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sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A evidenciada afeição


O ancião, no machucado da mão, achegou-se agitado e apressado no hospital. A solicitação, no unido, incidiu em requerer atendimento. A auxiliar, em função da primazia da terceira idade, tratou de encaminhar no serviço. O doutor, na bisbilhotice, quis saber razão de tamanha afobação e pressa. As pessoas, na aposentadoria e idade, careciam seguramente de paciência e tempo. O velho, no contexto, mostrou-se persuasivo: “A minha esposa, no mal de Alzheimer, achar-se acometida. Eu preciso cuidar dela (embora careça de reconhecer o marido). Esta, em anos de coexistência, comprovou efetivo amor. Os cuidados, na casa, filhos e marido, assumiram prioridade nas décadas de essência”. O médico, no exemplo de vínculo, tratou de atender e liberar o paciente. Uns lutam na existência com razão de ganhar a atenção e estima na velhice. A pessoa, no compasso da existência, tem abrigado à adversidade. A distinção de espírito, na dimensão dos atos e crenças, distingue os indivíduos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://arqrio.org/

Registros de Casamento


Os registros, no anterior da instalação da República (1889), consistiam no manuscrito. O religioso, no ato do casamento (costumeiramente na casa dos pais de um dos noivos), efetuava as cerimônias. O documento, na elaboração, nutria validade civil e religiosa. A República, no fim do padroado, separa os poderes do Estado da ação da Igreja Católica (instituição oficial).
Procurou-se, na função da curiosidade histórica, descrever algum documento protestante. O registro religioso, na Comunidade Zion (na época picadas Franck e Schmidt/atual Westfália/RS), fora oficializado pelo professor, pastor e regente Heinrich Beckmann. O pseudo-pastor, entre 1872 a 1911, mantinha empecilhos de toda ordem na ampliação da confessionalidade (nas disseminadas famílias das linhas).
O documento registra no conteúdo:

“Registro de Casamento de Carlos Henrique Strate com Maria Lisette Schröer. Aos sete dias do mês de junho do ano de mil oitocentos e oitenta e seis (1886), nesta freguesia, me foi apresentado para ser registrado extrato de casamento do nexo seguinte: ‘Extrato do registro dos casamentos do culto Evangélico, existente na freguesia Teutônia, no município de Santo Antônio de Estrela, Província de São Pedro do Rio Grande do Sul, Império do Brasil, no livro respectivo Vol.1, fls.5, n/2. No ano do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, de mil oitocentos e oitenta e seis (1886), aos vinte e oito dias (28) do mês de maio, feitas as denunciações sem se descobrir impedimentos, se casarão na Teutônia, conforme os ritos e cerimônias do Culto Evangélico, Carlos Henrique Strate, evangélico, colono da idade de vinte e seis anos (26), nascido em Atter, círculo Osnabrück na Hannover da Prússia e morando na Teutônia, filho legítimo de Carlos Henrique Strate, natural de Leppa Detmold e de sua mulher Maria Elisa Staalkamp, natural do Atter, círculo de Osnabrück na Hannover da Prússia, com Maria Lisette Schröer, evangélica, da idade de vinte e três anos (23), nascida em Ladbergen na Westfália da Prússia e morando na Teutônia, filha legítima de Germano Henrique Schröer (defunto), natural de Ladbergen na Westfália da Prússia e de sua mulher Maria Christina nascida Kohnhorst, natural de Ladbergen na Westfália da Prússia e morando na Teutônia. Foram testemunhas: Henrique Schröer e Ernesto Schröer’. Extraído do próprio original a quem me reporto. Freguesia Teutônia, cinco de junho (5) de 1886. Henrique Beckmann, Pastor do Culto Evangélico”.
O documento continha estampilha de duzentos réis inutilizados na forma da lei. E para constar fins este registro que assino. “Eu, João de Deus Menna Barreto, secretário da Câmara escrevi e assino. Secretaria da Vila de Santo Antônio da Estrela, sete de junho (7) de 1886. João de Deus Menna Marreto – Secretário”.

(Fonte: Guido Lang, O informativo de Teutônia, número 74, dia 28.11.1990, pág. 02).

Crédito da imagem: http://www.patrocinioonline.com.br