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sexta-feira, 11 de abril de 2014

A doce ilusão


O singelo broto, nas alturas do tronco, desenvolveu-se próximo as folhas e madeiras. O galho, no contexto da vegetação, tornou-se exuberante e majestoso entre pares!
A predominância, na luminosidade, externava beleza e poder. O sufocamento, nos irmãos, tornou-se triste sina. Os reclamos e xingamentos fizeram escassos resultados!
O crescimento perpetuou massiva concorrência. Jovens brotos, crescidos em galhos, incutiram abafamento e suplantação. A carência de luz levou ao sufocamento de velhos!
A condição, nos dias e meses, instituiu o perecimento. O vento, na rajada, despencou apodrecidos materiais. A altura impulsionou velocidade. O estágio sinalizava eliminação!
A glória do passado perpassou de doce ilusão. A natureza ocupou-se da reciclagem. A matéria, no rejuvenescimento da seiva, reaproveitou as cinzas em novas vidas!
O idêntico aplica-se a governantes e partidos. As partes, na perpetuação do mando, afundam na lama e podridão. A mudança, no advento de gestores e ideias, incute novos ares!
O apegamento do poder, no desgaste, define derrocada acentuada das alturas. A renovação e a transitoriedade, no evitar de conflitos e revoluções, ostentam-se sabedoria!
O rodízio, nos cargos e postos, corrige distorções e falhas. Os indivíduos, nas “facilidades e mimos dos mandatos”, adoram eternizar-se no poder!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.freepik.com/free-photo/forest-sunrise--framing_598518.htm