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quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A estranha gente


O patriarca instalou-se em determinada propriedade. O sonho da terra própria achegara-se como realização familiar. O solo fora principal causa do abandono da Europa!
O lote, adquirido na empresa imobiliária (em meio às carências de toda ordem e a peso de ouro), angariou a vida inteira de melhorias. A conquista de solo vira-se incessante!
A moradia concretizou-se como conquista e obra. Os herdeiros, por gerações, mantiveram-se presos ao singelo torrão. A autoprodução via-se a maneira do ganho pão!
Algum descendente, no orgulho familiar, comprou as heranças. As jornadas, na luta como peleia constante contra a exuberante vegetação, entendeu-se no seio dos dias!
A velha moradia, na edificação da moderna, era testemunha do glorioso passado de trabalho. Mãos calejadas, com sangue e suor, extraíram da natureza os dividendos!
Os forasteiros advieram para alugar a preservada e restaurada moradia. A casa servia de especial depósito. O testemunho concreto via-se do modelo de vida dos ancestrais!
Os responsáveis, de imediato, externaram a negação. O argumento: “nada de gente estranha no pátio e terra”. A autonomia e liberdade carecem de valor monetário!
Os coloniais apresentam-se apegados e possessivos nas propriedades. Os donos, na própria terra, comportam-se como reis!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www2.turismo.rs.gov.br/portal/index.php?q=galeria&cid=372&g=19

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