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quinta-feira, 13 de março de 2014

A braçal mão de obra


Os coloniais, nas propriedades, encheram extensões inteiras. O reflorestamento, de acácia e eucalipto, ocupou os espaços das velhas lavouras. O novo ciclo tomou o lugar!
O curioso, nas plantações sucessivas, é que criaram-se taperas nas localidades. O eucalipto, no exótico, conta-se como “carro chefe”. O gigante, a grandes distâncias, salienta-se no conjunto!
O estrondo de motosserras, no contexto, anda em baixa conta. A colheita, de árvores e bosques, vê-se localizada. O problema está na deficiência de mão de obra!
Os jovens rejeitam os braçais afazeres. Os moços, nas empresas, labutam abrigados das intempéries. Os benefícios trabalhistas veem-se assegurados como ganhos!
Os matos, no incremento, ficam no compasso de espera. Os troncos, nas encostas e morros, aguardam valorização. As capoeiras retomaram panorama da floresta original!
Proprietários, na indisponibilidade de braços, obrigam-se nas esperas. A seleção, entre grossos e miúdos, faz a diferença nas plantações. Os troncos verificam-se reserva financeira!
As árvores, no investimento, traduzem-se numa espécie de poupança. O reflorestamento evita a retomada das terras pela rejuvenescida vegetação natural!
Os ciclos econômicos possuem as realidades específicas. A baixa natalidade implantou o esvaziamento de braços e comunidades!

Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/