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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

O estropiado


O cidadão, como profissional da agricultura familiar de subsistência, valeu-se da força animal e braçal. As carências de opções obrigaram a dedicação ao setor primário!
As dimensões restritas do lote impossibilitaram maiores investimentos em tecnologias. A área, angariada através de herança, viu-se aproveitada com a exploração do leite!
As adubações, capinas, colheitas e lavrações, nas culturas anuais, viram-se efetuadas com bois ou próprias forças. A labuta manual empregou-se como meio de produção!
A dedicação massiva, depois de cinco décadas, sucedeu-se nos rodízios de animais. Diversas juntas, de bois e vacas, viram-se esgotados nos limites da vida útil!
O cidadão, num conto do vigário, seguiu o exemplo. Este, a semelhança dos bichos, ostenta-se com as articulações e ossos comprometidos. A cabeça quer e os membros fraquejam!
O rural, nos finais dias, sente-se igualmente estropiado. Este, volta e meia, relembra as histórias dos inúmeros animais de canga. O corpo, de forma generalizada, doe e estrala!
O álcool e fumo, como acirrados vícios, somam-se no flagelo da autodestruição! As dores, nas caladas da noite, encontram-se espalhadas pelo organismo!
A sina, desde a colonização, mostrou uma realidade corriqueira no meio rural. Inúmeros produtores, num comparativo aos animais, trabalharam no limite das energias!
Os excessivos esforços físicos, acrescidos do desgaste no tempo, produzem pessoas requebradas e sofridas. A mecanização, nas últimas décadas, reduziu a labuta braçal no campo!
                                                                                               
                                                                 Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://segredosdealancia.blogspot.com.br/

O resultado


O professor, durante décadas, atuou na sala de aula. Algumas centenas de alunos, em três décadas, passaram pelas suas aprendizagens e conhecimentos!
O curioso, nestas inúmeras turmas de trinta e cinco a quarenta alunos por sala, ligou-se aos malandrinhos. Estes entendiam-se espertos! Queriam chamar atenção e fazer fama!
O descaso, com o estudo, revelou-se uma sina. O impulso da idade, preocupado com as festas e namoricos, “fizeram vender uma imagem equivocada de boas pintas”!
O educador, nos anos sucessivos, fez uma avaliação do desempenho profissional. Os elementos, de maneira geral, ficaram restritos a baixa qualificação e remuneração!
O trabalho braçal, sobretudo na construção civil, mostrou ocupação principal. Outros, como profissionais autônomos, sobrevivem de picos! Os ganhos mantêm-se incertos!
O estudo, como oportunidade de ascensão, faltou deveras para galgar postos. Quaisquer empresas, no aspecto formação, exigem segundo a terceiro grau para empregar!
A necessidade levou a querer reparar oportunidades desperdiçadas. O ensino, à distância ou noturno, revelou-se uma nova chance e socorro!
Os elementos, com famílias, descobriram a dificuldade de conciliar estudo com trabalho!  Estes precisam correr atrás do próprio prejuízo e reconquistar oportunidades!
O estudo ostenta-se princípio básico a ascensão profissional e social. Os impróprios da idade, diante da ingenuidade e imaturidade, atrapalham as conquistas e realizações!
                                                                                           
                                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://produto.mercadolivre.com.br