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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

A extrema pressa


Os sinais da primavera achegaram-se na paisagem natural. O aquecimento gera a genérica brotação. A mãe natureza expõe festa e maravilha. A procriação vê-se obrigação!
Os colonos, no maquinário, caíram na afobação. A ansiedade incide na plantação. Os imperativos, na geração de safras, preocupam nos domínios. Tempo transcreve-se dinheiro!
Os chãos, no calor e umidade, iniciaram contínuo aquecimento. A insolação revela-se a chave das modificações. A vegetação, na gênese, cria e generaliza fartura!
Os produtores, no contíguo, iniciaram adubação e cultivo. Os cereais e forragens, na produção primária, recebem o plantio. Os dias perdidos, no descuido, sinalizam desperdícios!
A pressa incorre em auferir tempo. Os campos, na mecanização em tênues lotes, precisam acomodar três safras anuais. A linha de produção sobrevém no imperioso cálculo!
Os coloniais, nos graúdos investimentos, sujeitam-se a produzir dividendos. Os bancos, nos auferidos créditos, comprimem pagamentos. Melhoras leia-se sinônimo de débitos!
A regra, na instalação da revolução agrícola, consiste em colocar no compromisso. O produtor acompanha as novas ou vê-se marginal. O capital obriga a circular e gerar divisas!
Os solos, na engrenagem capitalista, perpassam como mercadoria. A sobrevivência, no dilema do produtor, incorre em mutações e reformulações!
                                                
Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.dreamstime.com/