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segunda-feira, 21 de abril de 2014

A sútil desfeita


O cidadão, na casa paternal, achegou-se à visita. A sobrinha e “namorido”, no perecimento dos pais, ocuparam o solar familiar. O local entendia-se tomado de significado!
As lembranças e vivências, nas muitas e variadas reminiscências, viram-se saudades. Os ocupantes, no descaso e descuido, deixaram de externar consideração e estima!
O visitante, na estada, desmereceu a gentileza do oferecimento do assento. O intruso, companheiro da sobrinha, externou proposital e sútil desfeita. A razão via-se incompreendida!
A cadeira, na questão de míseros minutos, externou indiferença. As ocasionais conversas careceram de expressão. O cidadão, na mágoa, extirpou maiores diálogos e visitas!
Achegadas acabaram subtraídas dos convites. O tempo, no propósito de retorno, consistia nas constantes carências. Afrontas e prejuízos perpetuam-se na memória!
A indiferença ostenta-se sútil descarte. O cidadão, na proporção das convivências, conhece os semelhantes!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g1026464-d1124375-Reviews-Casa_Rural_Jesuskoa-Zumaia_Guipuzcoa_Province_Basque_Country.html