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domingo, 15 de dezembro de 2013

A especial recompensa


A mãe, depois de muitos estudos e trabalhos, tornou-se uma conceituada e respeitada educadora. Ela, numa universidade pública, ostentava-se ativa profissional!
Estudantes, as centenas, passaram pelas aprendizagens e cobranças. A dedicação e formação, contínua e massiva, levou a conquistar alta graduação e renumeração!
O salário dava para comprar os sonhos de consumo. O problema, diante da concorrência e tempo, relacionava-se a questão familiar. A convivência via-se em falta!
As vivências, como enviuvada senhora, mostravam-se escassa. O filho único ganhava escassa atenção. Este, na maior parte, criava-se entre os estranhos!
O tempo, noutros momentos, via-se ocupado com os constantes jogos no videogame. Este, como próprio da idade, revelou-se uma obsessão! A vida fácil tornou-se a filosofia!
A genitora, para preencher as carências, resolveu compensar as ausências. Ela, como brinde, comprou potente carro. Ele, com os amigos, “saia às corridas e festas”!
O “brinquedo”, na imprudência juvenil, revelava-se chamarisco para tragédia. As loucuras na direção, diante da ausência policial, viam-se uma corriqueira sina!
Uns, na tenra idade, brincam com a vida. O vigor parece infindável diante das muitas facilidades! A formação nem sempre revela-se a prioridade básica!   
Os filhos, na proporção de tê-los, exigem e precisam da convivência. O material, no geral, carece de preencher o vazio das ausências!

                                                                    Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.car.blog.br/

O excepcional milho


Os coloniais, no domingo de manhã, encontravam-se defronte ao templo. As conversas informais, entre conhecidos e vizinhos, tomavam vulto! O milho via-se enfocado no relato!
O cereal, como produtores rurais, consistia no principal ingrediente de produção e trato. A massiva colheita representaria abundância de carnes (aviária, bovina e suína) e leite!
As plantas, na roça do sicrano, ostentavam perspectiva de duas a três bem formadas espigas! Um punhado de pés daria para criar amontoados e encher diversas carroçadas!
O morador, ousado mentiroso, sentiu-se desafiado e enciumado. Ninguém poderia superar sua produção. O jeito, na fantasia e profecia, levou a expor especial lorota!
Este saiu com essa: “- Minha lavoura, em área recém-desmatada na sanga, apresenta maravilha. Os pés, para ninguém colocar defeito, ostentam de cinco a sete espigas!”
O pessoal, em meio à repentina e suave risadinha, entreolhou-se na desconfiança e malícia. O fulano, na confiança da ingenuidade, havia saído com outra excepcional pérola!
A generalizada ideia havia em sempre ostentar o melhor dos artigos! A velada competitividade revela-se uma realidade colonial. O progresso e sucesso estabelecem a inveja!
A mentira, para o honrado e metódico homem, revela-se comportamento impróprio. Uns possuem o prazer e satisfação do engano e roubo na própria falácia!

                                                                            Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://ruralcentro.uol.com.br