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domingo, 22 de março de 2015

A bizarra febre


A cidadã, tranquila filha das colônias, incidiu na afeição da cabra. A animália, no esplêndido leite, granjeou apreço e trato. Os instintos, no mister da perpetuação, induziram a aspiração sensual. A época, na atinente idade, induz ao implemento dos desígnios.
A coberta, na ausência da inseminação ou macho, coagiu estranha solicitação. O cônjuge, acatado beberrão e desleixado rural, granjeou a delegação. A condução, no afastado macho (do afamado criador), incidiu na rogativa feminina. Os passeios assumiram vulto.
As tentativas, em três ocasiões, calharam no malogro. O homem, na demora do armazém, transcorreu trote na tarefa. A fêmea, na junção carnal, “acabou vendo navios”. O anseio maternal, no aviso do esdrúxulo artifício, resultou no berreiro e castigo.
A cabrita, na exata altura, assumiu sinuosa conclusão. A curiosa doença alojou-se no organismo. A morte caiu na ocorrência. O veterinário, na exigência, atestou causa mortis. O profissional, na nota, atestou a bizarra febre. A carência, no sexo, trouxe triste desfecho.
O cônjuge, no corretivo, auferiu carestia íntima. O pernoite, no lugar do sótão, aconteceu no lugar da residência. O ajustado, na quinzena, induziu a apreensão. A dona, no instinto, caiu na análoga febre. O receio, na casual extinção, induziu ao convite do varão.
As intimidades, no exercício da rotina, sobrevêm na afabilidade e obrigação. A vida, no conjunto das experiências, descreve sensações e situações singulares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://colesterol02-09.blogspot.com.br/