Translate

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

A esdrúxula comparação


O ancião, no posto público, buscou alento e cura. A enfermidade, na avançada idade, abateu-se no curtido corpo. O médico, na estirpe filho das colônias, achava-se no empregado e procurado. A conversa, na afinidade e lisura, incidia no decurso da patologia. O profissional, no atributo de clínico, externou alegoria e imprecisão. A pessoa, na corrosão do tempo, adotaria analogia. A conformação, no estropiado e padecido caminhão, caía na semelhança. As peças, no desgaste dos metais, sobrevinham na condução. O análogo, no lidado corpo, cairia na pessoa. O doente, no instante, compreendeu alegoria (figura de linguagem). A expectativa, na cura ou melhora, calhava na parábola. O doutor, no tratamento, foi suspeito de subtrair esperanças. Outro clínico, na dúvida, acabou esquadrinhado. Distintas fórmulas e invenções, na medicina, saíram aplicadas e preconizadas. A melhoria, no pequeno tempo, proporcionou alento e sobrevida. O exagero, na lisura, assume aparência de afronta e suspeita.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://br.freepik.com/