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segunda-feira, 5 de maio de 2014

O crédito dos amigos


Os atletas, parceiros nos esportes (de longa data), mantinham particular admiração e consideração. A convivência, nos campos e quadras, aprofundou afinidade e confiança!
As conversas, nos encontros e reencontros, sucediam-se como velhos companheiros. As particularidades viam-se narradas em alta conta. Os negócios, no ínterim, tomaram vulto! 
O amigo, no belo dia, enveredou na política. A precipitação impossibilitou maiores chances de eleição. O candidato, na oportunidade, procurou angariar o crédito dos amigos!
O companheiro, afilhado partidário, inviabilizou a confiança. A família, nas várias escolhas, absteve-se de direcionar voto. Estranhos ganharam atenção e preferência!
O candidato, na modesta comunidade, mediu o reconhecimento social. O indivíduo, no detalhe da disputa, desvendou o companheirismo. A amizade advinha da parcial conta!
A convivência, na desconfiança, subsistiu nos ocasionais encontros. Os negócios e segredos escassearam nos procedimentos. A amizade, no tempo, fraquejou no descrédito!
O indivíduo, no melhor dos amigos, espera confiança e consideração. A política, nos interesses e preferências, instala diferenças e salienta mágoas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.consciencia.net/o-peso-do-voto/urna/