Translate

terça-feira, 22 de setembro de 2015

História dos cinquenta anos da Sociedade Esportiva Avante


O Avante, em 04 de novembro de 1991, finalizou meio século de história. O clube, na época avocada Linha Catarina/Estrela e Boa Vista/Estrela, foi criado na Boa Vista Fundos/Estrela (atual Linha Boa Vista Fundos/Teutônia). O futebol amador foi introduzido pelos irmãos Armindo e Carlos Sabka. As denominações foram “Grupo União de Futebol” (1941), “Esporte Clube Avante” (1942-1975) e “Sociedade Esportiva Avante” (1975-1991). O nome sociedade adveio com a necessidade de oficializar a fundação e criar os estatutos. O clube, em 1976, queria participar da “Taça Centenário de Estrela”. As contribuições públicas, em verbas municipais, entraram igualmente no mérito da alteração de denominação.
A fundação, ante autarquias públicas, ocorreu em 1 de outubro de 1976. A reunião, nas dependências do Salão Lauro Brackmann, reuniu associados: Manfredo e Selvino Tiggemann, Elton e Lauro Brackmann, Olavo Dickel, Lauro Strate, Anselmo e Sílvio Bayer, Helmo Schäefer, Edgar Beckmann, Ervino Plantholt, Selmiro Lamb, Ivo Driemeier, Dário Frederico Lang, Flávio e Hário Fensterseifer, Bernardo e Délio Bayer, Arthur Ohlweiler, Célio e Helmudt Lang. A diretoria eleita foi: Selvino Tiggemann e Lauro Brackmann (presidente e vice), Olavo Dickel e Lauro Strate (tesoureiro e vice), Sílvio Bayer e Elton Brackmann (secretário e vice), Helmo Schäefer e Hário Fensterseifer (conselheiros).
O Avante, em lugares (potreiros), manteve os campos nas propriedades de Levinus Musskopf (1941-1955), Anita Lang Driemeier (1955-1965), Arnildo Birkheuer (1965-1979) e sede própria (1979-1991). A área, na instalação definitiva, foi adquirida de Arnildo Birkheuer (1978-1979). As cores iniciais foram o vermelho e branco (1941-1976) e mudou, na Taça Centenário de Estrela (1976), para azul e branco. Alguns presidentes foram Armindo Sabka, Erno von Mühlen, Lauro Brackmann, Selvino Tiggemann (1969-1977), Helmo Schäefer (1978-1980, 1985-1987, 1990), Helvino Brackmann (1988), Ervino Plantholt (1982-1983), Herbert Müller (1984) e Carlos Roberto Dickel (1989).
O grupo, sob sugestão de Lauro Brackmann (1971), abraçou a figura do técnico. O time, no antecedente, via-se escalado pelo capitão (escolhido no conjunto da diretoria e jogadores). Alguns salientes capitães foram Norberto Strate, Leopoldo Messer, Rude e Nelson Strate, Edgar Beckmann, Miro von Mühlen, Délio Bayer, Norberto Dickel, Flávio Fensterseifer, Welson Ohlweiler... Os treinadores de expressão foram Dário Frederico Lang (1971-1984), Olavo Dickel (1984-1988), Carlos Roberto Dickel (1989-1990) e Sérgio Klein (1991).
As curiosidades, no distinto, relacionam-se a destacada atuação, na obtenção do sétimo lugar (classificação geral), na Taça Centenário de Estrela; jogador titular por mais tempo (Edgar Beckmann); presidente por maior número de gestões (Helmo Schäefer) e gestões seguidas (Selvino Tiggemann); treinador de maior esforço e tempo (Dário Frederico Lang); atletas com pernas fraturadas (Dário Frederico Lang e Anselmo Bayer); tradicionais rivais do clube (Esporte Clube Boa Vista/Boa Vista, Grêmio Esportivo Catarinense/Linha Catarina e Esporte Clube Flamengo/Germana Fundos); os principais artilheiros foram Norberto Strate e Ervino Plantholt; e o principal zagueiro foi Flávio Fensterseifer...
Alguns destaques esportivos foram: Lothário Lang (goleiro), Norberto Strate (centromédio), Raimundo Strate (aficionado torcedor), Valmir da Rosa/Padeirinho (centroavante), Aiton Röhring/Babá (cobrador de faltas e chutes potentes) e Lori Strate von Mühlen (chefe da torcida feminina).
O princípio filosófico dos jogadores havia em jogar “pelo amor a camiseta” e não ser pago na atuação; a procedência dos atletas, no primordial, advinha da própria localidade, Boa Vista do Meio e, no esporádico, das linhas circunvizinhas... A bandeira, em 1976, foi idealizada por Dário Frederico Lang. A confecção foi feita pela costureira Lori Strate von Mühlen. A flâmula assumia a cor azul com listra branca (na inscrição interior Esporte Clube Avante).
A fase negra, na história, ocorreu em 1958-1959 e 1961-1965, com o fechamento temporário das atividades. As razões ligaram-se a evasão de atletas (atuaram em outros quadros) e falta de interessados na gestão esportiva. A reabertura oficial, sob liderança de Edgar Beckmann (no potreiro treino dos domínios de Élio Ferrari e Willibaldo Strate), ocorreu na companhia de Domingos da Silva, Atalíbio de Souza, Dário Frederico Lang e Élio Ferrari. O campo provisório, aos treinamentos, funcionou no potreiro de Arthur Ohlweiler.
O esporte amador, através do Avante, serviu como forma de ajuntamento e entretimento dos residentes. As localidades, nas entidades co-irmãs (circunvizinhanças), viam-se visitadas e a linha frequentada. Os atletas, até 1976, precisaram adquirir seu respectivo fardamento esportivo. A contribuição, na passagem de caminhão (carroceria aberta), ocorria igualmente entre jogadores e torcedores. A prática, na real, mantinha-se onerosa e constituía-se nos escassos lazeres (além dos bailes, caçadas, festas, passeios e pescarias). O deslocamento, no início, fazia-se a cavalo (nos locais próximos). O deslocamento rodoviário iniciou nos primórdios dos anos cinquenta...
O esporte amador, no exercício, alterou hábitos coloniais. Os jogos, na paragem, passaram a ser espaços das reuniões dos moradores e visitantes. As visitas, em famílias, foram paulatinamente relegadas ao nível secundário. O campo, junto no salão/venda, passou a ser local de ajuntamento dos naturais. A mocidade, nos feriados e sábados (passatempo), ensaiava acirrados exercícios e treinos. Os namoros e negócios, entre brincadeiras e conversas, tomavam curso nas convivências. O clube, no restrito número de ex-moradores e residentes, mantém aferrados torcedores.


(Fonte: Guido Lang, enquete com Dário Frederico Lang e vivências privadas na entidade).

Crédito da imagem: http://www.jrgasparotto.com/?op=noticia&id=59

O escabroso ofício


O encanecido docente, na condição de ativo obreiro, atravessa praça principal da cidade. O trabalho, no edifício imediato, obriga idas e vindas ao atalho. O lance, no horário das oito (alvorada), advém nos olhares vistos. A antiga colegial, adversa aos empenhos (estudo), encontra-se na procura dos clientes. A tarefa, no comércio do corpo, advinha no espaço e ocasião. O senhor, na fase de ser seu pai, abdica da oferta e serviço. O instrutor, na incongruência do instruído, incursa na amargura e exame. O dinheiro, na ideia do fácil e rápido, sucede no ofício e transação. O sacrifício, na ativa obra material/serviçal, cai no ditado e rejeite. A adversidade, no asseio e traje, ajuíza-se nas aparências. Indivíduos preferem vender a alma a dedicar-se a ativa lida. As pessoas, na obtenção do “ganha pão”, delineiam inclinações e seleções. A realização, no mestre do ensino, sobrevém nos aprimores e sucessos dos ensinados. O fácil e rápido, no comum das profissões, incide no caminho escabroso e impróprio.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://poracaso.com/

A falta de sentido


A esposa e mãe, na casa, aprontou na excursão e saída. O evento, na distante festa (íntima), adveio no rumo do espaço de origem. A afluência familiar, no antigo torrão, assumiu expectativas e preparativos. O esposo/pai e o filho, no ínterim da ausência, mantiveram-se firmes e fortes na acolhida moradia. As filhas, na casa dos amados, perpassaram ciência e tempo. A ausência, em cinco dias, apresentou-se na dor e choro. A falta, na chefa e genitora, incorreu na bagunça e carência de significado. A morada, na deficiência de brilho e essência, ocorreu no ambiente e conversa. O capricho e coordenação, nas férias (feminina), exteriorizou amostra e vácuo. As refeições, nas afobações e improvisações, auferiram arranjos e carestias. A família, na reunião e união, ressente-se das delongadas ausências. A família, na incondicional coexistência, requer conjugado dos membros. A pessoa, na extensão da ausência, avalia valor da companhia.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.esmeraldanoticias.com.br/