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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

A primazia das tarefas


O camarada, no título de cortesia, resolveu inovar no capricho e dedicação. O domínio, no solo da beira da estrada geral (junto ao vizinho), incidiu no arranjo e ocupação. A floreira, na afirmação da admiração dos andantes, sobrevinha no intento e resultado.
O custoso tempo, na limpeza do charco e mato, incidiu na devastação e remoção. Os dispêndios, em adubos e sementes, advieram do bolso. As ferramentas, no meio da vizinhança, foram solicitadas na cedência. Sangue e suor, no ardente sol, fluíram na carcaça.
O abelhudo, nas floreiras próprias (na casa e pátio), calhou no descaso e desleixo. Os discriminados artefatos, jogados aqui e acolá, advinham na desarrumação e desperdício. O exemplo retrata a realidade da psique. Alguns, na casta de afortunados, necessitam da estima.
A terra, nas redondezas, sobrava aos efetivos plantios. Os inços e matos, na abundância de solos, caíam no reflorestamento. A adubação e genética, no plantio, dispensaram valiosos espaços da produção. A fartura e variedade disseminam-se nos domínios coloniais.
A consideração, no próprio proveito, incorre na primazia das tarefas. O produtor, na iniciativa particular, ganha na proporção do capricho e dedicação ao trabalho. As férias, no total, descrevem parcos tempos. A fartura e fortuna são destinadas aos ativos e esmerados.
O camarada, na sabedoria dos antigos, pode ser atravessado e tolo, porém deve incorrer jamais no exagero. O capricho, na aparência do próprio bem, acontece no exemplo da melhor exposição e referência.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://troncoseraizes.blogspot.com.br/