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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O mito da frondosa árvore

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A módica planta, em figueira nativa, cresceu deveras. A vista, no mundo, acorria em picadeiro fértil. A árvore, na via da estação, alargou-se gigante. O enorme tronco e os largos galhos, dentre humildes, auferiam majestade. A sombra, em metros, sufocou cercanias!
As concorrências, em próximas, assistiram-se cegadas. A insolação e umidade, em exclusivo, pareciam absorvidas no particular. A planta, em vasta distinção, adonou-se da paisagem. As acanhadas, no anexo ao chão, transcorriam inexpressivas e refreadas!
A chuvarada, em sensata feita, abateu-se no ambiente. O forte vento, no brusco, sacudiu folhas e galhos. A esbelta copa, na lufada, andou envolvida e estilhaçada. A clareira, em quebra, viu-se constituída. A ingerência, em sol, acudiu concorrência e conferiu desgosto!
As anãs, em fotossíntese, acharam acréscimo. A preeminência, em escassos anos, suplantou calejada. O “sufoca”, em plantas, vê-se sina nas matas. As vizinhas, em oculto regozijo, impuseram análogo colírio. As criaturas, em época e geração, nutrem seu momento!
Empresas influentes, em prosaicos padrões, professam idêntico destino. O descomunal aumento, em atropelo das finanças, ocasiona desordem e falência. Os nanicos, em parco período, abonam-se do mercado. O altivo brio, em clima de crise, reformula firmas.

Guido Lang, Jornal Eco do Tirol n° 10, dia 26/02/2005 (texto reescrito).


Crédito da imagem: http://www.safarigarden.com.br/