Translate

domingo, 12 de abril de 2015

A necessária adequação


O acanhado filho das colônias, morador da linha, optou na arte. A tradição agrícola, na agricultura familiar de subsistência, seria persistida. A estrutura, em ferramentas, instalações e terras, existia no campo. Os produtos, na lavoura, seriam a base dos dividendos e lucros.
O sistema, em séculos de atuação, advinha no sustento da estirpe. As carnes, lácteos, melados e ovos caíam na produção. A circunstância, nas mutações da modernidade, incorreu no inviável custeio. As exigências, em cláusulas e leis, conduziram a custos e interdições.
O Estado, no negócio das vendas, infligia um punhado de restrições. Abates, no domínio, saíram inibidos. Ovos, na criação (caipira), faltavam de preço. Leite, na baixa obra, incidia no “encoberto escanteio”. As doçuras, no período da safra, andavam no baixo valor.
Os parcos ganhos, no investimento e tardança, resultaram na necessidade de novéis melhorias. Os progressos, na permanência da profissão, careciam de empatar. O emblema, no epílogo, processou-se em seguir as cobranças ou relegar os legados.
O efeito, no habitante rural, incidiu em empregar-se na construção civil. O dinheiro, na falta de maiores investimentos, caía certo, porém muito escasso. Os encargos, na demanda trabalhista, foram deixados ao patrão. Mudanças, no basilar ajuste, sobrevêm na tecnologia.
A existência, na sobrevivência, defronta-nos no continuado dilema. Os consumos, na acessão social, obrigam a ganhos e jornadas estafantes.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://memoria.ebc.com.br/

A transpiração celeste

Imagem relacionada

O evento, no culto de Páscoa, acontecia no anseio e tradição. O calendário religioso, no exclusivo da entidade, caía na matina e penumbra. A celebração, na ressureição do Nosso Senhor (Jesus Cristo), ocorria nos louros terrenos. O atípico, no domingo, sucedia no júbilo.
As famílias, no horário das cinco, seguiram o rumo. A centúria basílica, no início das seis horas, convidava a comunhão e convivência. Os imperativos, no acolhimento das criações, foram antecipados ou preteridos. O acréscimo, na junção do café fraterno, caía no refresco.
O peculiar, no singular culto, sucedia na antecipada hora. Os corais, nas harmonias, enobreciam alocuções. Os amigos, no retorno das origens, versaram no cumprimento. A feliz Páscoa caía no ensejo. Outros novos, na crença e paragens (distintas), fluíram a igreja.
O curioso, na versão dos antigos, abonou-se na velha sabedoria. São Pedro, nos acasos do tempo, trouxe alento e mudança. “Os santos, nas andanças pelas rodovias, fazem transpirar os céus”. A benzida chuva, no abarrotado e aclarado templo, trouxe alteração e correria.
O lençol (freático), no alento, induziu ardor aos bosques, campos e lavouras. Os seres, no cenário dolorido (da estiagem), saciaram sedes. Os humanos, no sustento, calharam nas francas expensas. O Todo Poderoso, na invisível e soberba mão, minuta surpresas.
Os juízos, na tradição oral, ostentam fundos de ciência e verdade. A esperteza, nos intuitos da natureza, versa em acolher e enaltecer os arranjos divinos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.mapadaobra.com.br