Translate

sábado, 23 de maio de 2015

O afamado Zé Galinha



A senhora moça, nos sessenta anos, promoveu o singular evento. A festança, nos cento e cinquenta convidados, aconteceu no clube refinado. O arranjo e comilança, no planejado baile, gabaram ego e sedução. O peculiar, na impressão social, adveio nas alusões e ocorridos.
Os pessoais, na condição de chefes e políticos, fizeram-se presentes. A fulana, na classe de apartada, convidou companhia e parceria. O beltrano, no aniversário, caía no conjugado. O cargo, no ar de belo par, enobreceu climas e visões. A alegria aludia ser integral.
A demasia, na bebida, desviou os desígnios. A liberada copa aguçava a folia. Os intentos, no embalo da animação, acabaram esquecidos. O sujeito, na afronta e insulto, “deu em cima da amiga e mana do deputado”. A festeira, no “escanteio”, deixou de criar ocorrência.
O desenlace, no final da festa, versou: “- Camarada! Pega teu veículo e vai ao mundo. Nem pintado de ouro quero de ver tua cara!”. Os bebes, no excesso, retalham os juízos. Os machões, em circunstâncias, acham-se os garanhões. “Quem tudo quer, acaba na ninharia”.
Sensatas datas, na aferrada e lidada vida, requerem esquisitas comemorações. Afinal! Aniversários e realizações merecem afluência dos achegados e íntimos. As celebrações, na arte, advêm nas equivalências: gerar com ensejo de ser lembrado. O fim abona igual causa.
Uns, nos melhores tempos, sentem prazer em estragar alheias alegrias e distrações. As situações, nos problemas e satisfações, requerem excepcionais saídas e soluções.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.chapeco.sc.gov.br/