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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

A impossível missão


Uma galinha, como choca, ganhou a nobre e sublime tarefa da reprodução. Ela, numa doação de ovos de pato, precisou chocá-los por demoradas quatro semanas!
As partes, colocados no interior do ninho, pareciam-lhe deveras graúdos. Eles, para uma curtida choca, mantinham-se estranhos às galinhas!
Esta, sem maiores questionamentos, procurou cumprir sua especial missão. O  instinto, na necessidade de postergar a espécie, falou mais alto nestes momentos!
O fruto do sacrifício resultou numa meia dúzia de estranhos pintos. Eles, comparados aos da espécie, revelaram-se criaturas de outro  mundo!
A ave, com o apurado instinto maternal, procurou amá-los e cuidá-los como filhos. Quaisquer ameaças, diante dos alheios abusos e perigos, vieram-se defendidos com a vida!
O curioso relacionava-se a educação. O ensinamentos foram como fossem pintos. Eles, no entanto como patos, careciam simplesmente de seguir os princípios galináceos!
A insistência e persistência, de mudar hábitos, mostrou-se nula. As recomendações entrava num ouvido e saiam noutro. Os patinhos seguiram os valores próprios da espécie!
Os pais, em momentos, parecem criar dois tipos de filhos. Algum carece de assimilar e seguir os ensinamentos! Este prefere dar ouvidos aos amigos e conhecidos em detrimentos das lições dos genitores!
As falas e recomendações, para certos indivíduos, não passam de lorota. Cada espécie possui seus modos e princípios próprios! A tarefa de ensinar e instruir possui seus macetes e segredos!
                                                                                     
  Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://dianateran01.blogspot.com.br

O emergencial socorro


Um evento reuniu umas centenas de pessoas. Elas, num baile vespertino, procuraram a diversão e lazer. Música e dança sucederam-se num ambiente de confraternização!
O inevitável e inimaginável sucedeu-se num certo instante. Um cidadão, com os seus sessenta e poucos anos, ganhou ataque de coração. Ele caiu e revolveu-se no local da calçada!
A ambulância e polícia, às pressas, vêem-se chamados para atender a ocorrência. Alguém, com conhecimento de primeiros socorros, faz as devidas massagens de reanimação!
A dúvida, junto aos presentes, instalou-se: “Leva ou não ao hospital”. A ambulância careceu de chegar! Diversos condutores, proprietários de veículos, indispuseram-se a transportar o paciente!
Uns falaram “não podem remover o corpo”. Outros externaram: “-Precisa-se levar às pressas!” O precioso tempo transcorreu em meio as indefinições!
Uma senhora, amiga do beltrano, mandou auxiliares improvisados a colocar o paciente no seu veículo. Esta, junto a viatura policial, sai na disparada na direção do hospital geral!
As massagens e socorros, no ínterim, continuaram pela policial! A afobação revela-se tremenda em meio as congestionadas ruas e trânsito caótico!
A demora, de meia hora, levou ao fatídico! Este aconchegou-se perecido ao destino. O perecimento ocorreu no meio do trajeto! A demora inviabilizou maiores chances de sobrevida!
A legislação, em muitos exemplos, instala desconhecimento e dúvida. As pessoas relutam em comprometer-se em atropelos e aborrecimentos. A vida urbana, com individualismo acentuado, torna difícil o comprometimento e solidariedade!

                                                                                       Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://casamento.novidadediaria.com.br