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terça-feira, 13 de maio de 2014

A mania do consumo


O menino, na pré-adolescência, ganhou tarefa familiar. O guri, nas corridas e recados das emergências, ensaiou-se na convivência e trabalho. A obrigação era boa e nobre escola!
A tarefa, na desorganização das básicas aquisições (no hábito de consumir produtos frescos e novos), consistia em ir às compras. Os atropelos e passeios eram comuns nos dias!
O mercadinho, na esquina da vila, mantinha conhecido e tradicional cliente. A mania, no retorno do caminho a casa, havia em comprar e degustar alguma guloseima!
Os pirulitos ganhavam atenções e preferências. Os lambe-lambes facilitaram a degustação. O vizinho, estranho na vizinhança, observou o peculiar comportamento!
O senhor, na implicância, externou: “- Ah! Então és tu o menino que o pessoal chama de Zé do Pirulito!” O guri, no espanto, ficou na dúvida: responde ou ri na explanação!
O esdrúxulo, nos comentários e falatórios, origina apelidos e gozações. A juventude, na rápida sucessão, vê-se desconhecida às velhas gerações. Exageros implantam as manias!
Gozações e implicâncias ventilam os ambientes de rotina. Ofensas externadas perpetuam-se na memória!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.agomes.com.br/