplicada prova!
O professor, dentro da tradicional didática de explicar e fazer, inovou na astúcia e esperteza. O camarada, na primeira oportunidade, destacou o beltrano (do premiado cem)!
A tarefa, diante da turma, foi destrinchar e refazer alguma questão (de livre escolha diante dos colegas na tela). O completo desastre revelou-se na atividade!
O educador, de viva prática, confirmou a desconfiança. A verificação havia sido outra cola (transcrição) de colegas. A dificuldade residia na habilidade da multiplicação!
A mentira e plágio ostentam  curta duração. A trapaça, aos curtidos e rodados mestres, revela-se uma dificuldade! Uns enganam a muitos, porém nem a todos!
O educador, no amadorismo do alunado, destaca-se na esperteza e sabedoria. As experiências e práticas, com amargos resultados, ensinam belas e majestosas lições de vida.

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogandocommatematica.blogspot.com.br

sábado, 23 de novembro de 2013

Os parabéns


A norma, na tradição escolar, consistia em cantar os parabéns aos aniversariantes do dia. Em meio aos muitos alunos, de várias turmas, havia sempre alguém a comemorar a passagem dos anos!
A malandragem, diante do hábito e prática, passou a vigorar. Alguns estudantes, em determinadas salas, combinavam e diziam algum estabelecido aniversariante!
A realidade sucedia-se numas disciplinas. Algum fofoqueiro, antes do previsto, relatou o trote ao professor. O objetivo, no final, consistia em agitar e tumultuar o período!
A matação de tempo, a administração de conteúdos, via-se noutra estratégia. O profissional, curtido e tarimbado na malandragem estudantil, conscientizou-se do mico!
A solução, diante do protesto dos reais aniversariantes, consistiu em “cortar o barato”. A recomendação: “- Cantam na aula da beltrana e sicrana”. Os bons pagam pelos ruins!
Os abusos e exageros obrigam a estabelecer normas e regras. As pessoas, do passado estudantil, narram e relatam ousadas afrontas e malandragens!

                                                                       Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://fotosface.com.br

A ideia do quinhão


O apetitoso buffet estendia-se pelo centro comunitário. O jantar baile prometia bebedeira, comilança, dança e música! Uma maneira de devassar os estresses e neuroses!
O cardápio, regado a carnes e saladas, mantinha-se convidativo e saboroso. As saladas, na base da alface, maionese, repolho e tomate, levaram o melhor dos comentários!
Uma senhora, em  meio a fila de servir, externou o alarde: “- As alfaces e tomates encontram-se repletos de venenos! Um perigo ao consumo e saúde. Vou deixar de servir?”
A amiga, de imediato, cutucou “a escandalosa”. O alerta consistiu: “- Fulana! Fica quieto! Meu marido vende os agrotóxicos”. A fulana avermelhou e silenciou diante do aviso!
O temor havia na rejeição dos artigos. A consequente diminuição das vendas significaria “prejuízo no bolso”! A sobrevivência exige a progressiva elevação dos ganhos!
A ideia disseminava consiste: “ Os próximos, diante das possibilidades de lucro, podem detonar ou implodir! Pouco me importa! O importante consiste em eu ganhar meu quinhão”!
O bom senso, diante da ganância do comércio, contrasta com a necessidade das reais aplicações. As milhares de toneladas, antes do previsto, deságuam nos córregos e rios!
A civilização, como culto a ciência, incorre na desenfreada e propagada loucura do auto-envenenamento. O dinheiro, na cobiça e ganância, instala e vende os germes da morte!

                                                                         Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Agrotóxico

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O livro online


O professor, com rica biblioteca, via-se admirado pelo acervo e conhecimento. Este, no meio universitário, ostentava-se aquela referência nas pesquisas das ciências!
O sicrano, como funcionário público, auxiliou a “polir milhares de brutas almas”. O conceito, pela eficiência e inteligência, advinha do acúmulo bibliográfico e digital!
Um modesto aluno, na conclusão de curso, precisou de determinada obra. A procura, em livrarias e online, revelou-se de difícil localização. A necessidade viu-se para ontem!
A alternativa, para evitar atropelos e dispêndios, mostrou-se em pedir emprestada a obra do docente.
O educador viu-se solicitado na gentileza. Este, na colaboração da cedência, valeu-se da mentira. Este externou: “- Eu não tenho o livro”. Poderia ter dito: “- Eu não o empresto!”
O estudante, nos posteriores dias, teve ocasional acesso ao acervo. O momentâneo cochilo possibilitou a conferência. O camarada, a primeira vista, depara-se com o título!
O aluno, dias depois, mandou um ousado e singelo bilhete: “- Estimado professor! Obrigado por não ter disponibilizado a publicação. Consegui encontrar o livro via online!”
A autoridade, como exemplo a imitar e seguir, revela constrangedor e impróprio ato de mentir! A verdade, nos vários momentos e situações, convém externar as claras e duras!
A mentira, diante da esperteza e inteligência, possui dificuldade de suplantar e relegar a verdade.  O diabo parece “meter os fuxicos e pentelhos” nos instantes e lugares oportunos e próprios!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.portalvr.com/biblioteca/

O replantio das árvores


O produtor, na diminuta área, seguiu as recomendações dos especialistas. Ele, numa área arável, investiu em nativas mudas! A esperança havia em ter madeira de lei ao consumo!
As plantas, em poucos anos, transformaram-se num excepcional manto verde. A natureza, numa recomposição ímpar e rápida, recompôs a outrora devastada mata!
O aconselhamento técnico, dos profissionais do asfalto, ignorou detalhes. Estes viram-se relacionados a legislação. Esta careceu da possibilidade de derrubar e explorar a vegetação original!
A mecanização, na rápida implementação, exigiu solos. As potentes máquinas precisam de lavouras. O colonial avança na propriedade. As leis impossibilitam mexer no mato!
O arrependimento, num exemplo alheio, tornou-se grande. Os recursos, auferidos da eventual exploração, faltam para cobrir encargos! Agricultura moderna exige investimentos!
A alternativa consiste em replantar unicamente exóticas espécies! Os matos permitem a racional exploração. O eucalipto, em função da elevada produtividade, ganhou a primazia!
As encostas e morros, nas últimas décadas, conheceram o amplo reflorestamento. Os matos multiplicaram-se como investimentos em silvicultura!
A vegetação nativa, diante os temores dos rigores da lei, sustenta-se como “meras ilhas”. Elas, entre lavouras e reflorestamentos, são diminutas e esparsas!
A riqueza consiste em armazenar e guardar os biomas! A fauna silvestre, como meio de refúgio, recorre aos ambientes para resguardar-se das caçadas e extermínios!
O bom senso e equilíbrio, entre exploração e preservação, precisam andar de mãos dadas na propriedade colonial. A massiva exploração dos solos, nas diminutas áreas de cultivo, ostenta-se forma da resguardar rejuvenescidos matos!

                                                                                  Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://hypescience.com/redes-wireless-podem-prejudicar-as-arvores/

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

O ecologista do asfalto


O doutor formou-se numa conceituada universidade. As ideias, no cotidiano, mostram-se ousadas e sábias! A realidade, entre a prática e teoria, contrasta na execução!
O cidadão, nos diários atos, careceu de administrar alguma propriedade colonial, conviver com as necessidades extraídas da natureza, plantar massivas árvores...
O fulano, nos belos discursos e magníficas palavras, alega: “ – A abstinência de ceifar árvores. A proibição de extrair recursos de reservas florestais! Empregar madeira a queima”!
O desejo, como boa vida, consiste em usufruir e viver nos confortos da modernidade. O exemplo liga-se dirigir veículo, morar numa iluminada residência, ostentar farta mesa!
Os recursos precisam advir duma racional exploração e procedência. As derrubadas tornam-se imprescindíveis. As lavouras exigem espaços ceifados à floresta!
O bom senso, entre necessidades e preservações, precisa predominar. O radicalismo, na excelente retórica, conduz as carências de bens e explosões de preços!
As singelas propriedades, de poucos hectares, tornaram difícil a preservação dos diminutos matos. Algumas árvores mantém-se como reservas de extração de madeira!
As encostas e morros, diante das dificuldades de mecanização, tornaram-se os redutos da preservação. Elas, no entanto, carecem de serem florestas imunes à extração!
A viabilidade econômica, diante dos muitos encargos de subsistência, precisa ocorrer nos diminutos espaços das propriedades. O produtor, com estímulos, inova e produz na proporção de receber dividendos!
                                                                
                    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://5musicaspara.tumblr.com

A cura ladrão


Uma família, há boas décadas, levava a fama das artimanhas. Ela, nas residências e pátios, avançava na indesejada surdina! O propósito consistia em concretizar singelos delitos!
As notícias, de ocasionais larápios, haviam-se espalhado aos quadrantes. Os moradores, diante dos exemplos dos sumiços, ficaram de alerta e prontidão!
Um clã, depois de suadas economias, avolumou um significativo capital. A razão, como conforto e investimento, consistia em comprar veículo novo!
O dinheiro, em notas vivas, encontrava-se resguardado na residência. A ausência de contas bancárias dificultava os depósitos e saques. Os bancos eram coisa das cidades!
O malandro, como cleptomaníaco, vislumbrava nova oportunidade. O fulano, numa noite própria, incursionou pelas cercanias da moradia. A invasão tornou-se fato consumado!
O proprietário, há bons dias e semanas, esperava a visitação. Este, na achegada imprópria, havia orquestrado excepcional surpresa. Uma lição visava curar o ladrão!
O morador, no mando da sabedoria colonial, confeccionou especial cartucho. O material, na resguardada espingarda, ganhou um preparo a base de sal grosso e pólvora!  
O alvo, para evitar aborrecimentos e denúncias, consistiu em alvejar os membros! A eventual morte, para evitar indenizações, originaria denúncia e investigação policial!
O cidadão, na invasão do espaço, foi surpreendido. O tiro viu-se disparado. Este, em parte , viu-se atingido numa perna. O lugar atingido tornou-se ferida aberta!
A vítima deixou de registrar a qualquer ocorrência. Este acabaria se auto-entregando. A solução manteve-se na discrição!
O ferimento, até o final dos dias, não sarou. Ela obedecia os humores do estado atmosférico. O cidadão, a cada santo dia, relembrava da malfadada e imprópria ação!
As veladas punições revelam-se comuns diante dos incuráveis e ousados ladrões. As sociedades coloniais, diante da ausência do Estado e inércia das autoridades, improvisam paliativos e soluções aos dilemas e problemas!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pólvora