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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Aforismos de Hipócrates


01. Para extremas moléstias, exatos métodos de tratamento são os mais poderosos.
02. Uma doença em que o sono faz mal é mortal; a moléstia em que o sono alivia não o é.
03. Nem a saciedade, nem o apetite, nem nada que seja além do natural é bom.
04. A fadiga não provocada indica moléstia.
05. É mais fácil recuperar as forças com alimentos líquidos do que com alimentos sólidos.
06. Em estado de fome, não se deve fatigar com trabalhos.
07. Os alimentos de assimilação rápida produzem também evacuações prontas.
08. Quando um convalescente come bem e não engorda é um sinal desfavorável.
09. Em todas as moléstias conservar a inteligência lúcida e o gosto pelos alimentos é um bom sinal; o contrário é mau.
10. As pessoas naturalmente gordas estão mais sujeitas à morte súbita do que as pessoas magras.
11. Quando o verão é parecido com a primavera, as febres se acompanham de muitos suores.
12. Em relação ao tempo, em geral, o tempo seco é, geralmente, mais saudável do que o tempo úmido e de menor mortalidade.
13. As coisas frias, tais como a neve e o gelo, são inimigas do peito, provocam a tosse, as hemorragias e os catarros.
14. Quando uma pessoa tem sede, e readormece depois de beber, é bom sinal.
15. O soluço desaparece quando sobrevêm os espirros.
16. O aparecimento de varizes ou de hemorroidas nos atacados de loucura cura-os.
17. Quando o medo ou a tristeza duram muito tempo, há um estado melancólico.
18. Os ferimentos do cérebro são seguidos sempre de febres e de vômitos biliosos.
19. Os delírios de motivos alegres são mais benignos do que os de motivos sérios.
20. Quando o cérebro se esfacela, os doentes morrem em três dias; se excedem esse tempo, se curam.
21. O sono e a insônia, além da medida, são sinal de moléstia.

(Fonte: extraído dos Aforismos de Hipócrates, São Paulo, Editora Martin Claret, 2003, pág. 133). 

Obs.: Aforismo significa máxima, proposição, sentença. Hipócrates (460 a.C– 356 a. C.) é considerado o Pai da Medicina.

Crédito da imagem: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=27

3 comentários:

  1. O meu comentário é o seguinte: Atualmente, com máquinas de respirar ( "ventiladores")é possível prolongar e postergar quase que indefinidamente a vida. Porém , é possível prolongar também indefinidamente o sofrimento, sem cura.

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  2. Também é possível prolongar indefinidamente a vida com máquinas de hemodiálise, sem efetuar cura. É natural esta situação?

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  3. Manter uma pessoa indefinidamente com suporte de máquinas, sem quaisquer perspectivas de cura ou sequelas graves que levam inexoravelmente à dependência definitiva não é justo. É a anti-Medicina.

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