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domingo, 4 de novembro de 2012

Expressões sobre fiado



Um breve levantamento das frases afixados nos comércio em geral:
01. Se vendo fiado, perco dinheiro; se não vendo, perco o amigo.
02. Fiado, somente no momento em que o Brasil pagar todas as dívidas.
03. Comprando fiado, acabei sendo cunhado do dono do armazém.
04. Não peça fiado, pois lhe responderei e sairás envergonhado.
05. Por causa de alguém, não vendo fiado pra ninguém.
06. Fiado é que nem droga: vicia; fiado é que nem droga: contagia.
07. Fiado é brinquedo do diabo e aqui não há inferno.
08. Meia sola, salto ou sola inteira. Fiado, nem por brincadeira.
09 De tanto vender fiado acabei ficando pelado.
10. Fiado somente quando a galinha criar dentes.
11. Fiado somente no dia trinta de fevereiro.
12. Fiado é que nem barba: se não corta, cresce.
13. Fiado é que nem jogo do bicho: só dá zebra.
14. Vendo fiado somente para quem morreu atropelado.
15. Não sinta inveja de mim, porque não sou rico, não vendo fiado e apenas trabalho.
16. Fiado somente depois de amanhã ou acima de noventa anos acompanhado dos pais.
17. Vender fiado me dá pena; da pena tenho cuidado; por causa da pena, não posso vender  fiado.
18. Vendo fiado para quem provar que o PC (Paulo Farias) foi inocente.
19. Freguês educado não pede fiado e fiado nem para o meu cunhado.
19. Nota de Falecimento: vítima de colapso financeiro, faleceu hoje neste estabelecimento, o ilustre Dr. Fiado, deixando viúva, dona Conta e os seguintes filhos: Cano, Pendura e Depois Eu Pago. A família inconsolável pede encarecidamente que não mandem flores e sim, o dinheiro.

(Fonte: afixados do comércio em geral e reunidos por Guido Lang)

Crédito da imagem: http://fmanha.com.br/blogs/bethlandim/2011/11/12/roubaram-o-ouro-agora-o-petroleo/

Olha o contorno!

   
    Um certo casal, no seu veículo, adveio numa rótula! Encontra-se, a observar o trânsito, um guarda municipal. Preocupado, na certa, em cumprir sua função social e merecer o salário. O carro, dirigido pela parte masculina, vem acelerado. O fiscal do trânsito grita: “- Olha o contorno?” O motorista, num acostamento adiante, para e adveio na direção do cidadão uniformizado. Pergunta: “- Me chamou de quê senhor? Eu ouvi e minha senhora também! Chamou-me de corno?” “- Quê?” Respondeu o guardinha. “- Dê que lhe chamei?” Inicia-se uma acirrada discussão e o bate boca tomou conta. As partes, o dito contra não dito - palavra contra palavra, acabaram no fórum.
  A mulher, como testemunha, favorece o motorista/parceiro. Mostra-se igualmente irritada pela aparente afirmação do agente público. Colocou em jogo sua fidelidade e relacionamento. A solução foi acabar diante do juiz. Este procurou conciliar os elementos e, numa altura, interroga: “- Querem levar  adiante o caso ou chegar a um denominador comum?” O guarda diz: “- Para mim tanto faz!” O condutor: “- Creio não querer perder tempo! Vamos deixar nisso!”. O guarda descobre de o motorista ser agente da polícia (hierarquia maior na segurança pública). Pensa e repensa a situação!  “- O estado de irritação do fulano foi muito acentuado! Explodiu como uma bomba! Deve ter sido corno mesmo!”.
   Cada qual com suas conclusões. Poucas letras/sílabas, numa pronúncia, fazem muita diferença. Conflitos, no trânsito, tornaram-se uma rotina social. Certas afirmações/realidades convém ignorar. A indiferença pouco abala nosso espírito. Quem, nalgum momento, não se exalta e passa de ridículo?                                                             
                                                                                                             Guido Lang
                                                                               (Livro: Singelas Histórias do Cotidiano da Vida)

Crédito da imagem: http://www.blogdothame.blog.br/v1/tag/corno/