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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O dorido entrave

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A guaxuma, em fadigosa daninha, convivia nas adjacências do pátio. A espécie, na ativa disseminação e intensa concorrência, acorria em aspectos de praga. A planta, em tempo de forte seca, partilhava berros e rogos. O anseio, em ressequido solo, caía em benzida chuva. O sol, em calor infernal, semelhava “tostar viventes”. As petições, em semanas, reiteraram-se aos “ouvidos de São Pedro”. O santo, em “provedor de chuva”, acolheu na incidência dos solicitados. As nuvens passageiras, em ativa chuva de verão, ruíram água e vida. O dilúvio, em súbito, adveio em cenário rural. A vegetação, no baque, ganhou alento e energia. A guaxuma, em revigorada, residia no afrouxado solo. O colonial, em agricultor, aproveitou propício da ocasião. As unidades, em apinhadas de floração, viram-se arrancadas na facilidade. O estrago, em escassa faina, ceifou acumulado de “pés” (plantas). Os viventes, em adequação dos fenômenos naturais, convêm em acordar sina. Os anseios, em descomedidos, calham em doloridos entraves.

Guido Lang
“Histórias das Colônias”

Crédito da imagem: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Chuva_(gotas).JPG

O meteórico convívio

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As pessoas, nas cidades, delineiam típico fato. Os distintos, em casuais amigos, advêm em colegas. A amizade, na coexistência, calha na dimensão dos horários e negócios. O desligamento, em benefício, exclusão ou permuta, ampara na falta de contato. Os vínculos, em mantidos, incidem no problema da renovação. A pessoa, no parco tempo, insere-se em novo grupo. A passagem, em intimidades, aflui em casais. Os namoros, em ocasionais, cunharam analogias e ardores. A falta, em exercício, aparta espíritos e interesses. O tempo, em decurso, sustenta meras lembranças. O contato, em ocasiões, transcorre em meteórica saudação. Os entes, em meio de consumo, trasladam padrão funcional. O achegado, em imediação, vale na extensão da precisão. A imagem, em igual da espécie, ruiu no desuso e estorvo. O efetivo, em relações sociais, mantém-se entre pais e rebentos. As origens, em carnais, nutrem afinidades e proveitos. A conduta urbana profere: Um dia ativos amigos, outro belos forasteiros.

Guido Lang
“Histórias do Cotidiano Urbano”

Crédito da imagem: http://correio.rac.com.br/