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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Credo da Autoconfiança


    Eu acredito em mim! Eu acredito naqueles que trabalham comigo! Eu acredito em meu empregador! Eu acredito em meus amigos! Eu acredito em minha família! Acredito que Deus me emprestará tudo aquilo de que preciso para ter sucesso, se fizer o melhor que eu puder mediante serviço fiel e honesto. Jamais fecharei meus olhos, para dormir sem rezar por orientação divina, para que eu seja paciente com outras pessoas e tolerante com aqueles que não acreditam como eu.
     Acredito que o sucesso é resultado do esforço inteligente e que não depende da sorte ou de atos desonestos, traição contra amigos, meus semelhantes ou meu empregador. Eu acredito que tirarei da vida exatamente o que nela colocar e, por conseguinte, terei cuidado em me conduzir com os demais como quero que se conduzam comigo. Não caluniarei aqueles de quem não gosto. Não depreciarei meu trabalho, não importa o que possa ver outros fazendo. Prestarei o melhor serviço de que seja capaz porque prometi a mim mesmo ter sucesso na vida e sei que o sucesso é sempre resultado de esforço consciencioso e eficiente. Finalmente, perdoarei aqueles que me ofendem porque compreendo que, às vezes, poderei ofender os demais e precisarei de seu perdão. 

Autor desconhecido

Crédito da imagem: http://darcyvera.blogspot.com.br/2010/03/que-lugar-maravilhoso.html

A habilidade


         Um certo jovem, em função das dificuldades financeiras, foi trabalhar cedo na vizinhança. Esta, com propriedades organizadas a semelhança de microempresas, necessitara de gente corajosa, disposta e esforçada. Ele, como pacato moço dos interiores, foi aceitando conselhos e ensinamentos, nas diversas famílias e patrões. O trabalho braçal e penoso, em meio do sol escaldante, serviu-lhe de escola para assimilar inúmeros conhecimentos, experiências e habilidades.
     Aprendeu, como os jovens tem facilidades de assimilação, uma gama de práticas e técnicas. Sabia, a título de exemplo, afiar ferramentas, cultivar lavouras, fazer roçados, manejar bois, serrar lenhas, zelar pelas criações... Nada de impróprio para um moço saudável e vigoroso! Labutou, neste ritmo, uns bons meses e anos, com vista de assimilar noções básicas da produção (primária) e ganhar seu dinheiro (às confraternizações de finais de semana com os amigos e auxiliar os pais nas despesas de manutenção familiar).
     A fama, de ativo e bom trabalhador, cedo espalhou-se no meio comunitário. Pedidos, como diarista (assalariado) ou meeiro, não faltaram entre as inúmeras famílias de moradores. Achegaram, na conversa do vai e vem (com os amigos), propostas de labutar em empresas. Ele despertou o desejo de migrar. Queria conhecer ambientes diversos, conviver com tipos variados de gente/pessoas, poupar-se do sol inclemente (quente do verão), safar-se de tarefas impróprias (judiadas) da lavoura... Almejava ocupar-se nalguma atividade industrial e urbana. Um emprego com maiores oportunidades e possibilidades de ascensão financeira e social (assim como chances de galgar postos de chefia). Teria direito aos benefícios da legislação trabalhista (nem sempre bem cumpridas a contento no interior das propriedades minifundiárias de subsistência).
    O jovem comentou, a aspiração e propostas, com um compadre; tinha feito inúmeras jornadas penosas com o devido.   Este, ancião experiente e sábio – curtido pelas vivências, disse-lhe: “- Vai! Aproveita alguma das chances! Sairás bem em quaisquer tarefa! Conheces bem o trabalho duro e não reclamas!” “- Como assim?” perguntou o jovem! “- Sabes trabalhar! Quem labuta, dá-se bem em qualquer ambiente e contexto. O laborioso costuma ser bem vindo em quaisquer lugar e país” completou o senhor. O tempo, em poucos anos, comprovou a profecia. O cidadão tornou-se um próspero (empreendedor) e modelo de ascensão social. Uma referência, no seio comunitário, para aumento do fluxo migratório dos jovens rurais na direção das cidades.
   O cidadão, dedicado, habilitado e trabalhador, mostra-se sempre bem vindo! Aprender o modesto com vistas de vislumbrar o complexo (ostenta-se sabedoria de ousados). Ouvir, olhar, fazer e refazer mostra-se ensaio para excepcionais aprendizagens.  Pedir ideias e opiniões, dos mais experientes e vividos, demostra esperteza e inteligência. Os pais criam os filhos para o mundo e eles precisam seguir sua sina!
                                                                                                  
Guido Lang
Livro ”Histórias das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)

Crédito da imagem: http://escolasalome.blogspot.com.br/2010_11_01_archive.html