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sábado, 20 de dezembro de 2014

A disfarçada risadinha


  O distribuidor, na condição do bazar, aconchega-se a entrega. O abastecimento, no imperativo da reposição de artigos, cai na loja. O caixeiro viajante, na gama de itens, obriga-se as vendas. As comissões, na apertada margem, incidem no ganho e sobrevivência.
   O microempresário, na entrada, analisa o procedimento. A modesta risadinha, no entregador, acontece na acepção: “aumento no custo”. Os produtos, nas frações, auferiram reajuste. A realidade, nos encargos, força acréscimo. A inflação baixou o poder de compra.
  O lojista, na estagnação do salário mínimo, incide no desespero. A consignação, na aferrada concorrência, ocorre na redução de vendas. O consumidor, no encolhimento dos ganhos, encurta consumos e gastos. A carga, na manutenção, mantém-se estável e múltipla.
   O dinheiro, no asilado aumento, caminha na contração. O sujeito, nas precisões básicas, prioriza as essências. O pânico, no desespero dos custos, direciona-se na ansiedade. As dificuldades, na achatadura salarial, voltam ao panorama. A gerência sucede na sabedoria.
  Os receios econômicos, no particular dos lares, alentam os artifícios. A resolução consiste em adquirir o estritamente indispensável. A comida verifica-se a preferência. Os investimentos, no comum, abreviam-se no amparo do patrimônio. Crises exprimem mutações.
  O exercício financeiro, no custeio dos módicos negócios, vê-se acentuado na exasperada concorrência e no período das oscilações econômicas. As sobras monetárias, no quadro do demasiado consumo e genérico endividamento, andam na minguada receita.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://reavivamentoereforma.com/