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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

O impensado procedimento


Um morador, das periferias urbanas, mantinha uma massiva paixão por cães e gatos. Os bichos, como membros familiares, chegavam a conviver e dormir no ambiente humano!
O cidadão, em meses, chegava a dispender somas elevadas em rações e remédios. Estes, aos próprios filhos, faltavam. Os animais, nos espaços, largavam cheiros, fezes e pêlos!  
Os conhecidos, em função do impróprio da higiene, deixavam de tomar chimarrão. As visitas careciam de ocorrer pelos amigos. Os exageros saltavam aos alheios olhos!     
A situação, por uns bons anos, arrastou-se naquele descalabro. O indivíduo, numa altura da sina, deparou com o imprevisto! A convivência havia trazido à inconveniência!
A doença do gato instalou-se no organismo. Os tratamentos absorveram vultosa soma e tempo. As sequelas estenderam-se pela existência! O sofrimento revelou-se ímpar!
O paliativo, numa altura, consistiu em requerer o benefício social! A sociedade, como um todo, ajuda a pagar o ônus do impensado procedimento!
Animais e humanos inconvêm respirar o idêntico ar. Precauções são sinônimos de economia e sabedoria. Cada macaco no seu galho, em situações, revela-se a solução!

                                                                              Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.mundoalmart.com.br

O fazer história


Uma família, no meio urbano, sobrevivia da comercialização e produção do leite. As vacas revelaram-se “as galinhas dos ovos de ouro”!
Esta, como produtora da economia familiar de subsistência, vivia em função dos animais. Os bichos, de alguma maneira, recebiam atenção vinte e quatro horas!
A organização social, naquele singelo espaço, revelava-se ainda a exclusiva produtora láctea. Amigos, conhecidos e vizinhos, de forma diária, advinham comprar o artigo!
Alguns produtos, da economia caseira, complementavam a subsistência. Estes, entre outros, podia-se citar carnes, cucas, manteiga, nata, ovos, pães...
As duas dezenas de vacas, na hora da ordenha, ganhavam um diverso mimo. A música, de preferência bandinha (numa determinada rádio), inspirava animação na sintonia!
Os animais, no final de sábado, obrigaram-se a ouvir a cerimônia religiosa. Estes, das crenças e superstições humanas, não entendiam “porra nenhuma”!
Os bichos, por falta de opção, adaptaram-se a barulheira e cantoria. Estes, como inúmeros humanos (em certos ingratos ambientes), obrigaram-se a ouvir o indigesto!
O enquadramento animal, aos gostos e padrões humanos, revela-se um desafio. Algumas atitudes fazem diferença aos autores, porém fazem o descaso aos ouvintes!
Os nobres cumprem suas metas e obrigações mesmo em meio aos atropelos e empecilhos. Alguns inventam estórias como fossem fazer história. Os humanos aspiram ao lucro na proporção dos animais seguirem a sina dos instintos!
                                                                               
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://revistagalileu.com