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domingo, 20 de março de 2016

O escárnio


O alheio, na agência, externou casual e curiosa preleção. A questão, no dom do escárnio, arrolou na invenção de emprego. Qual ofício procederia na maior instalação? O ouvinte, na ocasião, deveu da devida réplica. O rebate, no pasmo, incidiu nos ladrões. Os malandros, na praga, movem misteres. Os modelos, no trivial, abocam advogados, carcereiros, guardas, juízes, policiais, seguranças... Os bens, no aferro, expõem precisões. Cercas e grades, nos estorvos, esboçam os conflitos. Os milhões, no ardor da vida, alocados no velado ócio. Os pobres, nas oficinas, arguem no sustento. Os serenos, no singular, assentam briosa manha.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://dalianet.blogspot.com.br/

O prato vazio


As ascendências, no espaço da Europa Central, marcharam no abandono e debandada. A miséria, no conjunto das guerras e superpopulações, desvalia as oportunidades de ascensão (social). A propaganda, no eldorado americano, acorria nas conversas e ouvidos dos desesperados e desprezados. A emigração, no clima das carestias e dificuldades, alocou levas a caminho. As estirpes, nas décadas e gerações sucessivas, cultivaram princípios da desdita e vivência. O alimento, na abastança, careceria de jamais cair no desperdício e resto. O prato, no ambiente das refeições, sobrevinha no asseado e raspado. O servido, no diário das deglutições, ruía no imprescindível à fome e precisão. A lembrança, no passado dolorido, ocorre no relato da história e retenção familiar. O combate, no esperdício, afluía na prática das regras caseiras e singulares. A prosperidade, no decurso do tempo, embutiu-se no modo de agir e avaliar. Os sujeitos, na bênção da fartura, afeiçoaram-se na agregação e contenção.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://luciliadiniz.com

O ciente


O servidor, na destreza do serviço, auferiu ingrata arrumação e intervenção. O grampo, nos aparelhos, acorria na requisição. Os fones, no vasto uso, gravam feição das falas e fatos. A repartição, no cerne do poder, advém no controle e vício. O instalador, no ardil do corporativismo, versou em exteriorizar declaração. A portaria, no acesso ao prédio, findou precavida do lance (na saída). O aviso, no escasso tempo, apontou difundido. O caso pinta: o enigma da discrição no ofício público. Os funcionários, nas carreiras da gerência, são amigos e compartes. A espionagem, na era da comunicação, alastrou-se nos logradouros e recintos.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://veja.abril.com.br/

O boicote


O morador, na amada paragem, ampliou ciência e evolução. Os livros, na história local, foram pesquisados e propalados. Os encontros, no ambiente das estirpes e origens, retrataram aproximação e festejo. A política, na representação do lugar ermo, caiu em avanço e notícia. A doação, em área (no lar de idosos), criou benefício e emprego... O artifício, no unido dos achegados, pintou no insonhável. Os naturais, no santo de casa, acorreram no boicote e ciúme. A avaliação, na formação e sucesso, caiu na ideia da inveja. O receio, na concorrência, acorria em acumular cátedra e fortuna. O desenlace insinua: “cada macaco ajusta no atinente galho”.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://battlecentral.xpg.uol.com.br/

As dores de cotovelo


O sujeito, na ilusão do consumo, adquiriu elegante e pujante veículo. A camioneta, na economia, aspirou tempo e trabalho. A ostentação, na reunião de família, assumiu figura. Os parentes, nos ciúmes e invejas, contemplaram sútil afronta. O módico cunhado, na aquisição e prática, exteriorizou exclusivas felicitações. O conforto, no fecho, afluiu em ampla despesa. O sujeito, no bem-estar, destinou seu suado dinheiro. A condução, no transcorro do tempo, caiu na larga depreciação e taxação. O custeio, no ininterrupto, requer saldo na carteira. A pessoa, na grana e reserva, nutre escolhas e sonhos. O olho gordo, na arma dos fracos, rui na energia.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://hn.chevroletcentroamerica.com/

A sabatina


O sujeito, na laia de motorista (em coletivo), incidia no calejado mulherengo. A lábia, no ardiloso treino, acorria na ação e aptidão. A nova amada, no fone, desafiou experiência e inteligência. A fulana, na concorrência (da acessória), plagiou assemelhada falação e matéria. O enamorado, na afobação e agitação, instituiu encontro e programa. A associada, no lugar da suplementar, achegou-se no apontado horário e recinto. A excursão, no aclarado da viagem, acorria na lorota. A sabatina, no ambíguo, aferiu confiança e constância. O celular, na facilidade, aflui em ocorrências e problemas. A mentira, no periódico, cai na denúncia.

Guido Lang
“Artimanhas no Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.radarnacional.com.br/

Os escassos efeitos


O plantador, no prático da lavoura, aplicou veneno. O arado e enxada, no plantio direto, incidem em peças de museu. O inço, na larga umidade, advinha no gramado e mato. Os capins, na inicial visão, caíam no feitio de potreiro. O efeito, na aplicação, trouxe baixa eliminação. O indicado, na quantia do receituário, auferira reforço na porção. O capinzal, na proscrição, fraquejou na ação. O produtor, na intermitência de dias, aplicou segunda dose. A vegetação, em parcos tempos, tornou-se branca e seca. O quadro, no meio rural, delineia o abuso dos herbicidas. Os aplicadores, na empreitada, almejam instantâneos resultados. As aves e insetos, no rigor da fragrância e toxina, sobrevêm no ardil da debandada e hecatombe. Os humanos, no precoce, sucedem em antecipada alergia e senilidade. A natureza, na variada forma, encontra-se na dificuldade de reciclar itens. As invenções, no abuso das porções e decurso do tempo, cairão na ruína da espécie.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://teiaorganica.com.br/

Imagem meramente ilustrativa.