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domingo, 17 de agosto de 2014

O rigor do tempo


O colonial, morador das baixadas, caprichou nos cultivos. As plantas tropicais, no exemplo da bananeira e chuchu, granjearam efetivo aferro e apego!
O incremento, na adubação e umidade, apontou experiência e exuberância. O verde-escuro, nas adjacências do pátio, delineava ciência e encanto!
A invernia, no final de julho, aconchegou-se no rigor da peculiar noite. O branco, na geada, disseminou-se na paisagem rural. O embate, frio e sol, provocou aniquilamento!
Os cultivos, no choque térmico, mostraram-se prejudicados. A feição foi reiniciar o desenvolvimento. As consequências sucederam-se na demora da frutificação!
Os ancestrais, nos anos de colonização, assimilaram o ardil das altitudes. A agudeza, nas elevações (fundos da propriedade), cultiva as culturas susceptíveis ao frio!
O reflorestamento, nas compridas e estritas propriedades, absorveu os ambientes. A fauna nativa, esfomeada no frio, apressa-se nas casuais safras!
O recurso, no supermercado, consiste comprar os outrora artigos corriqueiros da produção colonial.  As épocas e gerações possuem peculiaridades na história econômica!
A especialização permite remediar as dificuldades e situações. O produto, na oportuna colheita, possui melhor gosto!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://fotossaoprasempre.blogspot.com.br/2011/07/geada-0-paverama-rs.html