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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Os arrepiantes berros


Agosto, mês do cachorro louco, achegou-se na paisagem colonial. A primavera, nos agouros, brota do avigoramento da insolação. As espécies convergem à reprodução!
As fêmeas, nos gatos, ficaram engravidadas. A gravidez, no anseio ou força, ocorreu na incumbência masculina. Os machos, na ação da perpetuação, comportaram-se adoidados!
Os fortes, no concurso, acossaram as fêmeas. A cobertura, na mudança de climas e estações, instalou o aniquilamento. Os machos fortes e maduros aniquilam fracos e imaturos!
Os aguerridos, na triagem natural, guerreiam ao extermínio. Os jovens e velhos, nos alarmantes berros, executam confrontos inesgotáveis. A seleção mira resguardar a qualidade!
O desígnio, no descontrole populacional, vê-se imperativo. A energia direciona-se a gestação. A tenra vida, em semanas, sói surgir. A natureza efetua a inexaurível renovação!
O análogo, no camuflado jeito, confere na natureza humana. Os varões, no vacilo da razão, instituem seleção. O exemplo, nas depravações, motins e tráficos, delineiam o destino!
O sujeito, nos muitos e vários convites e dilemas, obriga-se as escolhas. O abrigo, na prevenção, incide em esperteza. A idade, nos irrequietos tempos, decifra-se sabedoria!
A natureza, na anarquia irracional, institui e restaura inícios e preceitos. O Homem, no crédito da ciência e técnica, avalia-se ausente aos desígnios naturais!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.mundodastribos.com/