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segunda-feira, 17 de junho de 2013

O ímpar susto


Um funcionário, “queimando o horário de trabalho como de práxis”, encontra-se  na confusão do trânsito. Aquela velha mania de sair em cima da hora nos rotineiros compromissos!
Um colega, velho tarimbado nas suas brincadeiras de trote, telefona: “- Oh fulano! A chefia encontra-se esperando há cinco minutos. Aquela conversa de apresentação de cargo com a entronização no posto! Uma situação chata com a nova chefia!”
O chefe, esperando por subalterno no ambiente da função e no horário próprio, estraga o teu lado (com essa postura de relapso). O cidadão teme o ostracismo e a eventual transferência!
Ele, no celular e direção, vai ao desespero e loucura. Este reclama: “- A secretaria marcou uma reunião informal? Eles não me avisaram? Como vou fazer? Pede para esperar mais uns minutos! Estou chegando no estacionamento!”
O fulano, numa rapidez indescritível, estaciona e chaveia o veículo. Olha e atravessa a rua. Esquece do rotineiro cumprimento e implicância com conhecidos e parceiros. Sobe, de três em três, os muitos degraus da escandaria (na direção da sala do quarto andar).
A rapidez assemelha-se a um aparente raio! Ele, num  pimentão e língua de fora, abre a sala de trabalho. Os colegas perguntam: ”- Onde está a chefe? Onde será reunião?”
O colega, na gargalhada, estende a mão. Este comunica: ”- Um a um na competição! Um trote,  para próxima,  não tirar os outros com tuas brincadeiras e sacanagens”. A turma cai no: “- Quá! Quá! Quá! Na cara do sujeito!”
Colegas, em certos ambientes, adoram romper a monotonia com brincadeiras e implicâncias. A cobrança, de afrontas e trotes, aconchegam-se antes do imaginado. “Quem aplica peças, cedo esquece; quem leva, relembra volta e meia”.

                                                                                 Guido Lang
“Singelas Crônicas do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem: http://www.ademilar.com.br

A alcunha de Lambari


Um certo guri, nos finais de semana, percorria as barragens e sangas. Ele, em função das necessidades e passatempo, tinha o hábito de fisgar peixes.
Alguma fritada, de singelas peças, revelava-se um excepcional cardápio. O ensopado, noutro prato, mantinha-se outra opção. Os moradores o conheciam como tradicional pescador!
O indivíduo, numa ocasião, apareceu com um punhado de lambaris. Mostrou-os para uns amigos e conhecidos, em uma latinha. Estes possuíam um diminuto tamanho!
Um conhecido, no ato da apreciação, chamou-o de Lambari. Dito e feito o fato! Uma única referência manteve-se suficiente para criar o generalizado apelido. Este, em semanas, espalhou-se entre amigos e conhecidos do lugarejo!
Os moradores, de longas distâncias, passaram a conhecê-lo como o tradicional Lambari. O verdadeiro nome, só em casos muito especiais, ganhava emprego/uso. A improvisada reputação acabou levada à vida!
Alguma particularidade, por razão diversa, pode criar a improvisada denominação. Uma vez atribuído algum apelido, difícil costuma ser em reverter o quadro.
Inúmeros, por este mundo afora, são conhecidos pelos apelidos! O nome assumiu ares secundários! As atribuições constituem-se uma mania nas vivências comunitárias!
Quem nunca ostentou algum apelido? O hábito coletivo, em função de difícil pronúncia, consiste em criar cognomes. Algum singelo detalhe serve como referência a criação de terceiro nome.

Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogdoruzicki.blogspot.com.br