Translate

segunda-feira, 14 de julho de 2014

A ingrata doação



O senhor, curtido pelas penúrias e problemas, causava compaixão. As esfarrapadas e imundas vestes, no contraste miséria e opulência, apareciam no social ultraje!
Uns caminhavam na derradeira elegância. Outros viviam na extrema indigência. O filho das colônias, na espera da condução no ambiente urbano, analisa a deterioração humana!
O ancião, na pesada vivência, poderia ser a paternidade dos presentes. O dependente, nas exigências da submissão ao vício, ajunta os cachimbados e rejeitados tocos de cigarro!
O material consiste em dar pitadas e tragadas nos cigarros. A carência financeira impossibilita a compra das carteiras. O paliativo, na supressão, revelou-se ingrata solução!
O somatório, na dedicação aos males, levou a melancólica condição. A oferenda, na alegria dos instintos, conduziu a miséria. O trapo agrava a decência e inteligência!
A indevida doação mancha a consideração divina. A pessoa, na passageira vida, precisa primar pela permanência dos dias. A cautela, nos desígnios, confere sublime esperteza!
O complexo, na monstruosidade, incide em ajudar na adversidade e desgraça. Sujeitos, na perspectiva da variedade de experimentos e percepções, distorcem a valiosa vida!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.brasilescola.com/quimica/quimica-crack.htm