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terça-feira, 7 de maio de 2013

O trágico esquecimento


Um rural, em meio às tarefas da lavoura, encontrava-se raquítico e seco como um aparente palito de fósforo. Este, em síntese, dava a menor importância para reverter uma situação adversa e crítica.
O fulano, numa manhã ou tarde inteira de jornada, carecia de colocar algum singelo gole d’água na boca. Este simplesmente fazia descaso ou esquecia-se da necessidade de ingerir líquidos.  Os eventuais consumos ocorriam nos momentos de tomar café ou chimarrão com os familiares!
O baixo consumo, como filtração e refrigeração do corpo, ostentava-se uma rotina de décadas. O cidadão, nos ambientes de trabalho, achava graça da história de levar alguma garrafinha de líquido! A sede dificilmente lhe aparecia! O suor ostentava-se mínimo e raro! A urina apresentava-se amarela e concentrada!
Este, como complemento as agruras do organismo, tragava “um cigarro em cima do outro”. Os problemas de saúde cedo manifestaram-se em forma de contínuos tratamentos. Queixas aqui e acolá à esposa! Dor lá e cá pelo corpo! Jamais de aceitar a ideia de redimensionar uma adversidade!
Uns brincam com a saúde e o azar parece ajudar-lhes na longa vida. Outros, em meio aos descasos e desleixos, aparentam ostentar uma constituição corporal férrea! Os vícios, entre os dependentes, dificilmente são aceitos como causa de doenças e mal estares!                 
                                                                                
Guido Lang
“Singelas Fábulas e Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.baixaki.com.br