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terça-feira, 16 de julho de 2013

A blindagem pessoal


As pessoas, de maneira geral, encontram-se blindadas. Elas, no seu mundinho, mostram-se desconfiadas, isoladas, temerosas... Uns tem receio de estranhos!
Estas temem a generalizada insegurança. Os relatos, através das muitas histórias de barbaridades e violências, deixaram-nas amedrontadas.
Multidões escondem-se entre grades, muros e pedras nas cidades. A convivência, com exceção dos achegados e familiares, revela-se esporádica e ocasional.
O indivíduo, como cidadão carismático e fraterno, necessita “romper o cercado”. A habilidade, no segredo dos relacionamentos, consiste em angariar a confiança e simpatia!
O contato, como artimanha, inicia com as gentilezas. Umas singelas palavras, como cumprimento e expressões jogadas ao vento, rompem o casulo!
Uma aproximação cordial, com sorriso estampado nos lábios, rompe as resistências das “cortinas de ferro”. O indivíduo estar disponível para conversar e ouvir!
O certo reside no fato do cidadão não poder viver como uma diminuta e singela “ilha no oceano” da existência. Uns precisam dos outros nas relações vivenciais!
O instinto da convivência comunitária mantém-se aceso como chama no íntimo da alma. O cidadão conhecer muitos semelhantes engrandece e enriquece o espírito. Somos especiais na proporção dos próximos também serem pessoas singulares para nós!

                                                                                    Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem: http://www.esoterikha.com

A extrema burrice


O morador das grotas, carente de maior formação educacional, resolveu ganhar algum dinheiro às alheias custas. Ele, na sua extrema ingenuidade, inovou na santa ignorância!
Este, na sua compreensão, labutava pesado e nada de acumular maiores dividendos. Aquelas situações penosas de contar continuamente os centavos pelas escassas moedas!
O indivíduo, um dia desses, acrescentou alguma água ao leite. O objetivo consistia em ganhar algum dinheiro sem maiores ônus! Ele subestimou a astúcia e esperteza do comprador!
O leiteiro, num instante, desconfiou da quantidade exagerada. Este chegou a perguntar: “- Alguma vaca nova!” Averiguou e viu escorrer rápido o líquido!
A empresa laticínios, a partir do tacho, analisou o produto: água adicionada. O líquido viu-se condenado e rejeitado! O sucedido acabou comentado entre carregadores e transportadores!
A curiosidade relacionou-se a proporção. O produtor exagerou na dose! Uns trinta litros de leite ganharam a porção de outros cinquenta de água. Um exagero às avessas!
A boa nova tratou da inversão da realidade. O camarada, na prática, adicionou o leite na água. O tradicional, na velha falcatrua colonial, consistia em colocar água no leite!
Os moradores, no seio comunitário, fizeram cedo chacotas e comentários. A tamanha idiotice subestimou a modéstia inteligência!
A falcatrua, nos primeiros instantes, entrou nos anais dos relatos das pérolas coloniais! O cidadão, até no dia do seu velório, verá narrada à peripécia (“à surdina” das famílias).
Os excessos denunciam as falcatruas e mazelas. O cidadão necessita conscientizar-se que os outros carecem de serem trouxas. O dinheiro fácil e rápido ostenta-se uma doce ilusão!
                                                                                           
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.baixaki.com.br