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quinta-feira, 9 de abril de 2015

A extrema agilidade


A pessoa, na casta de contribuinte, desconhece os artifícios do poder. Os altos postos, no mando e prêmio (no ente da República), deparam-se no consecutivo anseio e evidência. A prática, na ambição da gerência, versa em “um querer puxar o tapete do outro”.
A função política, em prejuízo do técnico, sobrevém nos conchavos da direção. “As costas quentes”, no chefe maior (eleito) e confraria (vencedor do pleito), caem no imperativo de nomeações. Os cargos de confiança, nos ordenados polpudos, fluem no aguçado interesse.
O sujeito, na casta de subordinado (no primeiro escalão), aprontou pichado no lugar público. A reclamação, no protesto, adveio na restituição de valores. O exteriorizado, no escasso tempo, adotou revelação. A nota, no inscrito, caiu precoce aos ouvidos próprios.
Alguém, na pressa, extraiu até foto. A postagem, nas redes sociais, adotou vulto. O curioso ligou-se ao extremo efeito. A tinta preta, no início do expediente, ganhou delegação (na cobertura). A tamanha presteza, no habitual, contraria a solução da eficiência (no ente).
O avesso, no diário dos ofícios, advém nas obrigações. O caso, na leitura das entrelinhas, externa desgosto na administração. O subalterno, na hierarquia maior, incide com certeza na explicação. As aberrações, no precoce tempo, chegam às atinentes instâncias.
Os preferidos, na manutenção do poder, ralam no comum dos negócios e regalias. O dilema, “em não virar a mesa”, consiste em tapear eleitores. A perpetuação, no comando, suscita a corrosão da posição. Os rodízios, na democracia, recaem na sabedoria e sossego.
As facções, no mando do cofre, degladiam-se pelos poderes e vantagens. A exagerada máquina (pública), nas excessivas atribuições e comandos, prima pela anarquia e descuido.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://vilaclub.vilamulher.com.br/