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sábado, 16 de fevereiro de 2013

A mulher


É melhor você ter uma mulher engraçada do que linda, que sempre te acompanha nas festas, adora uma cerveja, “gosta de futebol”, prefere andar de chinelo e vestidinho, ou então calça jeans desbotada e camiseta básica, faz academia quando dá, come carne, é simpática, não liga pra grana, só quer uma vida tranquila e saudável, é desencanada e adora dar risada.
Do que ter uma mulher perfeitinha, que não curte nada, se veste feito um manequim de vitrine, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a sequência de bíceps e tríceps.
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas e dai?
Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução.
Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade!

Arnaldo Jabor (1940-___)

Crédito da imagem: www.drmarcelolips.com

A crença nos gatos


A presença de roedores, no cotidiano das propriedades, obriga os coloniais a adotarem gatos. Estes, junto a cachorrada, são uma presença nos seios familiares. Os felinos, de maneira geral, são os únicos animais domésticos com acesso ao interior das moradias. Eles, em função de hábitos e mimos, assemelham-se a membros familiares. Eles, nos horários determinados/próprios, querem a devida atenção, carinho e trato.
As moradias, na ausência de gatos, cedo vêem-se infestados de ratos. Estes, dos brejos, lavouras e matos, afluem em direção do interior das instalações. A proliferação ostenta-se geométrica/meteórica. Algumas ninhadas, em dias e semanas, infestam ambientes inteiros. Uns moradores insistem nas diversidades de venenos. Eles gastam fortunas e nada de extinguir a indecência/praga. Uns poucos roedores morrem e outros “tiram a lição da abstinência/perigo”.
A esperteza da espécie revela-se acentuada e há alguns membros parece faltar somente a fala. Os proprietários, nos lugares menos imaginados e próximos, encontram as ninhadas. Pode-se, em curtas palavras, dizer: “- debaixo dos próprios pés ou nariz”.
A solução, como economia e eficiência, consiste em adotar alguns poucos gatos. Estes, com sua mera presença, impõem o controle da população e ensinam o devido respeito aos ratos. O simples miar serve de pretexto para procurar outros ambientes e espaços. Os donos precisam optar entre a inconveniência dos ratos ou a ousadia dos gatos. Estes, em quaisquer espaços, costumam afiar as unhas e largar pêlos.
A espécie felina cedo multiplica-se em vários membros e os donos não conseguem criar todos os filhotes. As brigas dos machos, nas caladas das noites, tiram o sono de quaisquer viventes. Estes estabelecem brigas homéricas em função das fêmeas. Os proprietários resolvem-se um problema e cedo criaram outro (como mostra-se comum nos diversos afazeres em geral da vida).
Os felinos possuem uma astúcia e ousadia ímpar. Estes, como animais domésticos e pacíficos (na aparência), podem em segundos tornarem-se feras. Quaisquer ameaças e perigos transformam-nos em animais agressivos e violentos. Estes, em função de comida, tornaram-se adversários ferozes da cachorrada. As duas espécies, na convivência dos seios familiares, cedo entram em conflitos e desentendimentos. As espécies suportam-se, porém não se amam.
Uma crendice formou-se em relação aos criadores e gatos. As pessoas, de boa formação e índole, costumam adorar e mimar os felinos. As partes vivem numa afinidade espiritual muito grande. Os elementos, de espírito deturbado/impróprios, conforme a versão da experiência colonial, teriam extremas dificuldades de estabelecer bons relacionamentos e vivências. “Os falcatruas” testariam os animais (sobretudo no interior das moradias e pátios). A agilidade e astúcia felina incomodaria assim como os animais pressentiriam o mau gênio. A extrema sensibilidade animal detectaria os maus presságios.
Outra concepção colonial, na tradicional convivência, estaria ligada a sorte. Esta crença consiste: “Quem maltrata os gatos, pouca sorte ostentaria nos empreendimentos e negócios”. Um fato, “na observação dos bastidores das famílias”, repara-se nos inúmeros lares do meio colonial. Quaisquer animais domésticos, a grosso modo, são o perfeito retrato do espírito dos seus donos. As dificuldades e a pobreza, na tradição oral, costuma instalar-se em quem desgosta e maltrata os bichos. Estes, não por mera casualidade, foram considerados, numa época, como deuses no Antigo Egito.
O indivíduo, em harmonia com os espíritos menos evoluídos, ganha facilidades em sintonia com os mais instruídos. Gatos, para os aficionados criadores, inspiram lições de agilidade e esperteza. Os felinos, na proporção de habitarem certos ambientes, costumeiramente apegam-se as casas.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem: noticias.r7.com

Pensamentos de Wolfgang von Goethe


1. "Não chegamos a conhecer as pessoas quando elas vêm a nossa casa; devemos ir a casa delas para ver como são".
Goethe 

2. "Não devemos moldar os filhos de acordo com os nossos sentimentos; devemos tê-los e amá-los do modo como nos foram dados por Deus". 
Goethe 

3. "Não existe meio mais seguro para fugir do mundo do que a arte, e não há forma mais segura de se unir a ele do que a arte". 
Goethe 

4. "Não há maior consolação para a mediocridade do que o fato de o gênio não ser imortal".
Goethe 

5. "Não se possui o que não se compreende". 
Goethe 

            6. "O amor e o desejo são as asas do espírito das grandes façanhas". 
Goethe 

7. "O belo é uma manifestação de leis secretas da natureza, que, se não se revelassem a nós por meio do belo, permaneceriam eternamente ocultas". 
Goethe 

8. "O declínio da literatura indica o declínio de uma nação". 
Goethe

9. "O desejo pela juventude é o sobejo da velhice". 
Goethe

10. "O dever: gostar daquilo que prescrevemos a nós próprios". 
Goethe 

11. "O erro só é bom enquanto somos jovens. À medida que avançamos na idade, não convém que o arrastemos atrás de nós". 
Goethe 

12. "O gênio, esse poder que deslumbra os olhos humanos, não é outra coisa senão a perseverança bem disfarçada". 
Goethe

13. "O homem deseja tantas coisas, e no entanto precisa de tão pouco". 
Goethe 

Wolfgang von Goethe (1749-1832)

Crédito da imagem: http://www.romankrznaric.com