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domingo, 24 de novembro de 2013

O segredo da cachaça


O produto, para excepcional qualidade, ostenta mistério na fabricação. A cachaça, na industrialização caseira no alambique, liga-se ao item teor alcoólico!
Os consumidores, com razão de ficar alheios a embriaguez, recorrem a artimanha. Ela sucede-se com relação as encurvadas e grossas varas da cana-de-açúcar!
As partes, no processo do corte na plantação, necessitam da criteriosa e rigorosa seleção. Os cortadores, dentro das habilidades e possibilidades, improvisam a classificação!
As retas, como matéria-prima básica na extração do caldo, destinam-se ao fabrico do melado. O eventual álcool, no fermentado caldo, carece de efetuar a tradicional embriaguez!
As tortas, incluídas no preparo da pinga, ostentam-se as responsáveis por “deixar borracho”.  Elas, no elevado grau de pureza no cozimento, ganham a real destilação!
O elevado teor alcoólico, nelas contidas, ostenta a real possibilidade cambaleante! O segredo consiste em fabricar cachaça na ausência de maiores lavouras e plantações!
As conversas, reclamos e xingamentos, no estado da embriaguez, visam ofender a inocente sombra. A própria, como fantasma, persegue como inconveniente companhia!
Alguma lorota, bem contada ao néscio, assume ares de especial  verdade. As muitas e variadas desgraças, resultantes das bebedeiras, carecem de ser exemplos aos exagerados apreciadores!

                                                                                       Guido Lang
                                                           “Contos do Cotidiano das Vivências”

          Obs. História contada por Soni Gräbin/Languiru/Teutônia/RS.

Crédito da imagem: http://www.localnomad.com

A aplicada matemática


O aluno, com imensas dificuldades na ciência dos cálculos, vivia a copiar exercícios, provas e temas. O educador, conhecendo a manha, desconfiou daquela ímpar nota de cem!
A oportunidade vislumbrou-se de demonstrar o real conhecimento. A atividade, num chamado ao quadro verde, consistiu em explicar e refazer os problemas da aplicada prova!
O professor, dentro da tradicional didática de explicar e fazer, inovou na astúcia e esperteza. O camarada, na primeira oportunidade, destacou o beltrano (do premiado cem)!
A tarefa, diante da turma, foi destrinchar e refazer alguma questão (de livre escolha diante dos colegas na tela). O completo desastre revelou-se na atividade!
O educador, de viva prática, confirmou a desconfiança. A verificação havia sido outra cola (transcrição) de colegas. A dificuldade residia na habilidade da multiplicação!
A mentira e plágio ostentam  curta duração. A trapaça, aos curtidos e rodados mestres, revela-se uma dificuldade! Uns enganam a muitos, porém nem a todos!
O educador, no amadorismo do alunado, destaca-se na esperteza e sabedoria. As experiências e práticas, com amargos resultados, ensinam belas e majestosas lições de vida.

Guido Lang
“Contos do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://blogandocommatematica.blogspot.com.br