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domingo, 13 de novembro de 2016

O banal desperdício

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O consumo, no exemplo do pão, caía no baixo preço. A farinha, no subsidiado, incidia no moderado valor. Os pães franceses (“cacetinhos”), em passadas horas, assistiam-se descartados (ao alimento humano). Os perpassados, em inúmeros lares, incorriam no trato animal. Os cachorros e gatos, no pão seco e velho, acudiam na indigesta ingestão. O curioso, em esfomeados animais, era recusar alimento? A crise econômica, em alquebrados cofres públicos, redimensionou costume. As mercearias e padarias, no posterior das dezenove horas, escasseiam do item. O encalhado, na demasia de produção, advém na avaria dos negociantes. O dinheiro, na parca venda, obrigou reavaliar atitudes. O idêntico, no abjeto custo, ocorria na energia e gás. Os consumidores, na falta da “dor no bolso”, desperdiçam artigos e serviços. As falências, em épocas e proles, acodem em ensinos e experiências. O mercado, no livre exercício, corrige anomalias e desperdícios. O consumidor, no desprezo do pouco, repele o muito.            

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”


Crédito da imagem: http://www.tele-amigos.com/