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quinta-feira, 2 de julho de 2015

O brusco artifício


O arrojado, no ambiente da camaradagem e distração, deparou no lenheiro. O boteco, na domingueira, verificou-se convívio e descanso. Os cumprimentos, no aperto das mãos, exponham afáveis e firmes reverências. As conversas, nos interesses (da lenha em metro), assumiram contorno e nota. As lembranças, nas velhas jornadas e negócios, incidiram nas menções e proveitos. O proprietário, na laia de agricultor e silvicultor, oferta e paga cerveja. A amizade, na afinação e elegância, instituiu-se afiançada e renovada. A filiação, na associação, exteriorizou curiosidade. A razão, no imprevisto artifício, viu-se solicitada. A cobertura, no dispêndio, sugeria ser desperdício. O protetor, na usual astúcia colonial, externou a ciência do feirante. “Os ratos afluem e apanha-se na manha dos queijos”. Os cortes, na faina dos matos, advinham no arremate e vindouro. Os chamariscos, no benefício mútuo, atraem as partes no troço.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.northmagazine.com.br/