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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A surpresa


O beltrano, durante algumas oportunidades, manteve caso com a especial sicrana. Os bailes e festas sucediam-se na sua agradável e interessante companhia!
O namoro, numa segunda tentativa de união matrimonial, parecia engrenar para um relacionamento duradouro e feliz! As expectativas, a cada reencontro, viram-se multiplicados!
As esperanças e sonhos, numa provável união, encaminhavam-se para residir debaixo do idêntico teto. A cama, em meio ao frio de inverno, seria compartilhada e dividida!
O camarada, noutra cidade, foi conferir determinado evento. O baile, bem falado e visitado, valeria a pena apreciar. O indivíduo aconchega-se sem maiores preocupações!
A surpresa, de fazer cair o queixo, sucede-se com a presença da sicrana. Esta, na alheia concorrência e seara, encontrava-se em altos abraços, beijos e ternuras!
O gosto e preferência contrastavam em muito com sua pessoa. O vivente, dali em diante, nem queria mais ouvir falar no nome dela. Quaisquer contatos viram-se descartados!
O indivíduo, no mundo das intimidades e traições, “carece de conhecer a real estrutura e montagem do circo”. Inúmeros compram gato por lebre nas histórias dos relacionamentos!
As pessoas, nas grandes cidades, desconhecem detalhes dos bastidores da alheia vida. O cidadão, numa ou noutra, pode deparar-se com alguma desagradável surpresa!
                                                                                         
   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem:  http://www.bbel.com.br/

O tempo


Os anciões, diante do armazém, encontram-se numa animada conversação. Os benefícios, em função da aposentadoria, permitem certos ócios e regalias!
Os cidadãos, diante da idade, admiram-se do transcorrer do tempo. Eles, entre si, comentam e procuram externar o temor diante do inevitável suceder!
O tempo, como máquina cruel e imparável, “derruba e mói a todos e tudo”. Os amigos, conhecidos e parceiros, em função dos anos e décadas, ficaram reduzidos!
As pessoas, da idêntica idade, carecem de somar-se! “Os coroas diminuem com os chamados diários do Criador”. Perdas irreparáveis despedem-se e partem ao final destino!
A fila, de forma acentuada e rápida, corre e dilui velhos relacionamentos! As memórias guardam somente pitorescas histórias e saudosas reminiscências!
Os jovens, no vigor da existência, entendem-se os espertos. Estes, aos idosos, dispensam atenção e interesse! Os anciões ostentam-se os reais curtidos e tarimbados!
Inúmeros indivíduos, na flor da idade, esquecem-se de extrair a devida sabedoria dos ancestrais. O Criador, através do tempo, escreve certo em linhas tortas sua magna obra!
As gerações, no deslanchar da civilização, perecem com razão de ceder o espaço as novas ideias e revoluções. A vida mostra-se curta e interessante para quem sabe apreciar e curtir a terrena odisseia!

                                                                                    Guido Lang
                                                                   “Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://dorasantoro.blogspot.com.br/2012/07/platanos.html

domingo, 29 de setembro de 2013

O vício


O cidadão, ao companheiro e parceiro, resolveu “quebrar um modesto galho”. Ele, como pensionista, levaria mais um dia até sair o benefício! “A fome ousara bater a porta”!
O dinheiro, numa cidade grande, mostra-se mercadoria essencial à subsistência. Este, na alheia carteira, encontrava-se esgotado e gastado! O crédito andava igualmente curto!
As refeições, naquele dia, seriam carentes ou inexistentes. O companheiro, enxugando dispêndios e necessidades próprias, cedeu uma dezena de reais na extrema emergência!
O objetivo consistiria em adquirir artigos às parcas refeições. A recomendação, diante do auxílio, somou um expresso aviso: “- Parceiro! Nada de comprar cigarro pelo dinheiro”!
O fulano, dobrando a primeira esquina, adquiriu os necessários maços. O estômago, diante do cruel e mortífero vício, “ficou no compasso de espera e saudades”!
O cidadão, mesmo diante da bela ladainha e ousada promessa, não pode dispender grana a dependentes. Alguma doação, no máximo, necessita ser em comida e bebida!
Alguns, pelas impróprias atitudes, estragam amizades e confianças. As palavras de viciados, mesmo “juradas com os pés juntos como promessa”, assumem escassa credibilidade!
Os vícios, no gênero humano, sobrepõem-se a inteligência e racionalidade. Dinheiro, dado sem controle a título de ajuda e compaixão, externa cedo o desperdício e trapaça!

                                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com

O voto


Uma família apresentou determinado jovem como candidato. O moço, na oposição, concorreu à vereança! As chances, como iniciante, pareciam remotas na eleição!
A situação política, com concordâncias e discordâncias, causou rachas familiares. Uns, em função de auferidos benefícios, apoiavam a situação. Outros bandearam-se à oposição!
Uma parte apoiou outro candidato! Determinada tia ficou no dilema: de votar ou não no afilhado e sobrinho. A dúvida, durante a campanha, arrastou-se por dias e semanas!
O marido, ferrenho situacionista, inibiu a confiança e gentileza. O desfecho, como conclusão, acabou na negação! Aquela ideia: “um voto não faz maior diferença”.
O curioso, no maior azar, relacionou-se ao voto. Este, numa extrema coexistência, faltou justamente para eleger-se à Câmara. A lamúria e remorso revelaram-se acentuados!
O sucedido, na existência inteira, produziu desconforto e desconfiança. As relações familiares, sobretudo entre os irmãos, viram-se relegadas pelas décadas sucessivas!
Alguns acontecimentos e situações revelam-se melhor do que encomenda. Os sucedidos ímpares, como afrontas e lorotas, perpetuam-se na memória familiar!
A política, com interesses e paixões, costuma constranger e intrigar familiares! “O diabo, com razão de dividir e maldizer, origina situações inusitadas e ousadas”!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.brasilfront.com.br/

sábado, 28 de setembro de 2013

Uma dádiva divina


Uma senhora cuidou da sua adorada mãe, dando-lhe amor e carinho, nos dias derradeiros. Esta, nos dias das angústias e dificuldades de anciã, revelou-se a melhor amiga e companheira!
Um estranho, esporádico colega e conhecido, deparou-se com aquela cena. A filha, com máximo de cuidado e paciência, ocupava-se em conviver com a genitora!
A agenda diária, de compromissos e trabalhos, revelara-se abarrotada. A geniarca, no entanto, ganhava a atenção e carinho no contexto dos atropelos e correrias do cotidiano!
O cidadão, em tom de admiração e elogio, precisou externar umas modestas palavras. Este, a sábia e vivida senhora, disse: “– Uma bênção ter uma filha dessas!”
A anciã, com o amplo sorriso nos lábios, respondeu: “- Um orgulho! Uma graça divina!” Ela, nas orações diárias, agradecia pela bênção de ter tão dedicado e nobre ser!
Ela, como herdeira, queria cumprir sua missão de suavizar as angústias de quem lhe teu vida. O exemplo servia de escolas às crianças de receber idêntico tratamento!
Os pais merecem o maior cuidado com razão dos netos copiarem o exemplo! Algumas pessoas parecem revelar-se simplesmente uns anjos na alheia vida! Os nobres atos e gestos externam a envergadura do espírito!

                                                                                          Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: myfreewallpapers.net/


O pedido


Um funcionário, na ganância pelo consumo, endividou-se nas compras. O desejo, através do crédito fácil, levou a aquisição duma gama de bens duráveis!
O veículo, como uma saliente necessidade familiar, juntou-se ao endividamento. O carro novo, na garagem, revelou-se símbolo de orgulho e satisfação familiar!
O salário, junto às necessidades de sobrevivência, não permitiu honrar todos os encargos. A solução foi reduzir despesas assim como elevar horas de trabalho!
O cidadão, junto ao empregador (ente público), implorou por mais horas extras. O alto e bom salário ainda não mostrava-se suficiente para “quebrar o galho”.
O erário municipal, como tivesse culpa no cartório da imprudência, precisou cobrir de forma indireta mais este rombo! O problema, na prática, residia no ímpeto consumista!
Inúmeras pessoas, com a abundância material, perderam noção das reais necessidades de consumo! Quaisquer artigos, como sinônimo de felicidade, tornaram-se objetos do desejo!
Vários consumidores assimilaram o vício das desenfreadas compras. A real felicidade e realização encontra-se distorcida e distante dos valores do espírito!
O crédito fácil tem sido o afundamento e endividamento de inúmeras famílias. A matemática financeira revela-se uma carência duma gama de consumidores!
                                                                                
    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O administrador


Um funcionário, muito apegado aos governos de esquerda, deu o conceito dos bons e eficientes gestores públicos. Ele, como concursado, passou por diversas administrações!
O administrador, na compreensão particular, relaciona-se a aspiração política. O prefeito procura colocar o funcionalismo a serviço da ascensão particular nas hierarquias!
O gerenciador mostrar-se-ia descuidoso com os horários de achegada e saída dos funcionários. Um “corpo mole”, na surdina, faria do trabalho em serviços comunitários!
Os salários, nas datas certas, encontrar-se-iam nas contas bancárias dos assalariados. Os depósitos, de preferência, ocorreriam nos últimos dias úteis de cada final mês!
O funcionalismo, no tempo e valor, poderia contar com os ganhos! O chefe maior, em resumo, carecia de “pegar no pé ou perseguir os subalternos”!
O resultado, nesta privada concepção, acaba na fantástica carga tributária (digna de primeiro mundo). Nenhuma arrecadação mostra-se o suficiente diante da ganância fiscal!
Os serviços públicos, em contrapartida, mostram-se duma qualidade de terceiro mundo. Um custo exagerado comparado aos escassos retornos em benefícios sociais!
O bom prefeito, em termos reais, revela-se aquele que administra ao bem coletivo e preocupa-se com a evolução social. O dinheiro vê-se multiplicado e racionalizado!
A realidade estatal, através do fisco, privilegia uns poucos e pune outros muitos. O dilema, no bem comum, revela-se difícil em querer agradar a gregos e troianos!

                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

            Crédito da imagem: http://www.piadasdofacebook.com.br/tag/vaca/

A improvisação


O dólar, como espécie de moeda mundial, conheceu outras oscilações. O dinheiro americano, no câmbio nacional, encontra-se uma vez em alta e outra em baixa!
Economias familiares, na ponta de baixo, necessitam adequar-se a realidade. Os artigos de exportação e importação revelam-se mais caros e onerosos!
Outro calçadista, no chão de fábrica, conheceu a dolorosa demissão. A empresa, há meses, encontrava-se com dificuldades de caixa! As vendas haviam decrescido!
A crise das exportações, somadas as dificuldades no mercado interno (na troca de modelos), trouxe a redução da produção. O dilema revelou-se adequar-se a situação!
O demitido, com as indenizações, precisou encontrar outro “ganha pão” (trabalho). A velha ideia, da montagem duma lavagem de veículos, tomou a ação prática!
Um singelo cantinho, no terreno, revelou-se um espaço para ganhar dinheiro. Este, como área de serviços, ganhou uma vital importância!
Um paliativo, diante das necessidades, gerou ganhos e abriu outra microempresa. As melhorias, na proporção das entradas, viram-se implementadas no negócio!
O bom consiste em ter sempre uma carta na manga! Certos males, na hora muito doloridos e sofridos, advêm no final das contas para o bem e realização!
As dificuldades, diante das necessidades de sobrevivência, levam a criações e improvisações. O mercado absorve costumeiramente sempre mais um no setor de serviços!
                                                                         
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://seguroautofacil.com.br/blog/dica/dicas-para-lavar-o-carro

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O sumiço


Um auxiliar de pedreiro, como empregado braçal, foi contratado numa determinada obra. Este, desde os alicerces as paredes, prestou um inestimável esforço e serviço!
O investidor, num primeiro momento, gostou e precisou do trabalho. Uma parceria boa e interessante junto ao chefe responsável pela obra!
O problema, numa altura, adveio com o sumiço de materiais. Pequenos artigos, como ferramentas, fios, fitas e pregos, tomavam ares do sumiço e escusos rumos!
O responsável, a título de intencional descuido, “deixou estirado algumas modestas iscas”. Estas, numa discreta vigilância, confirmaram as suspeitas de desonestidade e roubo!
A dispensa, sob o argumento de dificuldades monetárias, tomou vulto! Algumas forçadas férias, a título de descanso e merecido repouso, viram-se oferecidos ao beltrano!
Este, com a improvisada bondade e mansa fala, careceu de suspeitar das represálias! O cidadão, diante da malandragem, tornou-se descartável e dispensável!
O elemento, nos meses sucessivos, deixou de ganhar um bom dinheiro. Os poucos reais, angariados de forma desonesta, originaram a carência de volumosas ganhos!
Os desonestos e tramposos permanecem escasso tempo nos empregos. Os proprietários, de uma ou outra maneira, “tomam conhecimento das ocorrências no chão das fábricas”.
A ladroagem, como a mentira, costuma ostentar curtas pernas. Os singelos equívocos, além de dar margem aos falatórios e denegrir a imagem, revelam-se ensaios das falcatruas maiores!

                                                                         Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.tendenciaselegantes.com/viajar-no-carnaval-evite-o-roubo-de-casa/

A sorte


O pacato cidadão, numa vida inteira, tinha a singela esperança. Este, a cada semana, dirigia-se em duas oportunidades às lotéricas! As apostas ganhavam importância!
O propósito, como sonho maior, consistia em ganhar o prêmio grande! As apostas, no tempo, absorveram expressivas somas! A sorte, como fiel apostador, mostrou-se nula!
Os jogos, em cinco décadas, sucediam-se de forma permanente. “A fezinha”, em determinados números, decorreu da forma menos imaginável e possível!
A municipalidade, diante das necessidades de novas instalações, edificou o centro administrativo. O prédio, para sorte grande, situava-se próximo às terras familiares!
O patrimônio, do dia à noite, viu-se medido em terrenos. As vendas avolumaram fortunas! Os hectares, em esparsos metros, assumiram valores das sonhadas loterias!
A notícia, com a aprovação da Câmara de Vereadores, trouxe o progressivo afluxo de compradores. A valorização imobiliária, nas cercanias, elevou preços a reais tesouros!
O enriquecimento decorreu de forma inesperada e ousada. O indivíduo, em inúmeras situações, investe mal o suado dinheiro! A sorte, nalgum instante, ajuda os desinformados!
O prêmio grande recai costumeiramente no momento menos esperado e necessário! Reza a sabedoria: “- Quê está guardado à gente nalgum momento se sucede”!

                                                                                       Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://imoveis.culturamix.com/

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A ousadia


O morador, lá das grotas, comunicou o desejo de comercializar algum animal. A oferta estendeu-se na presença de conhecidos e vizinhos! A venda (armazém) revelou-se o local próprio!
Um comprador, melhor localizado, aproveitou o momento para fazer uma visita. Ele, interessado no negócio, queria olhar o estado e sanidade do animal!
A transação, com alguma choradeira e desconto no preço, acabou acertada. O problema, no momento, consistiu em deslocar a leiteira vaca holandesa!
A condução, com uma corda no pescoço do animal, não deu certo. A alternativa, com alguma habilidade e paciência, consistiu em colocar o bicho no interior da velha Kombi!
A coitada precisou ajeitar-se a condição adversa! Um dirigia e outro mais a cuidava no interior do veículo! As queixas foram inúmeras ao domesticado animal!
As necessidades como ficaram? Um problema posterior a resolver com uma boa lavagem e secagem! O animal, na calada do dia, viu-se deslocado por uns bons quilômetros!
Um empecilho, diante do desleixo com as normas de trânsito, viu-se resolvido com singelo paliativo. O animal, em síntese, não tinha de reclamar da economia do desgaste!
Os moradores, diante dos dilemas e necessidades, improvisam facilidades e inovações. O pacato cidadão, no interior das colônias e vilas, depara-se com situações inusitadas e ousadas!

                                                                                          Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://reinosdanatureza.com/animal/bovidae.htm

O segredo


A família, como produtora rural, mantinha o hábito do plantio das hortaliças e verduras. A horta ostentava-se uma contínua ocupação e preocupação feminina!
O cultivo, entre a gama de espécies, incluía a apetitosa e saudável cenoura. A planta, de maneira geral, via-se cultivada nalgum momento entre a Lua Minguante a Lua Nova!
As culturas, com produção debaixo da terra, ostentavam o plantio neste período lunar! O reflexo, nas copas, fazia diferença na produção da massa verde na Crescente e Cheia!
Um conhecido, como segredo, sugeriu semear no exato dia do começo da Lua Minguante. A formação dos frutos ganharia um colorido e desenvolvimento maior!
A informação, a título de experiência, foi testada no campo prático. Os resultados, depois de semanas, revelaram-se em admiráveis e robustas cenouras!
Os graúdos frutos contrastavam na elegância das semeaduras de outrora! Um fato inacreditável, num singelo detalhe de Lua, fazer tamanha diferença e formosura!
O segredo, daquela experiência em diante, foi acatado como definitiva norma rural. As cenouras angariaram a abundância e referência no torrão comunitário!
As famílias coloniais, junto às criações e plantações, possuem seus segredos de multiplicação e produção! O progresso e sucesso, dentro do profissionalismo rural, decorrem dos conhecimentos e habilidades!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://segredosdepandora.wordpress.com/tag/segredo/

terça-feira, 24 de setembro de 2013

A maquilagem


O consumidor, como de práxis, foi comprar suas tradicionais balas de funcho. Aquela preta original, comum para adoçar a boca, revela-se remédio à gripe!
O cidadão, no bazar da esquina do grande centro, pagou os costumeiros um e noventa e nove reais! O valor este, há muito tempo, relegado a plano secundário!
O troco de um centavo, a bom tempo, careceu de receber! Uma afronta gritante aos direitos do Código do Consumidor!
A artimanha, como detalhe da inflação, relacionou-se ao peso. Este, dos rotineiros trezentos gramas, reduziu para duzentos e cinquenta (saudades dos outrora quinhentos).
Um aumento de preço, na surdina, revelou-se expressivo! O comprador, na artimanha comercial, adquiriu bem menos em quantidade pelo idêntico valor!
Um aumento, a grosso modo, de aproximados vinte por cento de uma só tacada! Inúmeros consumidores, pelo detalhe, nem tomaram conhecimento do superfúgio!
As empresas, diante do acirrado mercado, encontram paliativos aos problemas. Os consumidores, como parte final do processo, pagam os ônus do processo inflacionário!
A maquilagem comercial revela-se uma prática econômica rotineira. A corda, não tem jeito ou maneira, arrebenta sempre na parte mais fraca do conjunto!
                                                                           
Guido Lang
                 “Pérola do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://novohamburgo.org/

As contas


O beltrano, originário duma família carente, casou com a filha do abonado empresário. Ela, como única filha, tinha o desejo e obrigação de continuar a administrar a empresa!
A recomendação paterna consistia em arrumar um ativo e bom genro. Os negócios, depois de décadas no ramo, necessitariam da continuidade familiar!
Os enamorados, com a velhice dos pais, deveria assumir o empreendimento. Este, com dedicação e trabalho, daria bom dinheiro e qualidade de vida!
A filha, educada numa rígida disciplina estóica, mantinha dificuldades de desligar-se das obrigações e tarefas. A firma, em função da subsistência, ganhava a primazia das atenções!
O parceiro, como maridão, queria mesmo viver frouxo a vidinha. A preocupação essencial, na flor da idade, consistia em ser ativo e namorador!
A companhia feminina, nos momentos íntimos, carecia de colaborar naquele fogo da paixão! A esposa, nos momentos derradeiros, preocupava-se em pagar as muitas contas!
O comentário, em inúmeras situações, consistia em falar dos vencimentos d’água, luz, impostos, telefone... Os fornecedores aconchegar-se-iam com mercadorias e queriam dinheiro!
O casamento, com uma filha, durou modestos anos. O amor perdeu-se em meio à diária labuta! A solução, como pessoas civilizadas, consistiu em cada qual seguir seu caminho!
O descaso e desleixo dos despreocupados aborrecem e inquietam os responsáveis! Os interesses e problemas mudam conforme os gostos e negócios!

                                                                              Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.eloizanetti.com.br/

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

A preocupação


O ancião, num baile da terceira idade, arrumou parceria. A dança, com os admiráveis noventa e oito anos, tomou sentido na congestionada e disputada pista!
Um conhecido, diante da alheia coragem e ousadia, preocupou-se com as intimidades. O comentário, junto aos estranhos, sucedeu-se nos sanitários!
A crucial pergunta foi: Como o fulano, com essa avançada idade, iria atender a sua cara metade? As energias e o libido, na compreensão, encontrar-se-iam certamente atrofiados!
Algum estranho, como intrometido, complementou: o atendimento dar-se-ia certamente de forma mecânica! A gente nunca conhece todas as habilidades humanas!
Outro ouvinte, colocando lenha na fogueira, reforçou: Será que satisfaz plenamente os desejos? Algum mais refletiu: Depende da idade e vontade da parceria?
O cidadão precisa deixar os alheios serem felizes dentro das carências e limitações. Cada qual sabe certamente dos desejos e necessidades!
Abençoados aqueles que chegam sãos e salvos a avançada idade! Qualquer idade possui suas dificuldades e felicidades! O encanto encontra-se em quem sabe levar a existência!
As pessoas possuem dificuldades de aceitar a velhice. Os anos, no mundo com tamanho número de mortes prematuras, deveriam significar sabedoria!
As pessoas, diante dos exageros, possuem necessidade de externar o espanto. Uns preocupam-se onde menos precisam!

                                                                            Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.365diasviajando.com/

Um princípio


Um colono, como leigo e improvisado veterinário, atendeu milhares de animais pelas propriedades rurais! Algum animal doente advinha o chamado do atendimento!
Os produtores, de longas distâncias, chamavam-no para aplicar os conhecimentos. Os profissionais formados, nos anos de 1930 a 1970, eram pérolas raras nas colônias!
O cidadão, com a maleta, andava e montava pelas linhas para atender os muitos chamados. O trabalho, com o manejo dos animais domésticos, reforçou-lhe a velha lógica!
Os bichos, mais ativos e saudáveis, mantinham-se os andarilhos/nômades. Estes, como magrelas no geral, ostentavam o ativismo na sexualidade e proles numerosas!
Os domesticados e enjaulados apresentavam-se obesos e escassos filhos. O acúmulo de gorduras, como reservas alimentares, revela-se um tremendo empecilho à agilidade!
O princípio, como lição de vida no geral, aplica-se ao gênero humano. Os indivíduos ativos e magrelas revelam-se costumeiramente mais acirrados no sexo e trabalho!
As comilanças, sobretudo a base de carnes (apesar de boas ao paladar), mostram-se impróprias aos homens! Quaisquer exageros e sedentarismos revelam-se imprudência!
Os humanos, dentro das necessidades naturais, distinguem-se pouco dos animais. Sábio aquele que vive em harmonia com as leis da natureza!

                                                             Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/18367-vaca.htm

domingo, 22 de setembro de 2013

O fazer chover


O estranho, como conhecido, foi levar os especiais convites. Este, para o encontro de família, envolveu uma viagem excepcional (junto aos parentes de longe).
O mensageiro, como cidadão curtido, ostentou um discreto cuidado. Ele procurou conversar com o beltrano! Este encaminharia os convites para os demais membros!
O cidadão, numa espécie de líder familiar, revela-se a pessoa certa. A causa relacionar-se-ia “a fazer chover”. Os combinados e tratados tomariam o cumprimento!
Os intermediários, como atores coadjuvantes, viram-se descartados. O camarada, como velado chefe, sabe dar as devidas coordenadas ou pinceladas às decisões!
O beltrano, conhecendo os diversos elos, possui a habilidade de ajuntar as partes adversas. A corrente, nas várias peças, vê-se reconstituída!
Os irmãos recorrem a ele para pedir opiniões! Os pontos chaves, nas questões familiares, passam necessariamente pelo sua análise e crivo!
A fonte, no brotar do líquido, ostenta a melhor frescura d’água! Os segredos, aplicados à prática, espelham qualidade e resultados aos empreendimentos!
O cidadão, como sabedoria, precisa dirigir-se a quem realmente decide as resoluções. A liderança e respeito impõem-se com as atitudes e decisões!

                                                                                   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://meioambiente.culturamix.com/natureza/o-que-e-chuva-invisivel

A tradicional senha


O indivíduo, na meteórica passagem terrena, deixa alguma marca. Os próximos, como amigos, familiares e parentes, lembram-se do fato até os dias finais!
Um pacato cidadão, morador das grotas, ostentava-se um ousado e refinado contador de vantagens. Este, nos acontecimentos, criações e plantações, sabia sempre melhor as coisas!
O azar, como “doutor na lábia”, levou unicamente em não ganhar a subsistência com a fala! Ele poderia ter sido algum especial conferencista, político, professor, religioso...
O pessoal, no seio comunitário, sabia tratar-se do excepcional mentiroso. Alguma singela formiguinha, na sua boca, assumia o tamanho especial de galinha ou pato!
As estórias, nas rodas da família e venda, ganhavam o público. O pessoal, em função da fala mansa, sabia tratar de mentira. Eles, no entanto, davam-se o tempo de escutar!
O morador, na proporção das criações e invenções, externava a senha: “- Isto, com certeza, revela-se verdade!” O ouvinte, de antemão, sabia tratar-se de mais outra lorota!
Os anos transcorreram! O cidadão pereceu! As referências perpetuaram-se no meio comunitário! Alguém, volta e meia, fazia referência as suas peripécias!
Uns aproveitam realmente muito mal suas reais vocações. As mentiras, em função das incoerências, possuem a inconveniência da auto-traição. Os maiores absurdos, em meio aos adeptos e seguidores, encontram ressonância!

                                                                                    Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://cerejafina.com/

sábado, 21 de setembro de 2013

As inesperadas visitas



Os eleitores, em função da inércia da administração, elegeram determinado candidato da oposição. A gestão, depois da reeleição, havia-se desgastado nos anos de mando!
O recém eleito, como novo chefe, assumiu uma postura administrativa ímpar. Ele, como proposta de campanha, queria melhorar os atendimentos e serviços comunitários!
Os munícipes, os reais pagadores dos imposto e geração das riquezas, mereceriam uma atenção especial. Os escassos recursos públicos deveriam reverter em benefícios!
O político, numa gestão diversa, fazia visitas relâmpagos aos setores públicos. O cacique, sem aviso e em vivos olhos, queria apreciar atendimentos, horários, recursos...
A visitação, nos momentos mais inesperados, ganhava a cortesia. O ritmo administrativo, com os idênticos funcionários e recursos, ganhou outro fôlego e qualidade!
Certos vícios, criados nos anos sucessivos, foram abolidos ou reformulados. A mudança de chefias, numa generalizada remexida, faz uma acentuada diferença e mudança! 
O município, com o idêntico quadro funcional e recursos monetários, redobrou os procedimentos. Um singelo detalhe administrativo fez a diferença!
Políticos, como especiais administradores e estatistas, são pérolas nos Estados modernos. O ente público, como quadro coletivo do bem comum, sobrepõe-se aos interesses privados. Os olhos do chefe, através da presença, fazem funcionar num ritmo diverso os meios de produção!

                                                                                   Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://dinheiro.comunidades.net/