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sábado, 17 de maio de 2014

A ímpar criação


A moradora, filha das colônias, resolveu inovar na criação. O exemplo, em longínquas paragens, parece exclusivo caso. O apego, no amor, prevalece sobre o interesse monetário!
A rural, no contexto da casa colonial, instalou o criatório de gato. A bicharada, na casa e pátio, dorme e espreguiça. A diversidade, nas unidades, salienta-se na espécie!
Os animais, no número dos aproximados cinquenta, afrontam no quadrante. O forasteiro, na ocasional visita, admira-se da proliferação pelos cantos e recantos!
O criatório, na abstinência do extermínio, descreve praga. Os felinos, nos dias, clamam por comida. Leites, miúdos e rações, aos eternos esfomeados, decorrem em baixa conta!
Os ratos querem distância do terreiro. Os pássaros privam-se em desafiar a sorte. As cobras inexistem nas redondezas. A dona, entre os elementos, ostenta-se adorada rainha!
A excessiva convivência, animais e humanos, inspira o temor das doenças. Os fatos e situações, nos esdrúxulos exemplos, sucedem-se igualmente próximos ao indivíduo!
A excessiva proliferação, de qualquer espécie, descreve a noção de praga. Gatos, nas facilidades de subidas e descidas, devassam quaisquer ambientes e espaços!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.blogdotioben.com.br/