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domingo, 16 de novembro de 2014

O deus dará


O sujeito, na dócil existência, fazia descaso da fadiga. A ideia, na diversão, incorria na criação. As galinhas caipiras advinham no acentuado gosto. O cardápio, no imperativo de carnes (na mesa), parecia coberto na essência. A vivência ruía na lei do menor esforço.
O camarada, no pátio e quinta, enveredava no engenho. As galinhas, nas águas, instalações e tratos, andaram no desleixo. A ideia, na ausência de maiores atenções e emissões, acontecia no mero e modesto proveito. As lidas incidiam nos desempenhos de otários.
A fauna silvestre, no arrojo dos gatos, gaviões, lagartos e raposas, afluía dos brejos e matos. A necessidade, na dor da fome, angariava presas. As aves, no criatório, caíam na fácil caça e preferência dos famintos. O deus dará, na casual sorte, findou no desânimo e malogro.
A prolongada ausência, no desleixo dos cuidados e reparos, ceifa os principiantes e promissores empreendimentos. O investidor, no intento do êxito, obriga-se a tempo e trabalho. Os olhos do patrão, na notória sabedoria, afeiçoam e engordam a obra e plantel.
Os cuidados e dedicações, nos variados negócios, revelam-se inadiáveis e indispensáveis. O indivíduo, na bênção da fortuna, convém estampar obstinação e trabalho nos domínios e interesses.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.emater.go.gov.br/w/7876