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terça-feira, 24 de julho de 2012


 AGRADECIMENTO ESPECIAL

Agradeço a todas as pessoas, dos mais distantes confins do mundo, que acessaram o meu blog desde o dia 08 de março de 2012 (dia em que ele foi criado)!

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SABEDORIA POPULAR

Queremos continuar, como curiosidade, com a relação dos ditos e dizeres coletivos, que são gostosos de ouvir e transmitem todo um conhecimento e uma cultura popular. Encontramos, além dos adágios já publicados nesta coluna, a seguinte relação.
- Quero mentir então falo do tempo;
- Vento norte, chuva na porta;
- Todo homem tem seu preço;
- A vida é dura, para quem é mole;
- Um bom filho - Deus ajuda;
- Para morrer basta estar vivo;
- Alegria de pobre dura pouco;
- Criança arteira possui saúde;
- Curta a vida, porque ela é curta;
- Coração de mãe aceita tudo;
- A propaganda é a alma do negócio;
- Namorar nunca é ultrapassado;
- A sabedoria consiste em dar tempo ao tempo;
- Quem não lê, não tem muito a dizer;
- Não adianta desvestir um santo para vestir outro;
- A medicina é a ciência das verdades transitórias;
- A necessidade faz dos necessitados inventores;
- Toda experiência e derrota é uma aprendizagem;
- A gente é a soma das nossas decisões;
- A história é importante pelo que conta e oculta;
- Pensar é cansativo para quem não tem hábito;
- Quem muito fala pouco concretiza;
- Melhor um bêbado conhecido do que um alcoólatra anônimo;
- Ninguém chega mais perto de Deus sem mérito e trabalho;
- A melhor obra de uma vida consiste em servir a humanidade;
- Aquilo que é realizado com amor e carinho sai melhor;
- Mesmo nos piores momentos existe espaços à felicidade;
- Dificuldades existem em todos os empreendimentos;
- Para tudo existe solução com exceção a morte;
- Não há limites para a criatividade humana;
- Os verdadeiros amigos encontram-se nas dificuldades;
- Em tempo de guerra, mentira por mar e terra;
- Andejo vive separado da sua mulher;
- Na terra de cego, quem tem olho é rei;
- Em assunto de conselho todo mundo é mestre;
- Deus te abençoe e o Diabo que te carregue;
- Para um bom entendedor meia palavra basta;
- Quem trabalha sempre tem dinheiro;
- O que não se registra desaparece;
- Cada negócio e profissão possui seus segredos;
- Quando todos pagam ninguém é onerado excessivamente;
- Ninguém é profeta em sua própria terra;
- Conceitos baixos atrapalham os negócios;
- As ideias valem pela qualidade e não pela quantidade;
- Segredo que a memória guarda e a terra há de comer;
- Existem informações que é melhor desconhecer, pois só acrescentam aborrecimentos e preocupações;
- Por trás da excessiva bondade, escondem-se interesses escusos;
- O homem é insaciável em suas aspirações;
- Os filhos a gente gosta e não leva em conta;
- Não há dinheiro que pague o amor;
- O que não presta sempre está disponível.

Guido Lang
Jornal O Fato
Campo Bom, terça-feira, 16/08/1994, n°866.

O HARRY E O GUIDO LANG

Alceu Feijó

Harry Roth, possivelmente um nome esquecido por grande parte da população de Novo Hamburgo/Rio Grande do Sul/Brasil. Mas foi um cara que incentivou o prefeito Ritzel, o Eugênio Nelson, a criar uma biblioteca para a cidade. E foi ele quem realmente consolidou o empreendimento, aproveitando um casarão que existia bem na frente da antiga prefeitura, construída por outro prefeito esquecido, Plínio Moura. Voltando ao Harry, o prédio antigo, que foi construído antes da emancipação, estava destinado à demolição. Não foi demolido e o prefeito Ritzel restaurou e ali foi fundada a Biblioteca Municipal, administrada pelo autor da ideia, Harry Roth. Com seu falecimento, foi denominada Biblioteca Harry Roth, numa justa referência ao seu idealizador.
É possível que a minha memória não esteja relatando toda a origem dos fatos. Se me enganei, peço perdão antecipado, mas acho que estou certo. Hoje a biblioteca se chama Machado de Assis, que nunca esteve em Novo Hamburgo, nem sabia onde ficava a nossa cidadezinha no contexto mundial de sua enorme cultura e exemplos que ofereceu ao Brasil. O Harry Roth conhecia e vivia em Novo Hamburgo, mas seu nome foi postergado por uma entidade nacional.
Bem, além da Biblioteca Machado de Assis, Novo Hamburgo conta com outra pequena biblioteca, mas com grande manancial de consultas, instalada no terceiro andar do Centro de Cultura, sala 33. E quem dirige este pequeno repositório de informações inéditas é o escritor Guido Lang, semelhante ao Harry Roth, magrinho e também usa óculos. Falei escritor porque tem mais de dez livros publicados anonimamente. 
Conheci o Guido quando recentemente me solicitou para identificar personalidades em antigos álbuns de fotografia e o fiz com grande satisfação, pois além de estar ajudando ao local tão importante, revivi muitos momentos, vendo fotografias colhidas por mim, das quais nem me lembrava mais. Porém, durante minhas idas ao relicário do Guido, fiquei sabendo muito rapidamente que ali existiam exemplares encadernados da Folha da Tarde e do Correio do Povo. Com a ideia de Fátima Daudt, vice-presidente de Serviços da ACI, em homenagear os pioneiros calçadistas que foram em 1960 a Nova York. Solicitado a colaborar, fui ao Guido Lang para consultar a sua coletânea. Surpreso ao ver coleções encadernadas da Folha da Tarde desde os anos 50 até 80, fui informado de que o material tinha sido descartado pela Biblioteca Machado de Assis e já estava na carrocinha de um papeleiro. Guido não teve dúvida, pois sabia o valor do material e o resgatou pagando 800 reais. Vejam só o que ele fez: doou para o município o acervo gratuitamente. Foi neste momento que eu me lembrei de Harry Roth, que foi tão útil ao município e não tem nome de rua num bairro operário. Espero que o gesto de Guido Lang, que não está pedindo nada, um dia seja lembrado com uma plaquinha de bronze ou zinco na porta 33 da Semec.

Alceu Feijó é jornalista
Texto publicado no "Jornal NH", p. 18
Sexta-feira, 06 de janeiro de 2006


UMA BELA ÁRVORE

Professor Guido Lang

Um filho, em meio a convivência rural, perguntou a seu pai sobre o fenômeno da vida. Que seria a existência neste mundo agitado, competitivo e corrido?
O pai, na sua sabedoria acumulada por anos, fez um comparativo:
- "Querido filho! Você é a razão da minha existência. Faça da sua vida uma frondosa árvore, que embeleza e engrandece o meio natural. As raízes, afundadas e escondidas no solo, são a tua inteligência, que segura e protege contra os infortúnios. Os amigos, estudos, família, moradia e trabalho são a seiva, que sustenta toda a planta. O tronco, galhos e folhas retratam a tua grandeza de espírito, em que reina o amor, a amizade, a ética, a inteligência, a sabedoria... O sol, com os magníficos raios sustenta o verde, que é resultado da colheita. Os galhos e gravetos murchos ou secos, escondidos em meio a folhagem, são dificuldades, feridas e problemas, que relembram-nos da transitória condição humana. O conjunto das partes, na revelação das centelhas divinas, forma uma criação ímpar, que deve ser uma bênção para a família e a vida."
Alguns modestos comparativos excedem a mil palavras. A existência é um enigma que devemos colocar a disposição da multiplicação da vida.