Translate

domingo, 3 de julho de 2016

A peculiar encomenda



A donzela, no espaço das colônias, caía na “fina flor do campo”. O encanto, no arranjo e capricho, acudia no “título de rainha”. Os moços, em convites e propostas, perpetravam “ala no empenho da união”. As linhas, nas adjacências da morada, incidiam na carência de comparte (na altura). A conduta, em conjugado, calhava na abstinência dos namoros. A saída, no sensato amigo, foi “em encomendar xodó”. O pretendente, no espaço urbano, acorreu no instituído convite. O amado, no recomendado, desandou no agrado e idade. O prático, no contratempo, caía na negação e rejeite. A realidade social, em inícios do século XX (1910), impedia procedimento. O jeito, na “frieza e pranto”, foi assumir encomenda e tratado. O consórcio, no alongado tempo, afluiu na abstinência dos rebentos. O sujeito, no excesso das pedidas, acaba na equivocada escolha. O próprio, na sabedoria, advém em permanecer na oportuna gente. Ajuizadas modas, no anseio das feições e inovações, calham em amuamentos e avarias.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://fanfic.potterish.com/

O brioso subterfúgio


O imigrante, no começo da colonização, reparou dificuldade. A selva, no recebido lote, caía na conquista. A faina, no completo, calhava nos quefazeres. Os começos, no auxílio de apetrechos manuais, perpassavam “na mão na frente e na outra atrás”. A força física, na ciência e paciência, acorria na atuação e distinção. A tradição oral, na instituição do inicial pastorado, apresenta “valiosa pérola”. O forasteiro, no ofício, reparou “enigma de auferir oportuno pão”. A saída, no paliativo, consistiu no recorro ao subterfúgio. O meio, na desassistência religiosa, foi “alocar Bíblia embaixo do braço”. Os batizados, consórcios, funerais e pregações, no retirado das casas, foram inventar ofícios. Os ganhos, em modestos afagos e pagos, adotaram obtenção. O preceito, na encanecida instrução, calha na inteligência. O sujeito, na “fácil grana e ligeira fortuna”, propaga confiança divina. A subsistência, na alocação do sobre-humano, assenta algibeira e mesa. O preguiçoso, no mínimo empenho, atina meio de auferir sustento.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ultracurioso.com.br/