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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

O segredo da amizade


O indivíduo, criado na sina do interior, precisou partir ao mundo. O estudo e trabalho, depois da maioridade, levou a aprender e ganhar a vida na cidade grande!
Uma cultura, variada a rural, precisou ser assimilada e vivenciada. Os conhecimentos e experiências coloniais, ao ambiente urbano, possuíam inexpressiva importância e serventia!
A convivência, em inúmeras grupos e tipos de indivíduos, levou a assimilar um modesto princípio. A lição, nas diárias relações, vivenciava-se entre achegados e estranhos!
A aplicação, em quaisquer ambientes e contatos, apresentava-se como dignos de admiração e aproximação. Desconhecidos e forasteiros constituíam bons amigos e companheiros!
A tática, entre as pessoas, consistia em encará-las com afetuosas e ativas brincadeiras e cumprimentos. A importância de “jogar conversa e tempo fora” revelava-se estratégia de aproximação e simpatia!
A facilidade de constituir amizades e tornar-se conhecido mostrou-se ímpar. Estes, nos ambientes em geral, revelava-se o centro das atenções, interesses e preocupações!
As pessoas, de imediato, interrogavam: Quem és tu? Donde vens? Quê fazes? A resposta advinha: Um simples humano! Um estranho qualquer! Um pacato cidadão!
Os indivíduos, sem distinção de classes ou raças, merecem consideração e respeito (pelo simples fato de serem humanos e semelhantes). O destino, sem maiores diferenças, fabricou-nos da idêntica matéria e conduzirá ao derradeiro descaso a novela da existência!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mensagenscomamor.com

Os bicos


O camarada, depois de quarenta anos de peleia, aposentou-se no formal emprego. O ganho certo e líquido, no final de cada mês, encontra-se uma realidade familiar!
A aposentadoria trouxe outra necessidade: o tempo. Como passá-lo no cotidiano dos dias e meses? O indivíduo, a título de complemento de renda, arrumou modestos bicos!
Os encargos, como curtido profissional, consistiram em  braçais esforços. As tarefas, entre outros, consistiram em arar lavouras, limpar jardins, reparar instalações...
A remuneração, num pré-combinado entre as partes, sucedia-se por horas ou empleitadas. Algum valor via-se estabelecido abaixo dos reais preços de mercado!
O trabalhador, sem maiores descontos e encargos, avolumava aproximados dois mínimos mensais de renda! Um bom complemento ocorria a arrojada aposentadoria!
Um excepcional reforço de caixa sucedia-se para despesas e investimentos diversos. O passatempo, com singelos ganhos, permitiu a elevação da dignidade e qualidade de vida!
Inúmeros aposentados, como cinquentões, revelam-se jovens para ficar na completa folga e ócio. Trabalhos braçais, com a mecanização, carecem de interessados em realizá-los!
Os apegados e educados no trabalho, desde tenra idade, encontram afazeres e passatempos úteis como tarefas. A ocupação, no princípio de sentir-se útil, ignora a ideia de patologias e velhices!

                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br