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quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

As muitas visitas


Uma família, moradora da periferia urbana, defrontava-se nas dificuldades financeiras. O salário proporcionava baixa qualidade de vida. O comércio redimensiona a situação!
Os parentes visitavam pouco a moradia. As carências financeiras, no trabalho assalariado, permitiam pacata subsistência.
O armazém da esquina, em certo momento, viu-se assumido. As vendas, no cordial atendimento e variedade de artigos, atraíram clientela. Os lucros acresceram no caixa! O negócio autônomo possibilitou a fartura!
A dignidade de vida melhorou de condição. O afluxo dos amigos, na farta mesa, cresceu no conjunto. A residência, nas refeições, multiplicou na frequência!
As amizades e considerações, na bonança, difundem-se entre a gama de parentes. As pessoas, na qualidade da comilança, afluem em abundância e massivo número!
Os relacionamentos sobrevivem com contrapartidas. As visitas, na facilidade das comunicações e transportes, duram curto tempo. Uns evitam frequência nas casas!
O abrigo e hospedagem representam dispêndios. As pessoas, nos gastos, correm da raia. O somatório dos encargos dificulta o fechamento do orçamento doméstico!
As pessoas direcionam-se na direção das oportunidades e vantagens. A pobreza atrai à subtração e a riqueza à multiplicação das amizades e parentescos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.decorandocomjeitinho.com/

Os encargos urbanos


A sina urbana, em cubículos, tem sido uma dificuldade e estresse. Os moradores, em diminutos espaços, degladiam-se e ocupam-se para passar o tempo!
Dias, semanas, meses e anos vêm-se transcorridos. A presença, de forma contínua, envolve consumos. As despesas, nos encargos, correm dia e noite!
Água, comida e energia absorvem dispêndios. Os passeios, nas saídas e vindas, continuam a envolver gastos. Estes, na vida urbana, carecem de cessar!
O próprio tempo, através de encargos tributários, reforça encargos. Alguém precisa suprir o amontoado de despesas de consumo. A cidade faz nada chegar às necessidades!
Os indivíduos, alheios a escola e trabalho, encontram-se enjaulados nas residências! A questão consiste: Como passar o tempo? Quê fazer para ganhar dinheiro?
As pessoas obrigam-se a ficar plantadas diante do computador e televisão. O rádio soma-se na escuta. A leitura mostra-se paixão de poucos!
A relação, com vizinhança, revela-se escassa. As visitas familiares ostentam-se esporádicas. As pessoas, por semanas, conversam-se pouco. A solidão predomina!
Os parques e praças, escassos no geral, possibilitam rápidas caminhadas. A vida sedentária, antes do previsto, instala-se como obesidade!
Cada indivíduo possui seus problemas específicos. Os citadinos, às curas das patologias, precisam valer-se mais dos contatos com a mãe natureza!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.melhorpapeldeparede.com/images/cidade-5073.htm