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terça-feira, 31 de dezembro de 2013

O ímpar presente


O final de ano chegou no calendário. Os atropelos e correrias avolumaram-se nas compras e férias. Os presentes, na alegria do comércio e indústria, proliferam nas relações!
Os filhos, em função dos variados gostos e preferências, ganharam mimo financeiro. A maneira possível de presentear a contento. Cada qual adquirir seu sonho de consumo!
Os pais, como brinde, solicitaram presente vão. Este relacionou-se a singela postura familiar. O desejo consiste em acabar com alcunhas, discussões e gritarias familiares!
Os membros, na diária convivência, extinguirem resmungos e xingamentos. O pedido reside na adoção da civilidade. Uns ouvirem mais aos outros nas rotineiras relações sociais!
Palavras impróprias, nos espíritos alheios, originam variados humores e presságios. A necessidade, de convivência e rodas de conversação, revelam-se nobres virtudes!
A paz de espírito, no novo ano, vem a ser o excepcional presente. A fartura material, em famílias, dispensa a doação de presentes. A paciência e silêncio revelam-se uma terapia!
Os desejos e sonhos, no geral, mudam conforme épocas, gerações e recursos. A fartura material carece de ser sinônimo de felicidade e realização!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://maisquecuriosidade.blogspot.com.br

O especial teste


A fulana, à beltrana, contou um íntimo caso. Este apresentava-se particular mentira. A intenção, como invenção, consistia em medir a confiança e sinceridade!
O reservado fato, no ambiente de trabalho, ostentava-se especial lorota. A mentira, a título de avaliação e teste de sigilo, viu-se relatada a sicrana. Esta mostrou-se atenta ouvinte!
A cidadã, na ingenuidade, recontou aos alheios ouvidos. Uns colegas, sabendo da história, vieram pedir detalhes. Esta, exclusiva conhecedora, denunciou-se no procedimento!
As conversas e relatos, neste instante, “ficaram medidos a esses ouvidos”. A isca, na prática, confirmou a velha suspeita. A confiança, na relação social, foi atingida no crédito!
A informação alheia, repassada a terceiros, revela-se fraqueza de espírito! As pessoas, mais ou menos tempo, falam-se das repassadas informações. Medir palavras vê-se sabedoria!
O desconhecimento proposital verifica-se estratégia para abreviar aborrecimentos e evitar conflitos. As picuinhas, na perda de tempo, convém desconhecer e ignorar!
O indivíduo, em “campo minado”, necessita ouvir muito e falar pouco. As fofocas e intrigas, no geral, ostenta-se uma práxis nos ambientes de trabalho!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.port.hear-it.org

A especial limpeza


O morador, filho das colônias, seguiu a tradição. Este, na chácara, procurou cultivar o apetitoso e saboroso aipim. A prática agrícola via-se assimilada dos ancestrais!
A lavoura, no solo arenoso e adubado, revelou desenvolvimento e exuberância. A cultura, a cada safra, conheceu o familiar cultivo. A particular safra via-se como alegria!
Os atropelos e correrias, de final de ano, foram muitos na vivência urbana. O tempo revelou-se escasso. A tarefa da limpeza mostrou-se postergada em diversas oportunidades!
O inço, antes do previsto, tomou conta da cultura. As plantas, aos “minhoqueiros e olheiros”, faziam inconveniente pergunta: “- Afinal! O dono vai ou não nos capinar?”
A acirrada concorrência, entre vegetais, viu-se empecilho ao desenvolvimento. Quaisquer criações e plantações aspiram seu local ao sol! Os excessos somam-se aos fracassos!
“A vida não é fácil para ninguém”. Cada dia ostenta-se uma luta pela sobrevivência! O fato, de colher frutos da terra, revela-se sinônimo de satisfação e sabedoria!
Quaisquer empreendimentos e negócios exigem cuidados e reparos. O capricho e dedicação, nas entrelinhas, transcrevem o sucesso!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://quitandasdeminas.blogspot.com.br/

O poder das letras


Os amigos, como colegas de serviço, improvisaram confraternização de virada de ano. O amigo secreto, a título de brincadeira e gentileza, somou-se a bebedeira e comilança!
O convívio, depois de penoso e suado trabalho, via-se no descontraído e festivo clima. O malandro, algum sempre a posto, procurou intrigar e testar na cortesia da premiação!
O fulano, na dúzia de presentes, mencionou a oferta de livro. O sortudo, no retirar do nome, ganharia a sabedoria das letras. A edição, em voga, seria dada ao tal do amigo secreto!
A torcida instalou-se no ambiente. As partes, sobretudo a feminina, careciam de quererem ser presenteadas com a publicação. O desejo comum era algum artigo da moda ou utilidade!
A realidade denunciou o descaso da leitura. As pessoas, no geral, improvisam gostar da apreciação do livro, porém a prática cotidiana ostenta-se diversa!
O cidadão, na real, havia comprado outro. A história consistiu “em atirar o verde a fim de colher o maduro”. O pessoal, no descuido e lapso, externou a sinceridade dos sentimentos!
O ler, no geral, carece de ostentar generalizada apreciação. O passatempo e prazer, em meio a miscelânea de opções de lazer, tornaram-se a diversão e ocupação virtual!
O poder das letras ostenta-se paixão de clube seleto de indivíduos. A verdade pode demorar a aparecer, porém revela-se no instante imprevisto!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://ideiaselivros.zip.net