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sexta-feira, 31 de julho de 2015

O jornal andante


O deficiente, distinta vítima do duelo do tráfico, peregrina nas periferias. O sujeito das vilas, nas andanças entre amigos e populares, advinha informado das experiências e ocorrências. A confabulação, entre becos e esquinas, acontece no trivial das essências. As explanações, nos sucedidos, “circulam frouxas e soltas” nas conversas e relatos. O filho das colônias, na qualidade de morador ocasional, empregou estratégia e informação. O estudo, na inquirição dos ocorridos (comunitários e sociais), sucedia nos dados e narrações. O senhor, no escambo de mimos e negócios, caía no apurado diálogo e prosa. O submundo, nos escusos comércios e relações, acabava contado. A bisbilhotice, no naipe de especialista e periodista, sobrevinha em notas e registros. A aldeia, no instinto da sobrevivência, delineia epopeias e odisseias. O escritor, na crônica dos apimentados contos, habita na associação e coexistência do povoado. A investigação, na artimanha das notas, doutrina e perpetua ciências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.cafeutam.com.br/