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sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O forçoso socorro


O amigo, no final de mês, caiu na usual penúria e petição. O crédito, no descontrole das finanças, demandou necessário socorro. A dificuldade, no valor da cedência, incidia no cálculo e divergência. O ordenado, no arrocho, carecia de cobrir conjugado dos trinta dias. O credor, na gerência ajustada das totalizações, calhava na conferência áustera das receitas. As saídas, nos gastos regulares e singulares, exigiam severo mando. O pedinte, nos padrões tradicionais, requereu outros cinquenta. O cedido, no obséquio, sobreveio nos meros trinta. A aceitação, na desilusão do exigido, induziu feitio de aborrecimento e inquietação. As ajudas, no assunto grana, sobrevêm na repetitiva obrigação e promessa. O controle aferrado, nas despesas e gastos, atalha bocado de ansiedades e temores.  A pessoa, no bom senso, coloca as despesas dentro das receitas. A austeridade, em toda ação e ocasião, sucede na singular inteligência. A amizade e dinheiro, nas afinidades, circulam em acepções opostas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.arenadopavini.com.br/