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segunda-feira, 23 de maio de 2016

A antecipação das provisões


O lavrador, no interior da propriedade, ergueu casa nova. A localização, na beira da estrada geral, incidia na transferência das instalações. O filho das colônias, na instrução dos antigos, antecipou-se nas provisões e tarefas. A produção, em gêneros alimentares, viu-se farta ao consumo. Os auxiliares e pedreiros, na hospedagem familiar, requeriam fartos e fortes sustentos. Os afazeres, em massa, pedra e terra, absorvem alento e alma. Os cultivos, no básico, recaíram no aipim, arroz, banana, batata, feijão... As criações, no principal, sucederam nas carnes de aves, bovinos e suínos. A parceira, no cerne da horta, caprichou nos condimentos e saladas. O manobro, no fogão de lenha, incidiu no capricho e empenho. O custo, na acastelada reserva, reduziu compras no comércio. A residência, na primeira a última pedra, transcorreu nas mãos do patrão. O empreendimento, no exclusivo outono-inverno, assumiu vulto no cenário. A precaução, no efetivo exercício, constitui ciência e economia.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://ruralcentro.uol.com.br/

Os fluidos da terra


A anciã, no cuidado e manejo da horta, estabeleceu ciência e sorte. As plantações, na faina diária de constituída hora, acodem na farta e saudável produção. Os consumos, nos artigos frescos, conduzem no bem-estar e economia familiar. O pormenor, na transplantação e semeadura, acompanha horário do entardecer. O plantio, no crepúsculo, segue as energias e fluidos da terra. A umidade, na absorção noturna, ocorre na devida e fácil proporção. O alento, noutro dia, transcorre no incremento e rejuvenescimento. O ressecamento, na carência solar, sobrevém na ínfima magnitude. Os cultivos, na luminosidade lunar, adotam critério das fases. Os frutos, no abaixo do solo, advém na ausência do brilho e, acima, na presença do fulgor. Os azarentos, na pressa, amanham em quaisquer jeitos. Os exitosos, no artifício, labutam na efervescência das torrentes. A aparente insignificância, na minúcia inicial, transcreve exacerbada diferença no desfecho das tarefas.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://dadivasdaespiritualidade.blogspot.com.br/

A conferência


O horário, no intervalo do meio dia, imprime original hábito. Os jovens, nos fones, atualizam balelas e notícias. Os milhões, em usuários simultâneos, instalam pane na estrutura. As conexões, no largo uso, advêm na carência ou moroso. Os clientes, nos planos, pagam acertados encargos, porém os recursos aparecem insuficientes. O idêntico, nos serviços públicos, cai no exercício. O maciço uso, no momentâneo, advém no colapso ou fraquejo do sistema. O fato, no atraso, diz sina: “Os usuários pagam caro nos ofícios de primeira e auferem ressarcimento de terceira”. As informações, na maior conta, caem descartáveis e inúteis.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://idecta.com.br/

A retomada


O pedreiro, no largo tempo, acorria na folga e folia. O trabalho, na dura luta do pão, marchava na paciência. Os benefícios, em “penduricos”, distribuíam dinheiro. O ganho básico, no tempo, trazia enxuto gasto. Os picos, no “trabalho frio”, completavam ganho. A crise, no Estado desmantelado e endividado, introduziu alterações e revisões. A família, em favorecidos, acoplou-se aos cortes. O ofício habitual, no baque, assistiu-se retomado. O trabalhador, na saúde, mantém forças para auferir salário. O ambíguo, na acobertada compra dos sufrágios, decorreu na anomalia. O prodígio, em economia, carece da existência.

Guido Lang
“Artimanhas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://revista.zapimoveis.com.br/