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quarta-feira, 21 de outubro de 2015

O imaginário popular


Os residentes, nos pacatos interiores, costumam desenvolver um tentame próprio. A experiência, nas vivências, liga-se aos variados ambientes e feitios. A manha versa: “A voz do povo ostenta-se o clamor divino”. O empírico, na ciência e trabalho, orienta famílias no interior das linhas. O conhecimento, na sucessão das gerações, forma história e tradição. Uma informação curiosa, nas remotas paragens, liga-se ao item filhos. A sabedoria popular, no informal da natalidade, versa: “A família, em sequência, obtiver sete filhos homens, o final resulta em lobisomem. As estirpes, na sucessão, impetrar sete filhas, a última verificam-se bruxa”. O alívio, no paliativo, seria irmão e irmã mais velhos (as) batizar mano (a). O sete, no contexto dos algarismos, esconde uma cátedra singular. O inicial filho, no passado dos esposos, calhava no receado broto do beato. Resquícios, fruto da idade das trevas, sobrevivem no imaginário popular. As crendices, no usual, ocultam um fundo de verdade.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.aprovincia.com.br/